Nesse artigo, confira as 15 melhores espécies de plantas para criar o tão famoso efeito carpete em um aquário!
Adicionar plantas para criar o efeito carpete em um aquário pode não ser uma das tarefas mais fáceis, embora seja bastante gratificante.
Ao combinar boa iluminação, uso de CO2 e fertilizantes, é possível criar paisagens aquáticas deslumbrantes e que chamarão a atenção de qualquer um que chega perto do seu aquário.
Como as plantas que formam carpete crescem próximas ao substrato do aquário, às vezes precisam de equipamentos de iluminação um pouco mais caros do que aqueles convencionais. Além disso, há espécies que crescem muito mais rápido do que outras. Portanto, escolher a planta certa para o seu aquário é a chave para evitar problemas de propagação e crescimento.
Nesse artigo, separei as 15 melhores espécies de plantas que você pode usar para criar o efeito carpete no seu aquário por nível de dificuldade. Espero que esse artigo possa facilitar sua busca!
15 melhores espécies de plantas para criar o efeito carpete no aquário
Abaixo, confira quais são as melhores plantas para criar o efeito carpete no aquário:
1. Musgo de Java
- Nome Científico: Taxiphyllum barbieri;
- Origem: Sudeste Asiático;
- Taxa de Crescimento: Rápido;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Não;
- Intensidade da luz: Baixa;
O Musgo de Java é uma das plantas mais fáceis de encontrar e uma das mais difíceis de matar. A espécie pode ser cultivada tanto por aquaristas iniciantes quanto experientes, pois costuma ser muito versátil, podendo ser presa a rochas, troncos, utilizada como planta carpete ou até mesmo flutuando livremente.
Embora também goste, o Musgo de Java não precisa de luzes fortes, injeção de CO2 ou fertilização líquida. Graças ao seu crescimento espesso, luxuoso e natureza pouco exigente, essa planta costuma ser muito usada para locais de desova de inúmeras espécies de peixes.
A propagação do Musgo de Java é bastante simples, pois basta cortar pedaços da planta e prendê-la em superfícies duras com fio dental ou linha de pesca. Além disso, ele também pode ser enterrado levemente no substrato para criar um lindo efeito de carpete.
Veja também:
2. Pelia
- Nome Científico: Monosolenium tenerum;
- Origem: Leste Asiático;
- Taxa de Crescimento: Médio;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Não;
- Intensidade da luz: Baixa;
A Monosolenium tenerum faz parte da linhagem de plantas mais antigas da Terra. Seus fósseis datam de 470 milhões de anos. A espécie não possui folhas propriamente ditas; ao invés disso, ela possui um “talo”, um tecido vegetativo que não é separado em folhas, caule, flor e etc.
Infelizmente, encontrar essa planta disponível não é uma tarefa das mais fáceis, mas ainda assim vale o registro, pois ela é bastante fácil de manter.
A Monosolenium tenerum, assim como as outras plantas de rizoma, utiliza estruturas como cascalho, rochas e troncos para se prender. À medida que cresce, seu talo se bifurca, criando uma almofada ondulada verde-escura.
3. Sagitária
- Nome Científico: Sagittaria subulata;
- Origem: Costa caribenha da América do Norte e Sul;
- Taxa de Crescimento: Rápido;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Não;
- Intensidade da luz: Moderada;
A Sagitária pode ser uma excelente planta de carpete, mas isso vai depender das condições do aquário. Quando recebe uma boa iluminação e um substrato fértil, a Sagitária assume uma forma de crescimento aglomerado. Uma vez que não precisa crescer tão alto para alcançar a luz, concentrará sua energia para enviar corredores lateralmente, criando clones e formando densos tapetes de folhas.
Se for mantida com pouca luz, a Sagitária poderá crescer apenas pra cima e não funcionará muito bem como uma planta carpete. No entanto, ainda assim a espécie é considerada muito resistente e fácil de manter.
A variedade conhecida como Sagittaria subulata “Pusilla” permanece especialmente pequena em todas as condições, mas murcha se for mantida com pouca luz.
Veja também:
4. Cryptocoryne parva
- Nome Científico: Cryptocoryne parva;
- Origem: Sri Lanka;
- Taxa de Crescimento: Lento;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Útil;
- Intensidade da luz: Alta;
A Cryptocoryne parva é mais uma das plantas para criar o efeito carpete em um aquário. A espécie necessita de boa iluminação, pois caso contrário, não terá energia suficiente para se espalhar pelo substrato. Além disso, ao contrário de outras plantas da família, a C. parva permanece sempre com a cor verde claro.
A taxa de crescimento da espécie costuma ser bem devagar, e ela não ultrapassa os 4 centímetros de altura. A fertilização líquida e o uso de CO2 são úteis, mas, devido à baixa taxa de crescimento, uma boa iluminação é muito mais importante à boa saúde da planta.
Dado o quão baixo ela cresce, a Cryptocoryne parva quase nunca precisa ser aparada. Uma vez totalmente aclimatada, ela será perfeita para um aquário de baixa manutenção mas que possua uma boa luminária.
5. Christmas Moss
- Nome Científico: Vesicularia montagnei;
- Origem: Sudeste Asiático e Austrália;
- Taxa de Crescimento: Lento;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Útil;
- Intensidade da luz: Média / Alta;
O Christmas Moss não é assim tão resistente quanto o Musgo de Java, nem cresce tão rápido quanto ele. As folhas dessa espécie são mais redondas e crescem em ângulos retos em relação ao caule. No entanto, caso seja deixada solta, ela assume uma aparência um tanto quanto bagunçada, semelhante ao Musgo de Java.
No aquapaisagismo, o Christmas Moss pode ser usado para criar um lindo efeito de carpete na frente do aquário, principalmente para cobrir rochas e, especialmente, os troncos. Muitos aquaristas utilizam essa espécie de planta para imitar árvores de bonsai.
Embora não exija muita luz e nutrientes, o Christmas Moss cresce melhor em ambientes com boa iluminação. Uma vez que se prende as superfícies duras, não há a necessidade de substratos ricos em nutrientes.
Além disso, a injeção de CO2 não é necessária mas estimula seu crescimento, mesmo que seja bastante devagar.
O Christmas Moss também cresce emerso e pode ser utilizado como planta de carpete em paludários.
Veja também:
6. Eleocharis Minima
- Nome Científico: Eleocharis minor;
- Origem: Hemisfério Norte;
- Taxa de Crescimento: Moderado;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Média / Alta;
A Eleocharis Minima é uma planta carpete tolerante ao sal que pode crescer tanto emersa quanto submersa. Embora cresça um pouco mais rápido acima da água, continua sendo uma excelente opção para o aquapaisagismo, desde que você siga algumas dicas para ajudá-la a se propagar.
Ao comprar a Eleocharis Minima em uma loja é bem provável que ela venha em grandes grupos dentro de um vasinhos. O aquarista precisará separá-la em pequenos grupos e plantar cada um desses grupos em distâncias que variam entre 2 e 3 centímetros. O substrato para o plantio dessa espécie precisa ser de um cascalho bem fino, além de conter um bom substrato fértil.
Embora a Eleocharis Minima tolere níveis baixos de luz, eu recomendo que você adicione uma iluminação média a alta para a formação de carpetes. Além disso, mantenha-a aparada com pelo menos 4 centímetros de altura, pois assim você consegue criar um lindo efeito de carpete no aquário.
7. Marsilea minuta
- Nome Científico: Marsilea minuta;
- Origem: África e Ásia;
- Taxa de Crescimento: Lento / Médio;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Útil;
- Intensidade da luz: Alta;
Se quer ter um pouco mais de sorte, que tal criar um lindo carpete com trevos de quatro folhas? A Marsilea minuta é uma pequena samambaia nativa da África e da Ásia. A espécie pode ser cultivada tanto emersa quanto submersa, assumindo um estilo de crescimento altamente variável, dependendo da iluminação.
Contanto que você forneça uma excelente iluminação, a Marsilea minuta assumirá um padrão de crescimento de carpete perfeito. No entanto, quando não há iluminação suficiente, a espécie cresce para o topo, criando um efeito não muito agradável.
A injeção de CO2 não é necessária para essa planta, mas estimula o crescimento e a reprodução. A Marsilea quadrifolia é uma excelente variedade dessa família que também pode criar o tão desejado efeito carpete no aquário.
Veja também:
8. Pogostemon helferi
- Nome Científico: Pogostemon helferi;
- Origem: Sudeste Asiático;
- Taxa de Crescimento: Médio;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Média / Alta;
A Pogostemon helferi é uma das mais lindas plantas para criar o efeito carpete em um aquário. As folhas dessa espécie costumam ser enrugadas e apresentam um padrão de crescimento em estrela. Embora tolerante a níveis de luz mais baixos, mantê-la em níveis de iluminação moderado ou alto a incentiva a permanecer compacta e canalizar energia para enviar corredores pelo substrato.
Por mais que a Pogostemon helferi seja uma planta que aceita uma ampla gama de condições de água, ainda assim flutuações repentinas na química podem causar seu escurecimento e morte, mesmo dentro dos parâmetros normais. Além disso, a espécie também aprecia sistemas de injeção de CO2 ou carbono líquido para um bom crescimento.
Só tome cuidado ao manter essa planta com espécies que se alimentam delas, como Molinésias e Caramujos, pois a Pogostemon helferi possui folhas bem macias e será continuamente comida por esses animais.
9. Riccia fluitans
- Nome Científico: Riccia fluitans;
- Origem: Mundial;
- Taxa de Crescimento: Rápido;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Muito Alta;
A Riccia fluitans pode até parecer uma planta intimidadora e difícil de cuidar, mas esqueça isso! A espécie é incrivelmente fácil de cultivar, desde que o aquarista atenda suas necessidades. Essa espécie foi popularizada pelo precursor do aquapaisagismo, Takashi Amano.
Na natureza, a Riccia fluitans é encontrada flutuando na superfície. Isso significa a iluminação no aquário precisa ser potente caso queira cultivá-la como planta carpete. Além disso, a suplementação de CO2 e o uso de fertilizantes líquidos é altamente recomendado para o crescimento dessa espécie.
Quando em condições ideais, a Riccia fluitans cresce muito rápido e cria bolhas de oxigênio em sua folhas à medida que vai realizando a fotossíntese.
A R. fluitans precisa ser anexada a rochas e troncos, bem como crescer ao longo do substrato, mas precisa ser amarrada inicialmente. Lembre-se que essa espécie é considerada um ímã de detritos e, por isso, fica melhor em ambientes com uma filtragem poderosa.
Veja também:
10. Elatine hydropiper
- Nome Científico: Elatine hydropiper;
- Origem: Norte da Eurásia;
- Taxa de Crescimento: Médio;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Média;
A Elatine hydropiper parece bastante com a famosa planta Glossostigma elatinoides. Embora seja considerada uma versão mais fácil de cultivar, ambas são plantas de carpete que formam pequenas brotos que se reproduzem em corredores no substrato.
No geral, a E. hydropiper é um pouco mais fácil de manter porque não requer tanta luz quanto a Glossostigma, além de preferir temperaturas mais baixas que variam entre 15 e 23°C. Isso a torna um ótimo complemento para lagos e aquários de água fria.
Por outro lado, a Elatine necessita de muito CO2 e deve receber fertilização líquida com frequência. Caso contrário, ela tende a amarelar e eventualmente murchar.
Em relação a taxa de crescimento, ela demora um pouco mais para se espalhar em comparação com a Glossostigma, embora fique tão bonita quanto.
11. Glossostigma elatinoides
- Nome Científico: Glossostigma elatinoides;
- Origem: Austrália e Nova Zelândia;
- Taxa de Crescimento: Rápido;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Muito Alta;
A Glossostigma é uma das plantas mais populares no mundo do aquapaisagismo. É bem provável que você já tenha visto algum aquário com essa espécie.
O principal problema com a Glosso é que ela necessita de excelentes condições para prosperar. Caso não receba luz suficiente, ela começará a crescer em direção à superfície e não ficará compacta como um carpete. Portanto, essa espécie necessita de iluminação muito alta, injeção de CO2 e um substrato fértil rico para crescer.
Nas lojas, a Glossostigma costuma vir em pequenos cachos apertados, no entanto, esses cachos devem ser separados e cada planta deve ser adicionada no substrato individualmente um centímetro da outra. Ao longo de mais ou menos um mês e dependendo das condições do aquário, ela preencherá todo o substrato.
Veja também:
12. Hemianthus Cuba
- Nome Científico: Hemianthus callitrichoides;
- Origem: Cuba;
- Taxa de Crescimento: Médio;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Média / Alta;
A Hemianthus Cuba, como o próprio nome já diz, só é encontrada em Cuba e é uma das menores plantas de aquário do mundo. As folhas dessa espécie possuem alguns milímetros de comprimento e podem ficar submersas e imersas durante as estações de cheia e seca.
Para um aquário, a H. Cuba precisa de iluminação forte e uma boa injeção de CO2 para prosperar. Dado o seu pequeno tamanho e taxa de crescimento médio, leva algum tempo para criar um carpete espesso. Além disso, o aquarista também deve adicionar um substrato fértil rico para encorajar os estolões a se espalharem por toda parte.
13. Lilaeopsis brasiliensis
- Nome Científico: Lilaeopsis brasiliensis;
- Origem: América do Sul;
- Taxa de Crescimento: Lento;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Alta;
A Lilaeopsis brasiliensis é uma das melhores plantas para criar efeito carpete em um aquário pequeno. Embora seja facilmente encontrada em lojas, ainda assim é bastante difícil cuidar dela.
Em um aquário, a L. brasiliensis irá precisar de muita luz, suplementação de CO2 e fertilizantes líquidos, além de um substrato fértil de qualidade para se espalhar.
Essa incrível planta de aquário forma corredores que eventualmente cobrem a região da frente, mas esse processo leva um certo tempo. Além disso, a espécie não gosta de sombra e, por isso, o aquarista precisa tomar cuidado ao escolher plantas com folhas grandes para evitar que atrapalhem seu crescimento.
Veja também:
14. Blyxa Japonica
- Nome Científico: Blyxa japonica;
- Origem: Sul e Leste da Ásia;
- Taxa de Crescimento: Médio;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Necessário;
- Intensidade da luz: Muito alta;
A Blyxa Japonica é mais uma das incríveis plantas que você pode usar para criar o efeito de carpete em um aquário, mas é recomendada apenas para aqueles gostam de um pouco mais de desafio. Encontrada nas porções tropicais da Ásia, a espécie possui aparência arbustiva e cresce mais alta do que a maioria das plantas dessa lista, criando um carpete bastante denso ao longo do tempo.
Embora possa crescer e formar um carpete, a B. Japonica não é especialmente uma planta de crescimento rápido e nem se espalha tão bem quanto algumas outras espécies. Por isso, eu recomendo que o aquarista plante-a em grupos ao longo do substrato para que com o tempo ela possa preencher todos os espaços.
A Blyxa Japonica é muito exigente em relação aos parâmetros de água e nutrientes, preferindo água macia e ácida, um substrato fértil, suplementação de CO2 e níveis altos de iluminação.
Caso a planta receba todos os itens listados acima, crescerá compacta e com uma tonalidade dourada ou avermelhada única entre as plantas de carpete. Caso contrário, ela permanecerá verde ou até morrerá.
15. Utricularia graminifolia
- Nome Científico: Utricularia graminifolia;
- Origem: Sudeste Asiático;
- Taxa de Crescimento: Lento;
- Uso de Sistema de Injeção de CO2: Útil;
- Intensidade da luz: Média / Alta;
A Utricularia graminifolia é considerada uma espécie de planta carnívora que utiliza pequenas armadilhas para capturar presas aquáticas. Gatilhos semelhantes a pelos ajudam a planta a sugar organismos próximos para serem digeridos ao longo do tempo. Felizmente, as armadilhas da espécie são bem pequenas, permitindo que ela se alimente de infusórios e plâncton, mas não de peixes pequenos e camarões.
A necessidade de alimentação combinada com suas condições únicas de cultivo, fazem da U. graminifolia uma das plantas mais difíceis dessa lista. O principal desafio é que você não pode cultivá-la como outras plantas de carpete mais comuns. Essa espécie não usa raízes verdadeiras e prefere flutuar ou aderir a superfícies duras. No entanto, ela criará corredores e se enroscará por todo o substrato e demais superfícies.
Além disso, a U. graminifolia prefere substratos pobres em nutrientes, pois come organismos aquáticos ao invés de absorver os nutrientes através de fertilizantes. Por último, ela necessita de condições ácidas e cresce em ambientes pantanosos. Portanto, substratos enriquecidos com turfa ajudam a manter a química da água que a planta costuma gostar.