Quais são os parâmetros ideais de água e como manter seus peixes saudáveis? Nesse artigo, iremos te ajudar a identificar algumas dessas condições essenciais.
A água do aquário é o componente mais importante para os seus peixes. Infelizmente, a qualidade da água é frequentemente negligenciada.
Enquanto nós humanos podemos, dependendo das condições, fugir de uma sala cheia de fumaça, por exemplo, os peixes estão em um ambiente fechado e não podem escapar se a água se tornar tóxica ou perigosa.
Portanto, mostraremos algumas situações e condições de água que devem ser verificadas para manter seus peixes sempre saudáveis.
Envenenamento por Amônia
A Amônia é o resíduo natural do metabolismo dos peixes e, se acumular na água, será muito prejudicial para eles.
No entanto, se você verificar algum comportamento atípico ou mortes súbitas, considere a amônia como uma possível causa.
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O envenenamento por amônia é um dos maiores assassinos de peixes de aquário.
De fato, isso ocorre com mais frequência quando um aquário está no período de Ciclagem, antes que as bactérias benéficas que decompõem os resíduos dos peixes tenham tido chance de crescer.
Todavia, pode ocorrer em aquários já maturados, porém nesse caso, quando muitos peixes forem adicionados ao mesmo tempo.
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Uma outra possibilidade é quando o filtro falha devido a quedas de energia ou se colônias bacterianas benéficas morrem devido ao uso de medicamentos e mudanças repentinas nos parâmetros da água.
Algas no aquário
O Crescimento de algas é um fato que todo dono de aquário enfrentará cedo ou mais tarde.
Algum tipo de crescimento é normal e saudável, mas o crescimento excessivo é desagradável e pode ser perigoso para peixes e plantas.
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Excesso de iluminação, alimentação excessiva e falta de Trocas Parciais de Água podem aumentar o crescimento de algas no aquário.
Se por algum motivo, as algas forem um problema contínuo, você pode considerar em adicionar um peixe comedor de algas ou utilizar algicidas específicos para aquários.
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Testar a água do aquário
O teste da água é realmente necessário? Todavia, alguns aquaristas dizem categoricamente que não, enquanto outros testam tudo.
Dessa maneira, os testes de água podem ser de grande ajuda, caso você saiba que seu aquário está tendo algum problema, mas não tem certeza do que pode ser.
O que deve ser testado e com que frequência não é uma resposta simples – tudo depende da qualidade da água e dos problemas que você pensa que está enfrentando.
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O básico inclui testes de Amônia, Nitrito e Nitrato. Estes são, contudo, os componentes residuais que os peixes produzem e que são prejudiciais se acumularem na água.
Há outros testes que podem ser feitos na água, como cloro, cloramina, cobre e fostato. Todos esses compostos podem ser encontrados na água de torneira.
Fosfato no aquário
O fosfato está presente em todos os aquários, mesmo que muitos donos não estejam cientes disso.
O fosfato pode ser encontrado na água da torneira de muitas cidades, e também na alimentação dada aos peixes, podendo se acumular com extrema facilidade.
Se o aquário não tiver manutenções regulares, os níveis de fosfato aumentarão e contribuirão para o crescimento de algas. Os resultados não são apenas desagradáveis, mas podem se tornar prejudiciais aos seus peixes.
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O ideal é se informar se a água de sua cidade contém fosfato. Contudo, você pode obter kits de teste de fosfato para medir os níveis na água do aquário.
Se a água de sua cidade for rica em fosfato, por exemplo, realizar trocas parciais de água pode não reduzir esses níveis. Nesse caso, é necessário usar água de filtros de Osmose Reversa (trataremos sobre esse item em outro artigo).
No entanto, se a água não contiver fosfatos, as trocas parciais e regulares de água podem manter o fosfato em níveis baixos.
Ciclagem (Ciclo do Nitrogênio)
O Ciclo do Nitrogênio possui vários nomes: ciclagem, nitrificação, ciclo de inicialização e ciclo biológico. Independentemente do termo utilizado, no entanto, todo aquário recém-montado passa por um processo de estabelecimento de colônias bacterianas benéficas.
Aquários mais antigos, por sua vez, também passam por períodos de flutuação dessas bactérias. A falta de compreensão desse processo é talvez o maior fator que contribui para a perda de peixes.
O ideal é aprender sobre o Ciclo do Nitrogênio e saber lidar com períodos críticos durante esse processo.
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O primeiro passo do Ciclo do Nitrogênio é a produção de amônia pelos peixes e pelas bactérias que “quebram” as fezes, alimentos não consumidos e outros detritos orgânicos no aquário.
Em outras palavras, a Amônia é tóxica para os peixes. Dessa forma leva um tempo para que as bactérias benéficas cresçam em um aquário novo. Portanto, peixes adicionados de uma só vez, fará com que a amônia aumente rapidamente, prejudicando o trabalho das bactérias de “quebrar a amônia”. Isso fará com que os peixes morram rapidamente.
As espécies benéficas de bactérias converterão a Amônia em Nitrito, mas isso também é tóxico. Logo em seguida, bactérias benéficas convertem o nitrito tóxico em Nitrato não tóxico.
O nitrato acumulado na água deve ser removido através de trocas parciais periódicas de água. No entanto, todo esse ciclo pode levar de 4 a 6 semanas para ser concluído em um novo aquário.
O pH da água
O pH da água mede quão ácida ou alcalina a água é. Além disso, o termo pH significa “Potencial Hidrogeniônico” e possui uma escala que varia de 1 a 14.
A água (H20) é composta de íons de Hidrogênio (H +) e Hidroxil (OH-). Se houver mais H+ do que OH-, por exemplo, a água é ácida (pH 1.0 a 6.9). Se houver menos H+ do que OH- a água é alcalina (pH 7.1 a 14.0).
Quando existem as mesmas quantidades de cada um desses íons, a água do aquário é neutra e possui um pH de 7.0.
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Não existe um pH que seja ideal para todos os peixes. Além disso, existem muitas espécies diferentes de peixes que vivem em diferentes ambientes aquáticos, como o oceano, lagoas, rios e estuários.
Cada um desses corpos terá diferentes níveis de pH. Os peixes de água salgada, podem preferir um pH de 8 ou superior, enquanto os peixes de água doce podem se sentir mais confortáveis em um pH de 6 ou 7.
O melhor conselho é aprender tudo o que puder sobre as espécies que planeja manter e tentar imitar seu habitat natural. No entanto, a maioria dos peixes de aquário de água doce vivem bem em um pH de 7.0 a 7.5, desde que qualquer alteração no pH ocorra gradualmente ao longo do tempo.
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