Nesse artigo, separamos um guia completo sobre como um montar um lindo aquário de água doce para os seus peixes.
Este post contém links de afiliados. Isso significa que se você comprar ou fizer um cadastro clicando nesses links poderei ganhar uma pequena comissão sem nenhum custo adicional para você.
Praticar esportes, viajar, colecionar moedas, selos ou cds, há uma infinidade de hobbies disponíveis e muito divertidos por aí. Entre eles, há também o aquarismo – cultivação / criação de peixes de água doce em aquários, que desperta nas pessoas o interesse pelo conhecimento de uma vida bem diferente da nossa: o universo subaquático.
Rico em paisagens e cores deslumbrantes, seres com formatos e comportamentos interessantes, o mundo do aquarismo pode estar mais perto do que se imagina. Aliás, cuidar de um aquário não é simplesmente alimentar peixinhos e trocar a água regularmente. Se quer mesmo entender o hobby, saiba que, além da beleza visual, você deve aprender sobre a Ciclagem, sistemas de filtragem, os tipos de algas mais comuns, bactérias nitrificantes e muito mais.
Guia completo sobre como montar um aquário
Abaixo, confira nosso guia completo sobre como montar um aquário. Aprenda sobre como adquirir os melhores equipamentos, peixes, decorações, filtros entre outros.
Qual é o aquário ideal?
Costuma-se pensar que os aquários pequenos são os mais fáceis de se ter em casa, o que nem sempre é verdade. Segundo Sergio Gomes, gerente de contas especiais da empresa de produtos para aquarismo Tetra Holding Inc. e autor dos livros “O aquário de Água Doce sem Mistérios“, “O Aquário Marinho & as Rochas Vivas” e “O Livro dos Discos”, que eu indico como excelentes leituras, o importante é saber que, quanto maior o aquário, melhor e mais fácil é cuidar dele.
“É um grande erro comprar aquários pequenos como, por exemplo, os de 10 litros, pois a probabilidade de eles funcionarem é mínima”. O motivo é que a pouca quantidade de água está suscetível a mudanças inesperadas de temperatura, valor de pH, níveis de compostos nitrogenados, materiais sólidos em dissolução (dureza, salinidade, densidade) e viscosidade da água.
Quanto maior for o volume do aquário melhor para nossos amigos aquáticos. Os peixes não são animais domésticos comuns, pois vivem dentro d’água que, como sabemos, é um meio muito diferente do que vivemos, sendo constituído por diferentes ambientes. É preciso respeitar as necessidades fisiológicas dos peixes, algo muitas vezes negligenciado por aquaristas iniciantes.
Qual o aquário ideal para um iniciante?
Assim como todos os seres vivos, os peixes precisam de alimento para obter energia necessária para realizar suas atividades diárias e manter seus processo vitais. E, por mais eficiente que seja a digestão e a assimilação dos nutrientes contidos no alimento, sempre há um grande volume de resíduos não-aproveitáveis que são excretados.
Os resíduos não aproveitados acumulam-se no interior do aquário, sendo submetidos a processos de degradação biológica, causando uma queda na qualidade da água. Aí está a importância do tamanho do aquário, pois, quanto menor o volume, mais rápida será a mudança dos parâmetros da água. Já um aquário maior permite um intervalo razoável de tempo para que as operações de manutenção sejam efetuadas sem prejudicar os animais.
Para um iniciante, a recomendação é adquirir um aquário entre 40 e 80 litros de capacidade. Quanto ao formato, a melhor opção é aquela que oferece a maior área de superfície em relação ao volume. O desenho mais vantajoso nesse aspecto é o retangular que, ao contrário dos redondos ou ovais, possui superfície maior de contato com o ar e, com isso, uma boa oxigenação da água.
Qual a relação entre a quantidade de peixes e o tamanho do aquário?
Alguns outros fatores que influenciam na dimensão do aquário são a quantidade e o tamanho dos peixes. Uma regra básica é somar o total de comprimento dos peixes (em centímetros) e obter a quantidade de água contida no aquário (em litros). Por exemplo, 6 espécies de 7 centímetros, cada, precisam de, no mínimo, 42 litros de água. Assim você mantém uma vida aquática em casa, fazendo a coisa certa!
Peixes dão menos trabalho para cuidar do que pássaros. É mais fácil cuidar de um aquário do que de um passarinho em uma gaiola. Basta fazer a coisa certa, começando pelo tamanho do aquário!
Onde devo colocar o meu aquário?
Antes de comprar um aquário, você pode começar a desfrutar da ideia, imaginando um local para colocá-lo, o que exige cuidados, como uma certa distância de corredores e ambientes com grandes correntes de ar, que podem prejudicar o equilíbrio da temperatura e até adoecer os peixes.
Cozinhas, banheiros e locais onde possam existir vapores, odores e fumos também devem ser evitados. A água absorve cheiros com muita facilidade e, por esse motivo, deve-se evitar o uso de produtos de limpeza, especialmente aqueles que contém amoníaco, formol ou essências aromáticas fortes, bem como inseticidas, tintas, colas e outros com odores pronunciados no ambiente em que o aquário se encontra instalado.
Tome cuidado com a luz solar direta
A luminosidade solar é um fator necessário tanto para os peixes quanto para o desenvolvimento das plantas e sua produção de oxigênio, porém, raios de sol em excesso podem provocar o aumento da quantidade de algas ou um crescimento desproporcional, devido ao excesso de fotossíntese.
Com isso, a água do aquário pode mudar de cor e as paredes se cobrirem com um feltro espesso. O ideal é colocar o aquário em um local onde o sol não bata diretamente nele, e que não seja nem muito quente e nem muito frio, ou seja, que apresente temperaturas entre 18 e 30°C.
Equipamentos necessários para um aquário
Já escolheu o aquário ideal e o local onde ele vai ficar em sua casa? Então, a chegou a hora de pensar nos equipamentos necessários para que ele funcione corretamente. Abaixo, separamos os principais equipamentos que você precisa adquirir para manter seus peixes saudáveis.
1. Aquecedor / Termostato
Para controlar a temperatura da água, são usados termostatos ou aquecedores, que nada mais são do que resistências embutidas em tubos de vidros. A relação entre a potência do termostato e o volume de água a ser aquecida deverá se de 1 watt para cada litro. Um aquário com capacidade para 100 litros de água, por exemplo, precisará de um termostato de 100 watts de potência.
Diferentemente dos aquecedores comuns, os termostatos possuem um controle próprio interno de temperatura. Por isso, eles são mais indicados do que os aquecedores! Você pode conferir a diferença entre eles clicando aqui!
Para a aferição da temperatura, você pode usar um termômetro ideal para ambientes aquáticos. A melhor posição para colocá-lo é no canto oposto de onde o termostato foi colocado, pois assim é possível obter uma temperatura média da água.
2. Filtro
O filtro é um dos principais equipamentos para o aquário, pois é ele quem puxa e filtra a água durante 24 horas por dia, retendo resíduos e sujeiras. Existe, atualmente, uma grande variedade de equipamentos para filtração. Os modelos mais simples são os filtros de placas ou de fundo, ou então, os filtros internos (copo ou esponja) acionados por ar comprimido (um compressor próprio para aquários).
Além destes modelos, há alguns mais sofisticados, como os motorizados, que podem ser internos ou externos.
Separei um artigo com os principais tipos de filtros utilizados em aquários. Aproveite para conhecer as características de cada um deles e para quais tipos de aquários eles são recomendados. Clique aqui para acessar!
Os filtros possuem compartimentos e itens que realizam diferentes tipos de filtragem: mecânica, química e biológica!
A filtragem mecânica, por meio da lã acrílica (perlon) ou espuma de poliéster, retira partículas em suspensão na água do aquário. A filtragem química, por meio do carvão ativado ou adsorvente de amônia (zeolita), retira partículas muito pequenas, odores e pigmentos, por meio de fenômenos químicos, como adsorção e catálise. Por último, temos a filtragem biológica (cerâmica), que transforma a urina dos peixes em compostos menos tóxicos.
Quando lavamos ou trocamos o perlon ou a espuma de poliéster, realizamos a filtragem mecânica. O carvão ativado, por método de adsorção, remove da água tonalidades amareladas e cheiros, entre outros poluentes. E, por fim, a filtragem biológica, com o uso de mídias biológicas, cria colônias de bactérias benéficas que ajudam a nitrificar a água do aquário no processo conhecido como Ciclagem, transformando Amônia em Nitrito, e depois em Nitrato (composto menos tóxico para os peixes).
3. Luminária
Um aquário iluminado permite a visualização do colorido dos peixes, além de ajudar no crescimento de plantas e corais. Para os iniciantes, as lâmpadas do tipo fluorescente são as mais indicadas. Para os aquaristas avançados, existem as fluorescentes VHO e as de alta pressão mistas de sódio e mercúrio, indicadas para aquários com profundidade superior a 50 centímetros.
Clicando aqui, você pode conferir um artigo sobre como a luminária pode interferir na vida dos peixes e demais habitantes do aquário.
4. Decoração
Os elementos decorativos, sem dúvida, deixam o aquário mais bonito e atraente. Qualquer artefato encontrado em lojas de aquarismo destinado a esse fim é indicado.
Você deve observar, apenas, se o objeto não é tóxico, podendo causar danos aos animais. Conchas, madeiras, areia de praia, pedras de rios e quaisquer outros itens encontrados na natureza devem ser preparados antes de serem adicionados em um aquário. Caso não sejam devidamente desinfetados ou analisados, podem causar alteração de pH, dureza ou até mesmo provocar contaminação.
As plantas naturais são uma excelente opção para um aquário! Elas, além de complementar a beleza, realizam as funções biológicas de produção de oxigênio e absorção dos produtos originados da decomposição de matérias orgânicas, como restos de comida e excremento. As espécies de plantas mais comuns para aquários são:
Colocação dos equipamentos e decorações do aquário
- O tipo de cascalho é muito importante, pois ele pode causar alteração na qualidade da água. Ao espalhar o substrato no aquário, siga uma altura de, aproximadamente, 3 ou 4 centímetros, suficiente para servir de suporte às raízes das plantas e demais decorações;
- O segundo passo corresponde ao filtro interno ou externo. A escolha deste depende do tamanho e do tipo de aquário e de peixes que se queira introduzir;
- Ao lado do filtro, grude, na parede do aquário, o termostato, que ajudará a manter a temperatura desejada dentro do ambiente;
- Alguns pedaços de troncos são fundamentais no interior de um aquário, pois proporcionam esconderijos para os peixes. Antes de colocá-los, deixe-os submersos em um recipiente com água, durante, pelo menos, um mês. Nesse tempo, realize trocas parciais de água até perceber que o tronco não deixa mais a água com cor de chá e que está completamente encharcado;
- Adicione algumas plantas, afundando suas raízes no cascalho. Além de servir como decoração, elas auxiliam no controle biológico do aquário. Lembre-se apenas de que há algumas espécies que possuem rizomas que não devem ser afundados no substrato, como as famosas Anúbias;
- Antes de completar o aquário com a água, adicione uma tigela ou copo no fundo de ponta-cabeça para que, ao encher o recipiente, não desmanche toda a decoração nem espalhe o substrato. Se não tiver algo do tipo, jogue a água na parede do aquário faltando 1 centímetro na borda;
- A indispensável lâmpada fluorescente ajuda na biologia, conservando as plantas, mantendo a temperatura e evitando possíveis doenças;
- A temperatura do termômetro / Termostato deve oscilar entre 25 e 28°C para espécies tropicais.
Cuidando da água do aquário
A água mais indicada para uso em um aquário é a famosa água da torneira. No entanto, essa água deve ser tratada para o ajuste de pH, de temperatura e de supressão do cloro, antes de ser usada. Um dos produtos utilizados é o condicionador de água, que ajuda a eliminar o cloro, metais pesados e proteger a mucosa natural dos peixes.
Existem diversas marcas de condicionadores no mercado e, na dúvida, separei alguns dos principais para você conferir e adquirir se necessário:
Última atualização em 2024-11-04 / Links de Afiliados / Imagens de Amazon Product Advertising API
A dureza é a denominação usada para a concentração de sais de cálcio e magnésio na água. No geral, os peixes e plantas se desenvolvem melhor em águas moles, ou seja, com baixa concentração dessas substâncias. Uma maneira de amolecer a água é ferve-la, depois deixá-la esfriar, agitando-se bem para que recupere o oxigênio perdido durante a fervura.
Para um aquário comunitário, com diferentes espécies de peixes, é indicado manter o pH neutro, pois peixes como Discos, Neons e Ciclídeos Africanos, por exemplo, necessitam de condições mais específicas. O teste de pH é um outro produto que você deve adquirir para monitorar a água.
O grau de acidez ou alcalinidade da água varia entre 0 e 14. Se o valor for de 0 até 6,9, tem-se água ácida. De 7,1 até 14, água alcalina e, se o número for 7,0 é porque a água está neutra.
Você pode adquirir um dos principais testes de pH do mercado clicando no item abaixo:
Foto | Produto | Preço | |
---|---|---|---|
Teste Ph 15ml Nutricon Para Peixe Tropical Adulto | R$ 20,24 | Comprar na Amazon |
Última atualização em 2024-10-28 / Links de Afiliados / Imagens de Amazon Product Advertising API
Quando poderei colocar os primeiros peixes?
Depois de decorar o aquário e enchê-lo com água, você deve esperar cerca de 30 dias para colocar os primeiros habitantes. Essa espera, conhecida como Ciclagem, faz com que o filtro do aquário trabalhe a todo vapor e crie um ambiente propício para a vida aquática.
Nesse artigo, não irei me estender muito sobre o processo de Ciclagem. Então, caso ainda não o conheça, recomendo que você clique aqui e aprenda tudo sobre o assunto!
Escolhendo os peixes
Às vezes, achamos que estamos fazendo um bom negócio ao adquirir um animal por um preço mais baixo e, no entanto, nos prejudicamos. De nada adianta pensar no aquário, no local onde você quer colocá-lo e nas espécies que pretende cuidar, se não tomar os cuidados necessários na hora de adquirir os primeiros peixinhos.
Os peixes jamais devem ser comprados em lojas onde tenham espécies mortas expostas, aquários sujos ou peixes claramente doentes. Comprar peixes doentes é algo realmente muito sério, pois eles podem transmitir doenças para os outros animais do aquário. Mesmo que se pague um pouco mais, vale a pena comprar em lojas especializadas, preocupadas com a qualidade dos animais.
Tetras, barbos bettas e Guppies são boas opções para quem está iniciando no aquarismo, afinal, esses peixes, além de bonitos, são resistentes. Peixinhos Dourados (Kinguios) também são uma boa opção, mas necessitam de mais água por habitante. Embora para a maioria das espécies tropicais você possa manter a regra de 1 centímetro de peixe por litro d’água, para os kinguios deve considerar 1 centímetro para cada 4 litros. Além disso, você deve evitar outros peixes em seu aquário!
Peixe Espada, Platis e Molinésias são igualmente interessantes, mas um pouco mais sensíveis do que os demais. Pedem pH alto, água dura e muito limpa.
Não esqueça da Aclimatação
Ao trazer os peixes para casa, não se esqueça de aclimatá-los. Coloque o saquinho boiando no aquário por aproximadamente 10 minutos. Abra-o e deixe entrar um pouco de água do aquário, repetindo a operação mais duas vezes, de 3 a 5 minutos, até dobra o volume de líquido.
Esse processo, conhecido como Aclimatação, ajudará os peixes a se acostumarem as condições do novo ambiente. Depois, com uma rede, pegue delicadamente os peixes e solte-os no aquário sem usar a água em que vieram, pois ela pode estar contaminada com amônia ou com algum medicamento usado pelo lojista.
Melhores opções de alimento para os peixes de aquário
Os peixes precisam ser alimentados com muito cuidado e critério. Pouca quantidade, até três vezes ao dia e com intervalos regulares é o recomendado. Independente da quantidade de peixes no aquário, comece jogando de 3 a 5 flocos na água e espere que comam quase tudo. Quando estiver acabando, jogue a mesma quantidade e repita o processo por mais 4 ou 5 vezes. Lembre-se também de que você não deve economizar nos alimentos, ou seja, adquira produtos de alta qualidade.
Abaixo, você pode conferir algumas das principais rações disponíveis para peixes ornamentais:
Última atualização em 2024-11-03 / Links de Afiliados / Imagens de Amazon Product Advertising API
Alguns alimentos são mais baratos do que outros, mas possuem um índice de digestibilidade de 40 a 50% apenas. Alguns alimentos importados, por exemplo, geralmente um pouco mais caros, possuem digestibilidade de 97%, em média. É interessante notar que todo o alimento não consumido ficará na água e acabará poluindo o ambiente.
Alguns peixes habitam a região do fundo e perdem para outros que, além de tudo, são mais velozes e habitam outras áreas do aquário. Para eles, existem alimentos que afundam, assim que são colocados na água. Fique de olho nos tipos de peixes que você possui!
A última refeição deve ser servida, no mínimo trinta muitos antes de apagar as luzes do aquário. Além disso, procure variar na alimentação, adicionando dáfnias, artêmias, larvas de mosquito, infusórios, tubifex, uma vez por semana.
Como limpar o aquário?
Para limpar o aquário, você não precisará retirar os peixes e nem trocar toda a água dele. Acredito que mais de 90% das pessoas fazem isso!
Você deve desligar os equipamentos elétricos e começar a limpar os vidros, retirando a capa criada com o tempo pelas algas e pela mucilagem bacteriana. Você pode utilizar diversos tipos de limpadores: desde uma esponja até aqueles que possuem cabo de plástico ou de metal e uma lâmina de aço para raspar as algas. Há, também, modelos magnéticos, compostos por dois potentes ímãs que alcançam os lados interno e externo do aquário. Abaixo, vou separar alguns modelos para você analisar e adquirir aquele que melhor atende ao seu orçamento:
Última atualização em 2024-10-30 / Links de Afiliados / Imagens de Amazon Product Advertising API
Assim que limpar os vidros do aquário, aguarde alguns minutos para que a sujeira desça até o fundo e, então troque cerca de 20 a 30% da água. Para isso, eu recomendo que você utilize um sifão (dispositivo composto por uma mangueira dotada de um bocal plástico) e coloque-o bem próximo ao substrato para que sugue todo o tipo de sujeira, desde resíduos dos peixes até folhas mortas de plantas.
Após a limpeza com o sifão, complete o volume com a água nova. Lembrando que você já deve ter usado o condicionador de água para retirar o cloro e metais pesados dessa água, além de ter equilibrado a temperatura (usando um termostato).
Adote um regime de uma sifonagem por semana ou quinzenal, ou, no máximo, por mês. Lembre-se também de que você deve limpar os componentes do filtro na água que retirou do aquário, nunca diretamente em tanque ou pia!
Principais doenças em peixes de aquário
Os peixes, assim como os demais seres vivos, estão sujeitos a contrair várias moléstias causadas por parasitas ou bactérias. Entre as causas mais comuns está o estresse provocado por um manejo inadequado que, como consequência, diminui o sistema imunológico dos animais, permitindo que os agentes das mais variadas enfermidades atuem facilmente.
Se o peixe apresenta perda de apetite, nadadeiras fechadas, abdômen dilatado ou afundado, perda do brilho das cores, manchas, pontos esbranquiçados ou avermelhados e comportamento diferente do normal, fique atento. Ele pode estar doente!
Abaixo, veja a lista das principais doenças que acometem os peixes de aquário:
1. Íctio
O Íctio é causado por um protozoário parasita, caracteriza-se pela presença de pontos brancos nas escamas e nadadeiras dos peixes. O peixe roça-se nas plantas e nos objetos no interior do aquário. É mortal e deve ser tratado com remédio apropriado.
2. Doença do Veludo
A Doença do Veludo é causada por várias espécies diferentes de protozoários parasitas. Os peixes podem apresentar dificuldades respiratórias e um aumento da secreção do muco cutâneo, percebida como uma perda de brilho ou um aspecto aveludado. Além disso, os peixes nadam até a superfície com as nadadeiras fechadas e apresentam sintomas de sufocamento. O tratamento também é realizado com remédio apropriado.
3. Nadadeiras roídas
As nadadeiras roídas ou desfiadas são causadas por uma bactéria. O peixe apresenta perda acentuada do tecido das nadadeiras, que acabam com uma aparência desfiada. Nos casos graves, há perda total da nadadeira com a consequente invasão do corpo da vítima. O tratamento deve ocorrer em um aquário-hospital.
4. Fungos (Dermatomicoses)
Essa doença é causada por fungos aquáticos que vivem na matéria orgânica acumulada no fundo do aquário, infectando os peixes muito debilitados ou feridos. Fácil de curar quando tratada a tempo com fungicida próprio para uso em aquários.
5. Fungo de Boca
Apesar do nome, não são fungos que causam essa doença. Altamente contagiosa, ocorre por conta de uma bactéria. Surgem, no início, formações semelhantes a tufos de algodão na boca dos indivíduos infectados. Se não tratada a tempo, aparecem lesões esbranquiçadas na cabeça e no corpo do peixe. O tratamento deve ocorrer em aquário-hospital com remédios específicos.
6. Hidropsia
A Hidropsia é uma infecção generalizada, causada por bactérias. Os sintomas são hemorragias, ulcerações cutâneas, olhos saltados, escamas eriçadas e abdômen dilatado por acúmulo de líquido. Os bettas são muito propensos a contrair essa doença.
7. Piolho-de-Peixe
É um crustáceo parasita, muito comum em carpas, que vive aderido à pele do animal parasitado, sugando seu sangue. São visíveis a olho nú, parados ou deslocando-se rapidamente por sobre a pele do peixe.
8. Verme Âncora
Os vermes âncora são crustáceos parasitas, que perfuram a pele dos peixes, fixando-se por meio de ganchos que lhes dão a aparência de uma âncora. Estes parasitas são perigosos, pois enfraquecem o peixe e abrem feridas que são uma porta para infecções causadas por germes oportunistas.
Dicas úteis para ter um aquário saudável e próspero
- Mantenha a temperatura da água sob controle, evitando, a todo custo, mudanças bruscas nesse parâmetro;
- Verifique diariamente o funcionamento do termostato, especialmente nos dias mais frios;
- Efetue trocas parciais de água com frequência, aproveitando para limpar o filtro do aquário e também retirar a sujeira acumulada no fundo usando um sifão;
- Evite excessos na alimentação, fornecendo pequenas quantidades de alimento por vez para evitar a sobra no fundo;
- Mantenha a população do aquário dentro dos limites recomendados;
- Observe seus peixes diariamente para entender o comportamento de cada um deles;
- Estude e leia sobre o assunto em livros, revistas e, principalmente, aqui em nosso site;
- Procure por lojas especializadas no assunto na hora de adquirir equipamentos e animais;
Conclusão
Montar um aquário saudável e próspero requer paciência e, acima de tudo, disciplina por parte do aquarista. Por viverem em um ambiente completamente diferente do nosso, os peixes precisam de cuidados específicos e acompanhamento diário para se manterem felizes e saudáveis.
Se você seguir as dicas contidas nesse artigo, com certeza se tornará um aquarista melhor e, poderá, com o passar dos anos, investir em espécies mais caras e ambientes mais desafiadores. Há um enorme mundo de possibilidades para se explorar!