Nesse artigo, confira uma lista com as principais espécies de peixes de água doce do Brasil e suas características e necessidades!
As águas doces que serpenteiam os rios do Brasil abrigam uma variedade extraordinária de espécies de peixes e outros animais aquáticos. A biodiversidade encontrada nesses ecossistemas é resultado da vasta extensão do país, seus diferentes climas e formações geológicas.
Desde os imponentes predadores como o Pirarucu e o Dourado, até os coloridos e pacíficos peixes ornamentais como o Tetra Neon e Acará Disco, os rios brasileiros abrigam uma infinidade de espécies com comportamentos e características únicas. Além dos peixes, os rios também são habitados por mamíferos aquáticos como o peixe-boi e a lontra, aves aquáticas como o martim-pescador e o socó, e répteis como jacarés e tartarugas.
Nesse artigo, iremos trazer uma lista com as principais espécies de peixes de água doce do Brasil. Espero que você possa usufruir bastante e aprender com a gente!
Abaixo, criamos um link de acesso rápido para cada uma das espécies. Então, caso queira ir diretamente para um determinado peixe, basta clicar no link do menu!
Principais espécies de peixes de água doce do Brasil
Listei as espécies de peixes de água doce em ordem alfabética para facilitar a busca:
Abotoado (Pterodoras granulosus)
- Comprimento: Até 68 cm (macho); 90,1 cm (fêmea);
- Expectativa de vida: Entre 8 e 12 anos;
O Abotoado é um nativo nativo das principais bacias hidrográficas da América do Sul, incluindo a Amazônica, Paraná, Paraguai e Uruguai e Tocantins-Araguaia. Ele vive em diversos rios brasileiros, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo, vivendo em poços profundos onde passa a maior parte do tempo no fundo em busca de comida.
A espécie possui coloração acinzentada, mas pode ter tons interessantes de marrom e verde-oliva, dependendo de onde ocorreu a captura. À medida que vai ficando mais velho, algumas das manchas escuras no corpo do peixe começam a desaparecer.
Acará Papa Terra (Geophagus brasiliensis)
- Comprimento: Até 28 cm (Comum: 9 cm);
- Expectativa de vida: Até 15 anos;
O Acará Papa Terra é também conhecido como Cará. Considerado um dos ciclídeos mais difundidos do Brasil, habita praticamente todo o território nacional.
A espécie é famosa por sua resistência, podendo viver até mesmo em lagoas salinizadas. Além disso, esses peixes funcionam como bioindicadores da qualidade da água, já que a quantidade de parasitas grudados em sua pele indica as condições dos rios onde vive.
Acará Bandeira (Pterophyllum scalare)
- Comprimento: Até 15 cm;
- Expectativa de vida: Entre 8 e 15 anos;
O Acará Bandeira é um peixe bastante popular, principalmente no famoso mundo do aquarismo. O que chama bastante a atenção desse peixe é seu formato único e também sua personalidade interessante.
Na natureza, o Acará Bandeira habita rios de fluxo lento na região do Rio Amazonas, geralmente pântanos ou áreas alagadas onde há vegetação abundante. Nesses locais, as águas costumam ser claras, embora haja espécimes vivendo em ambientes com águas mais turvas.
Acará Diadema (Aequidens diadema)
- Comprimento: Até 11,8 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Acará Diadema é um peixe nativo do Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela. Ele costuma habitar rios de águas escuras nas bacias dos rios Amazonas e alto do Rio negro, além da bacia do Rio Orinoco.
Os machos da espécie são muito famosos por terem nadadeiras com filamentos extremamente longos, enquanto as fêmeas possuem filamentos mais curtos e arredondados. Além disso, os machos costumam ser maiores do que as fêmeas.
Acará Disco (Symphysodon aequifasciatus)
- Comprimento: Até 20 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Acará Disco é uma das espécies de peixes de água doce do Brasil mais famosas no mundo do aquarismo, por um bom motivo! Ele é famoso por conta de sua coloração, formato e tamanho. Além disso, é considerado por muitos o ápice na criação de espécies de peixes ornamentais.
Na natureza, o Acará Disco habita rios, lagos e áreas de florestas inundadas, tanto de águas claras quanto escuras, principalmente na bacia do Rio Amazonas. Ele prefere viver em águas calmas e lentas, onde passa boa parte do tempo escondido entre as raízes e galhos, se alimentando de pequenos insetos e invertebrados.
O Acará Disco possui corpo arredondado, relativamente grande e achatado lateralmente, ficando com um aspecto de um pequeno disco. Através da reprodução em cativeiro, é possível encontrar uma enorme variedade de formas e padrões de cores disponíveis à venda.
Andirá (Henochilus wheatlandii)
- Comprimento: Até 41,3 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Andirá é um peixe de água doce popularmente conhecido como Anjirá, que possui sua distribuição no rio Santo Antônio, afluente do rio Doce (Minas Gerais). Na natureza, esse peixe habita cursos de água que variam entre 10 e 40 metros de largura e profundidade superior a 1 metro, onde se alimenta basicamente de semente, flores, caules e frutos.
O peixe Andirá é um peixe de escamas que possui duas fileiras de dentes nos pré-maxilares. Na fase adulta, por exemplo, ele fica com esses dentes da frente expostos devido à ausência de lábios superiores.
Apaiari / Oscar (Astronotus ocellatus)
- Comprimento: Até 35 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Oscar é um dos ciclídeos mais famosos criados em aquários de água doce. Com uma personalidade cativante, inteligência acima da média, e cores muito atraentes, a espécie acabou se tornando a queridinha de muitos aquaristas.
Na natureza, o Oscar vive em rios e afluentes do Amazonas e Orinoco, onde se aproveita das temperaturas quentes e correntes de água moderadas. A espécie vive em países como Argentina, Paraguai, Brasil e Colômbia.
O Oscar, considerado um dos peixes mais inteligentes para se criar em aquários, costuma reconhecer seus donos na hora de comer.
Apapá / Sardinhão (Pellona castelnaeana)
- Comprimento: Até 60 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Apapá é um peixe de escamas, de corpo comprimido, cabeça e boca pequenos, ligeiramente voltados para cima. A espécie pode atingir até 60 centímetros de comprimento e pesar cerca de 3 Kg.
Os cardumes de Apapá habitam rios, lagos e matas inundadas, onde vivem próximos à superfície e, geralmente, em corredeiras. Na natureza, eles se alimentam de pequenos peixes durante as horas crepusculares. O Apapá é considerado um peixe de 2° classe, não sendo importante nas capturas comerciais.
Aruanã Prateado (Osteoglossum bicirhossum)
- Comprimento: Até 120 cm;
- Expectativa de vida: Entre 8 e 25 anos;
O Aruanã Prateado é um peixe de grande porte que pode atingir até 120 centímetros de comprimento e viver entre 8 e 25 anos sem maiores problemas. Em aquários, não costuma ultrapassar os 78 centímetros de comprimento.
Na natureza, o Aruanã Prateado vive em ambientes de águas calmas como, por exemplo, pântanos e áreas rasas alagadas. Ele habita tanto rios de águas claras quanto escuras, habitando geralmente as regiões dos rios Amazonas, Rupununi e Oiapoque.
A dieta do Aruanã Prateado consiste basicamente de peixes, insetos e larvas. Na verdade, esse peixe irá comer praticamente qualquer coisa que couber em sua boca. Além disso, ele é conhecido por saltar para fora d’água e pegar diferentes tipos de animais. Para se ter uma ideia, em seu estômago já foram encontrados macacos, cobras, tartarugas e diversos tipos de roedores.
Aruanã Negra (Osteoglossum ferreirai)
- Comprimento: Até 90 cm;
- Expectativa de vida: Até 20 anos;
A Aruanã Negra é uma espécie de peixe encontrada basicamente no Brasil, mais especificamente na bacia do Rio Amazonas. Ela vive próximo da superfície da água, em meio a raízes e vegetação, a espera de presas em potencial.
De comportamento relativamente pacífico, a Aruanã Negra se alimenta de peixes e invertebrados pequenos. É interessante mencionar que a espécie também costuma ser criada em aquários, embora precise de espaços grandes para prosperar.
Anujá / Cachorrinho (Trachelyopterus galeatus)
- Comprimento: Até 30 cm;
- Expectativa de vida: Até 3 anos;
O Anujá ou Cachorrinho é uma espécie brasileira com relativa importância econômica e muito consumida pela população da microrregião Bragantina. É uma espécie onívora, que se alimenta basicamente de frutos, sementes e invertebrados.
De hábito noturno, o Anujá é bem adaptado a ambientes hipóxicos, ou seja, pode viver em locais com pouco oxigênio por várias horas sem maiores problemas.
Barbado (Pinirampus pinirampu)
- Comprimento: Até 120 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Barbado é uma espécie de peixe de couro encontrado em diversas regiões do Brasil, incluindo as bacias dos rios Amazonas, Prata e Araguaia-Tocantins. Ele vive no fundo de rios de águas escuras e barrentas, geralmente rios de médio e grande porte.
A espécie é considerada uma das mais ferozes, e é bastante apreciada na pesca esportiva. Além disso, é um peixe bastante importante para a pesca de subsistência.
Bicuda Manchada (Boulengerella maculata)
- Comprimento: Até 31,9 cm;
- Expectativa de vida: Entre 5 e 8 anos;
A Bicuda Manchada é um peixe que habita grande parte dos sistemas dos rios Amazonas, Orinoco e Tocantins, com registros existentes no Equador, Colômbia, Peru, Brasil e Venezuela. ela vive em diversos tipos de habitats, desde os principais canais fluviais de rios de águas claras e escuras, assim como também em lagoas de várzea.
A Bicuda Manchada é um peixe descamas de corpo alongado e bastante esguio. Tanto seu focinho quanto sua bocão são bem longos, e a ponta da mandíbula superior paira sobre a inferior.
Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum)
- Comprimento: Até 104 cm;
- Expectativa de vida: Até 20 anos;
A Cachara é um peixe de couro de água doce muito apreciado na pesca por conta de sua carne extremamente saborosa e seu alto valor comercial. A espécie costuma viver em uma grande variedade de habitats, desde grandes lagos e rios, até áreas de mata inundada. Além disso, prefere viver em ambientes onde há um fluxo de água lento.
Na natureza, a Cachara pode ser encontrada em diversos países incluindo, por exemplo, Equador, Venezuela, Colômbia, Suriname, Peru, Bolívia, Brasil e Argentina.
Cachara do Pantanal (Pseudoplatystoma reticulatum)
- Comprimento: Até 60,5 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
A Cachara do Pantanal é um peixe nativo das bacias dos rios Paraná e do Médio Amazonas. Ela pode alcançar até 60,5 centímetros de comprimento e possui o corpo com linhas escuras que formam um padrão reticulado.
Cachorra (Hydrolycus scomberoides)
- Comprimento: Até 117 cm;
- Expectativa de vida: Até 2 anos;
A Cachorra é uma outra espécie de peixe muito apreciada por pescadores devido à suas habilidades de luta durante a pescaria. A espécie é considerada bastante agressiva e possui dentes enormes em sua boca.
Encontrada na América do Sul, a Cachorra vive na bacia do Rio Amazonas e seus afluentes acima da foz do Rio Tapajós. Além disso, ela habita rios de águas limpas e de fluxo rápido, incluindo corredeiras e fundo de cachoeiras.
Também conhecida como Peixe Vampiro, a cachorra vive em grupos e se alimenta de pequenos peixes, mas sua principal dieta consiste de piranhas.
Cachorra Facão (Raphiodon vulpinus)
- Comprimento: Até 80 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
A Cachorra Facão é um peixe bastante comum nos rios brasileiros, habitando as bacias dos rios Amazonas, o sistema do rio Ucayali, no Peru, além do rio Xingu, Tocantins e Capim.
A espécie vive a meia água em ambientes de fluxo rápido repletos de troncos e rochas. Além disso, ocorre também em canais e praias de rios, lagos e em locais de mata inundada.
Sobretudo, o peixe possui dentes caninos e um par de presas que se encaixam no maxilar superior. A nadadeira dorsal está localizada na metade posterior do corpo, na mesma direção da anal.
Cachorra Pintada (Hydrolycus armatus)
- Comprimento: Até 89 cm;
- Expectativa de vida: Até 2 anos em cativeiro;
A Cachorra Pintada é uma espécie de peixe encontrado em rios de água doce da América do Sul, mais especificamente nas bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Essequibo. Ela vive em vários tipos de habitats diferentes, mas geralmente habitam regiões de águas de fluxo rápido.
Conhecida também como Payara, a Cachorra Pintada pode medir até 89 centímetros de comprimento e pesar cerca de 18 Kg.
Candiru (Vandellia cirrhosa)
- Comprimento: Até 17 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
É bem capaz que você já tenha ouvido falar do Candiru, pois há muitos relatos de problemas causados por esse peixinho. Ele é famoso por conta de seu pequeno tamanho e pela capacidade de entrar em lugares extremamente apertados, incluindo genitais e homens e mulheres.
O Candiru é um peixe que se alimenta de parasitas de outros peixes. Quando encontra um hospedeiro (por meio de trilhas visuais e químicas), ele se digere para as brânquias, onde força o opérculo ou espera que ele se abra naturalmente. Então, uma vez que tenha passado pelo opérculo, se prende às artérias aortais ventrais ou dorsais.
Na natureza, o Candiru é encontrado no norte da América do Sul, mais especificamente nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco, onde vive em cursos de águas ácidas, rasas e lentas, bem como em fundos lamacentos ou arenosos.
Caparari / Capapari (Pseudoplatystoma tigrinum)
- Comprimento: Até 130 cm;
- Expectativa de vida: Até 18 anos;
O Caparari é um peixe nativo das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. Ele vive em uma grande variedade de habitats, incluindo corredeiras de rios, áreas de mata inundadas, lagos e até locais onde as águas são quase salobras.
Considerado um dos maiores peixes do gênero, o Caparari é um peixe de couro de grande porte, que pode atingir até 130 centímetros de comprimento e pesar cerca de 35 Kg. Além disso, ele possui o corpo achatado e roliço, bem como uma cabeça grande e imensos barbilhões.
Cascudo (Hypostomus affinis)
- Comprimento: Até 39,7 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Cascudo é um peixe nativo da bacia do rio Paraíba do sul, no Brasil. A espécie passa a maior parte do tempo no fundo de rios lamacentos raspando o substrato com seus dentes em busca s de comida. Além disso, ele também costuma ser abundante em rios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, bem como Espírito Santo e Minas Gerais.
Em relação a aparência, o Cascudo possui uma couraça que recobre todo o corpo. Essa couraça é formada por pequenas placas ósseas adaptadas da mesma forma que as escamas, percorrendo o corpo em várias fileiras (de três a quatro). Tocar esse peixe dá a sensação de que estamos tocando em uma lixa.
Cascudo Negro (Hypostomus nigromaculatus)
- Comprimento: 10,20 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Cascudo Negro é um peixe da espécie dos bagres nativo da América do Sul, onde ocorre com mais frequência na bacia do médio e alto rio Paraná, no Brasil. Acredita-se que esse peixe seja um respirador de ar facultativo, ou seja, é capaz de retirar o ar tanto do meio aquático quanto da atmosfera para respirar.
Cascudo Comum (Hypostomus plecostomus)
- Comprimento: Entre 30 e 50 cm;
- Expectativa de vida: Entre 10 e 15 anos;
O Cascudo Comum é uma espécie nativa do rio Paraíba do Sul, no Brasil. Ele vive na região do fundo dos rios, onde raspa o substrato com seus inúmeros e delicados dentes, à procura de alimento.
Sobretudo, a espécie é bastante famosa no mundo do aquarismo por conta de sua capacidade de grudar nos vidros e decorações do aquário para remover algas. O Cascudo Comum possui corpo achatado e pote atingir entre 30 e 50 centímetros de comprimento.
Coridora Pimenta (Corydoras paleatus)
- Comprimento: Até 6,6 cm;
- Expectativa de vida: Até 8 anos;
A Coridora Pimenta pode ser encontrada nas bacias dos rios Amazonas, Prata (sudeste do Brasil) e rio Paraná (Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai).
Considerada um peixe de couro bastante pequena, a Coridora Pimenta não ultrapassa os 6,6 centímetros de comprimento. No entanto, sua expectativa de vida é bastante alta, podendo viver por até 8 anos sob bons cuidados.
A espécie possui uma grande variedade de cores e padrões, dependendo de onde é capturada. Mas, no geral, ela apresenta um tom bronzeado claro com manchas acinzentadas.
Corvina (Plagioscion squamosissimus)
- Comprimento: Até 80 cm;
- Expectativa de vida: Até 5 anos;
O Corvina, também conhecido como Pescada Branca, é um peixe de coloração azulada muito apreciado na pesca esportiva e na culinária.
Na natureza, a espécie pode ser encontrada nos rios Parnaíba, Negro, bem como Trombetas e Amazonas. Atualmente, esses peixes vêm sendo introduzidos em açudes no Nordeste, assim como também no Sudeste do Brasil, mais especificamente nas bacias dos rios Paraná, Prata e São Francisco.
O Corvina vive em remansos, poços e reservatórios, preferindo viver em áreas profundas ou em meia água.
Cuiu Cuiu (Oxydoras niger)
- Comprimento: Até 100 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
O Cuiu Cuiu é uma espécie de bagre de tamanho considerável, mas de aparência curiosa e comportamento adorável. Ele pode ser encontrado em muitos dos principais sistemas fluviais do norte da América do Sul incluindo, por exemplo, os rios Amazonas e São Francisco.
A espécie prefere viver em áreas de mata inundada, embora possa habitar áreas abertas. O Cuiu Cuiu retorna às grandes bacias hidrográficas quando as águas dos afluentes e rios começam a baixar. E então, ele se reúne com outros peixes de sua própria espécie para procriar.
Estes peixes podem atingir até 1 metro de comprimento e pesar cerca de 13 Kg. O Cuiu Cuiu possui um conjunto distinto de placas ósseas que se estendem por toda a linha lateral do corpo.
Curimatã (Prochilodus brevis)
- Comprimento: Até 32 cm;
- Expectativa de Vida: Desconhecida;
O Curimatã é um peixe do semiárido nordestino de importância à pesca e subsistência. Seus ovos, larvas, alevinos e adultos, por exemplo, são fontes alimentares para muitas espécies de peixes predadores e de numerosas espécies de aves aquáticas.
A espécie é nativa da América do Sul, mais especificamente dos rios costeiros de pequeno e médio porte do nordeste do Brasil.
Curimbatá (Prochilodus lineatus)
- Comprimento: Até 80 cm;
- Expectativa de vida: Até 8 anos;
O Curimbatá é um peixe bastante famoso na pesca esportiva por conta de sua força e comportamento extremamente agressivo quando é fisgado.
A espécie está presente em toda a região Norte, Centro-Oeste e Nordeste, assim como também nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, onde pode ser visto tanto em fundo de lagos quanto nas margens de rios.
O Curimbatá possui escamas muito ásperas e uma coloração cinza-prateada, com faixas transversais escuras e discretas no dorso.
Curimatã-Pacú (Prochilodus argenteus)
- Comprimento: Até 44 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Curimatã-Pacú é um peixe nativo do rio São Francisco, mas que também foi introduzido para fins de pesca nos ales fluviais do rio Doce e Barra Seca.
A espécie é conhecida por ter hábitos alimentares detritívoros, raspando o substrato com seus dentes depressíveis móveis, implantados em seus espessos lábios. Além disso, possui escamas prateadas revestindo todo o corpo, onde as linhas longitudinais no bordo das escamas formam um padrão em zigue-zague.
Dourada (Brachyplatystoma rousseauxii)
- Comprimento: Até 192 cm;
- Expectativa de vida: Até 20 anos;
A Dourada é considerada o bagre de maior importância comercial para a pesca na região Amazônica, no Brasil. Ela está presente na maior parte das drenagens dos rios Amazonas e Orinoco, assim como também de outros sistemas fluviais importantes nas Guianas e no nordeste do Brasil.
Raramente encontrada em afluentes menores, a Dourada prefere canais profundos dos quais viaja por distâncias consideráveis em certas épocas do ano. Sobretudo, essas viagens possuem como destino as drenagens de águas claras ricas em nutrientes.
A Dourada pode atingir atingir até 1,92 metros de comprimento e pesar cerca de 20 Kg.
Dourado (Salminus brasiliensis)
- Comprimento: Até 140 cm;
- Expectativa de vida: Até 9 anos;
O Dourado é famoso por sua coloração, bravura e também pelo seu sabor na culinária. Por conta disso, a espécie é conhecida como o “Reio dos Rios”.
Na natureza, o Dourado habita diversos rios da América do Sul, podendo ser encontrado nas bacias dos rios Paraná, Paraguai, Uruguai, São Francisco, bem como Paraíba do Sul e Rio Doce. No Brasil, ele é nativo dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, assim como também São Paulo e Bahia. Há relatos de introdução da espécie nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais.
A espécie prefere viver em áreas com águas agitadas, como corredeiras e cachoeiras. No entanto, pode ser encontrado também nas margens de rios e lagos.
Guaru / Barrigudinho (Phalloceros caudimaculatus)
- Comprimento: Até 3,5 cm (macho); 6,0 cm (fêmea);
- Expectativa de vida: Entre 1 e 2 anos;
O Guaru é um peixe de corpo prateado com uma pequena mancha alongada vertical escura sob a barbatana dorsal e várias outras manchas pretas nas demais barbatanas.
A espécie é natural do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, embora haja populações selvagens na Austrália, Nova Zelândia, Etiópia, onde foram introduzidos para fins de controle de infestação de mosquitos.
Na natureza, o Guaru habita áreas de rios, córregos e lagos de fluxo lento, muitas vezes com vegetação abundante. No entanto, algumas populações já foram vistas habitando até mesmo águas levemente salobras.
Jacundá Açu (Crenicichla lenticulata)
- Comprimento: Até 30 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
O Jacundá Açu é um ciclídeo nativo das águas do Rio Negro e Amazonas, no estado de Roraima, Brasil. Ele vive em represas, lagoas e remansos de águas ácidas, ficando sempre próximo de estruturas como raízes e rochas.
O corpo do Jacundá Açu é alongado parecido com uma lança, além de ter uma mandíbula um pouco maior do que o maxilar superior. A cabeça do peixe, por exemplo, é coberta por inúmeras pintas escuras. Uma faixa escura corre horizontalmente da parte de trás da cabeça até a ponta da barbatana caudal. Além disso, algumas listras verticais menores correm dessa faixa horizontal até a parte superior do corpo.
Jaú (Paulicea luetkeni)
- Comprimento: Até 140 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Jaú é considerado um dos maiores peixes de couro da região amazônica, podendo atingir cerca de 140 centímetros de comprimento e pesar até 100 Kg.
A espécie está presente em diversas regiões do Brasil, incluindo o Norte e Centro-Oeste, assim como também os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O Jaú vive nas bacias dos rios Amazonas, Araguaia-Tocantins e São Francisco, habitando grandes poços de cachoeiras, para onde vai no período de águas baixas acompanhando os cardumes de Curimbatás que migram rio acima.
Na Amazônia, o Jaú não é importante comercialmente, pois sua carne é considerada muito gordurosa.
Jaú Amarelo / Bagre da Lagoa (Zungaro jahu)
- Comprimento: Até 140 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Jaú Amarelo é um peixe nativo das bacias dos rios Paraná e Paraguai, encontrado no Brasil, Argentina e Bolívia. No Brasil, ele pode ser encontrado nos estados de Minas Gerais, São Paulo, bem como Mato Grosso e Paraná.
Em relação a aparência, o Jaú Amarelo é um peixe de couro, com corpo grosso e curto, cabeça grande e achatada. A coloração costuma ser parda com manchas no dorso, mas com o ventre branco.
Na natureza, a espécie vive principalmente nos poços de cachoeiras.
Jundiá (Rhamdia quelen)
- Comprimento: Até 51 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
O Jundiá, também conhecido como Mandi-Guaru e Bagre-Sapo, vive em diversas regiões da América Central e Sul, indo desde o sul do México até a Argentina. A espécie habita riachos litorâneos com fundos arenosos cobertos com folhas mortas, além de rios e lagos, preferindo rios com correnteza moderada.
Sobretudo, conhecido por ser um peixe de couro com coloração acinzentada-escura e ventre esbranquiçado, o Jundiá se destaca por ser uma das mais promissoras espécies quando o assunto é o cultivo por meio da Aquicultura. Ele apresenta crescimento rápido, se adapta muito bem à criação intensiva e é um animal bastante rústico.
Jundiá-da-lagoa (Zungaro zungaro)
- Comprimento: Até 150 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Jundiá-da-lagoa é um peixe teleósteo que habita as bacias do rio Amazonas e do Paraná. Considerado um dos maiores peixes brasileiros, ele pode atingir cerca de 1,5 metros de comprimento e pesar até 120 Kg. A coloração costuma ser parda com manchas no dorso, mas com o ventre esbranquiçado.
Assim como as espécies de Jaú listadas acima, O Jundiá-da-Lagoa é piscívoro e vive principalmente nos poços de cachoeiras, para onde vai no período de águas baixas acompanhando os cardumes de Curimbatás que migram rio acima.
Jurupensém / Surubim (Sorubim lima)
- Comprimento: Até 54,2 cm;
- Expectativa de vida: Entre 5 e 8 anos;
O Jurupensém ou Surubim é um peixe amplamente difundido nas bacias dos rios Amazonas, Parnaíba, Paraná e Araguaia-Tocantins. A espécie, considerada uma excelente fonte de alimento, costuma fazer parte da pesca comercial nessas regiões.
O habitat preferido do Surubim engloba diversas áreas e poços abaixo de corredeiras e lagoas inundadas. No entanto, na grande maioria das vezes, esse peixe viverá em lagoas de várzea e arcos marginais, preferindo ambientes com águas claras.
Jurupoca (Hemisorubim platyrhynchos)
- Comprimento: Até 61 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
A Jurupoca é um peixe de água doce famoso por sua carne extremamente saborosa. A espécie é bastante popular nas regiões Norte e Centro-Oeste, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais, assim como também Paraná e Rio Grande do Sul.
O Habitat natural do Jurupoca inclui bocas de lagoas, canais mais profundos de rios e vegetação ribeirinha. Ele passa boa parte do tempo nas partes mais profundas e lentas de grandes rios, onde vive na companhia de outras espécies como, por exemplo, cascudos e arraias.
O Jurupoca habita as bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Paraná.
Lambari do Rabo Amarelo (Astyanax bimaculatus)
- Comprimento: Até 17,5 cm;
- Expectativa de vida: Até 18 anos;
O Lambari do Rabo Amarelo é uma das principais espécies de peixes de água doce do Brasil. Na verdade, ele está presente em todo o território nacional, habitando rios, riachos, lagos e represas, mesmo onde há ocupações humanas.
A espécie possui uma capacidade enorme de colonizar diferentes tipos de habitats, mas é sensível às mudanças em seu ambiente natural. Por isso, ele funciona como um excelente bioindicador de alterações ambientais.
Há comunidades tradicionais que utilizam essa espécie de Lambari como fonte de alimento. Além disso, ele possui uma grande importância na cadeia alimentar, pois serve de alimento para inúmeros vertebrados, mamíferos, aves e até mesmo de alguns anfíbios e répteis.
Mandi Chorão (Pimelodus maculatus)
- Comprimento: Até 51 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 8 anos;
O Mandi Chorão, também conhecido como Mandi Amarelo, é um peixe nativo das bacias dos rios Paraná e São Francisco, no Brasil e Argentina. Ele habita praticamente todas as bacias hidrográficas brasileiras, onde vive em áreas de águas rasas sobre substratos arenosos ou lamacentos, incluindo canais de rios e afluentes. Além disso, ele também vive em pequenos lagos formados pelas chuvas.
Sobre a aparência, o Mandi Chorão é um peixe de couro com corpo alongado e ligeiramente comprimido, que vai afunilando em direção à cabeça e a nadadeira caudal. Ele possui um tom pardo na região dorsal, que vai passando para um amarelo nos flancos e branco no ventre.
Mandiú (Pimelodus blochii)
- Comprimento: Até 35 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 8 anos;
O Mandiú é um peixe nativo da América do Sul, golfo de Paria e bacias Amazônica, Corantin, Essequibo e Orinoco, muito apreciado na culinária e pesca esportiva, embora sua pescaria exija muita técnica.
A espécie possui esporões farpados nas nadadeiras peitorais e dorsal bastante rígido que podem causar feridas dolorosas, caso não sejam manuseados com cuidado. Embora inofensiva, a picada do Mandiú costuma doer bastante por conta de sua dor aguda e inchaço local.
Mandubé (Ageneiosus brevifilis)
- Comprimento: Até 64,8 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Mandubé é um peixe de couro nativo das bacias dos rios Amazonas, Araguaia-Tocantins e Prata. Ele pode alcançar até 64,8 centímetros de comprimento e pesar cerca de 2,5 Kg.
De hábito noturno, o Mandubé gosta de viver no fundo do leito de rios de médio e grande porte, com águas escuras e barrentas, bem como áreas de remansos entre corredeiras.
A espécie é também conhecida como Palmito, pois possui uma carne muito mais macia e saborosa em comparação com outras espécies de peixe de couro.
Matrinxã (Brycon cephalus)
- Comprimento: Até 45 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Matrinxã é um peixe nativo da bacia amazônica, muito apreciado na culinária das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. Ele habita as áreas centrais de rios tanto de águas claras quanto escuras. Além disso, vive descansando em cardumes ao redor das margens, sob proteção da vegetação.
Há relatos de que o Matrinxã pode viver em áreas de florestas inundadas, lagos e poças, que são deixadas para trás quando as águas dos rios baixam.
Mussum (Synbranchus marmoratus)
- Comprimento: Até 150 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 15 anos;
O Mussum é um peixe de escamas bastante comum no Brasil, mas pode ocorrer desde o sul do México até o norte da Argentina. Ele está presente em praticamente todas as bacias hidrográficas brasileiras.
A espécie habita lagos, brejos, córregos, bem como rios e pântanos com vegetação abundante aquática e muito pobre em oxigênio dissolvido. Por esse motivo, o Mussum pode sobreviver a longos períodos enterrado na lama.
Durante os períodos de estiagem, o Mussum cava tocas em forma de tubo, onde fica em estado letárgico até o início das chuvas, ou caso surja alguma ameaça.
Pacu Caranha (Piaractus mesopotamicus)
- Comprimento: Até 70 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
O Pacu Caranha é um peixe bastante famoso por sua carne extremamente saborosa. Nativo das águas dos rios Paraguai e Paraná, a espécie foi introduzida em diversas outras regiões do Brasil por conta da qualidade de sua carne. Na natureza, o Pacu Caranha habita rios e lagoas nas épocas de cheia.
O corpo do Pacu possui inúmeras escamas pequenas, e sua coloração é cinza-escuro no dorso e amarelo-dourado no ventre. A espécie possui corpo comprimido, alto e em formato de disco, apresentando uma quilha ventral com espinhos.
A carne do Pacu Caranha é extremamente saborosa e, por isso, costuma ser um peixe bastante pescado. Ele também é bastante utilizado na piscicultura e para a formação do híbrido Tambacu, em cruzamento com o Tambaqui.
Pacu Manteiga / Pacupeba (Mylossoma duriventre)
- Comprimento: Até 25 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Pacu Manteiga é um peixe nativo das bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Paraguai-Paraná, Tocantins e seu afluente ocidental, o rio Araguaia.
A espécie habita águas ricas em nutrientes, mas prospera também em condições mais pobres. Além disso, o padrão de migração do Pacu não é totalmente compreendido, mas na temporada de enchentes na região Amazônia, entre dezembro e março, os peixes miram de lagos e piscinas de planícies inundadas para os rios maiores.
Pacu Prata (Metynnis argenteus)
- Comprimento: Até 14 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Pacu Prata é um peixe nativo do rio Tapajós, que nasce no estado do Mato Grosso, banha parte do estado do Pará e desagua nas águas do rio Amazonas.
A espécie, considerada bastante resistente, pode viver tranquilamente em aquários de água doce, embora precise de bastante espaço para prosperar. É interessante que eles estejam em grupos, pois costumam ser bastante agressivos quando estão sozinhos.
Peixe-Anual (Austrolebias minuano)
- Comprimento: Até 4,7 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Peixe-Anual é uma espécie de Killifish endêmico dos Pampas, na região do Rio Grande do Sul, Brasil. Ele habita brejos, poças e lagoas rasas formadas pelas chuvas, mas que secam no período de estiagem. Antes da chegada da seca, a fêmea deposita os ovos embaixo do solo da lagoa, onde ficam até o período das chuvas. Isso garante a manutenção da espécie.
Alguns outros nomes comuns para o Peixe-Anual incluem, por exemplo, Peixe-do-Céu, Peixe-da-Poça ou Peixe-Nuvem.
Peixe-Banana (Anodus elongatus)
- Comprimento: Até 35 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
Há pouca informação disponível sobre o Peixe-Banana. Sabe-se que ele vive em lagos e rios de águas claras das bacias do Amazonas e Tocantins. Além disso, sua dieta é composta basicamente de plâncton que retira da água com o auxílio de rastro branquiais – estruturas associadas às brânquias com função de filtrar os microrganismos da água.
Sobretudo, é uma das poucas espécies de peixes filtradores dos rios da Bacia do Tocantins.
Peixe Borboleta (Carnegiella strigata)
- Comprimento: Até 3,5 cm;
- Expectativa de vida: Entre 2 e 5 anos;
O Peixe Borboleta é um peixe de aparência única, pois se parece com um folha flutuando na água. Ele é nativo da bacia do rio Amazonas e rio Caquetá, Brasil e Colômbia, respectivamente, onde habita riachos e afluentes com vegetação abundante na companhia de outros de sua própria espécie, se alimentando na superfície de pequenos insetos.
Em relação ao formato do corpo, o Peixe Borboleta é bastante pequeno e tem a forma de um machado. Ele possui coloração branca com padrões marmorizados, que mais se parecem com listras percorrendo todo o corpo. Além disso, a boca fica localizada perto do topo da cabeça para facilitar a alimentação na superfície da água.
Peixe de Quatro Olhos (Anableps anableps)
- Comprimento: Até 30 cm;
- Expectativa de vida: Até 8 anos;
Apesar do nome, o Peixe de Quatro Olhos não possui “quatro olhos”. Na verdade, o que corre é uma adaptação para o seu estilo de vida. Acredita-se que ele tenha evoluído com o propósito de poder explorar o estreito nicho existente entre os habitats aquático e terrestre.
Os olhos da espécie são divididos horizontalmente com uma faixa de tecido, fazendo com que se pareçam quatro ao invés de dois. Contudo, o peixe se aproveita desse recurso para ver acima e abaixo da água simultaneamente, ajudando-o a garantir comida e se proteger de possíveis predadores marinhos.
Na natureza, o Peixe de Quatro Olhos vive ao longo da costa atlântica da América Central e Sul, além da Ilha de Trinidad. Ele habita lagoas de água doce, bem como estuários. Os estuários possuam uma salinidade flutuante devido ao fluxo e refluxo da maré.
Piabanha (Brycon insignis)
- Comprimento: Até 80 cm;
- Expectativa de vida: 10 anos;
A Piabanha é uma das principais espécies de peixe de água doce do Brasil. Apreciada na culinária, e costuma viver em grandes tanques, embora seja mais indicada para lagos.
Nativa da bacia do Rio Paraíba do sul, na região Sudeste do Brasil, a Piabanha costuma viver em áreas de corredeiras, mais especificamente no tombo de cachoeiras e atrás de galhadas, rochas e vegetação marginal. Durante as épocas de cheia, ela pode aparecer em áreas de mata alagada.
A Piabanha pode alcançar até 80 centímetros de comprimento e pesar cerca de 10 kg.
Piau Três Pintas (Leporinus friderici)
- Comprimento: Até 40 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 7 anos;
O Piau Três Pintas é um peixe de muita importância para a pesca de subsistência em diversas regiões da América do Sul. Ele habita grande parte do sistema do Rio Amazonas, no Brasil, Peru e Bolívia, além de drenagens costeiras da Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Além disso, há relatos de espécimes na bacia do rio Paraná.
Em relação ao habitat natural, o Piau Três Pintas gosta de viver em rios com fortes correntezas. Durante a estação chuvosa, por exemplo, ele invade áreas inundadas e são capturados com redes. Mas, na estiagem, este peixe vive confinado nas partes mais profundas dos rios, onde é capturado somente com varas de pesca.
Piau Verdadeiro (Leporinus obtusidens)
- Comprimento: Até 76 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 7 anos;
O Piau Verdadeiro habita toda a bacia do rio da Prata na região sul e sudeste da América do Sul, no Brasil, Uruguai e Paraguai. Ele costuma viver em rios médios e grandes e realiza longas migrações para reprodução e alimentação em toda bacia do Paraná. A espécie é bastante comum na lagoa Guaíba, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
A espécie é muito apreciada por consumidores locais e de regiões adjacentes, devido à alta qualidade da carne, pelo seu tamanho e sabor. O Piau Verdadeiro é um peixe rico em ômega-3 e com baixo teor de gordura saturada.
Piauçu (Leporinus macrocephalus)
- Comprimento: Até 68,4 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 7 anos;
O Piauçu é um peixe de corpo curto e grosso, que habita corredeiras de grandes rios. A espécie habita principalmente o Pantanal Mato-grossense, mas pode ocorrer em diversas outras regiões do Brasil. Na natureza, ele se alimenta de caranguejos, frutas e pequenos peixes.
A espécie possui coloração cinza-escura, além de uma boca grande terminal. Os peixes mais jovens apresentam faixas transversais nos flancos. Um peixe adulto pode chegar aos 68,4 centímetros de comprimento e pesar mais de 5 Kg.
Pintado (Pseudoplatystoma corruscans)
- Comprimento: Até 180 cm;
- Expectativa de vida: Até 18 anos;
O Pintado é uma das principais espécies de peixes de água doce do Brasil. Ele habita as calhas dos rios das bacias do São Francisco, Paraná e Prata. No Brasil, por exemplo, ele ocorre nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas e Sergipe.
De hábitos noturnos, a espécie habita poços no canal dos rios, baixios de praias, lagos e matas inundadas.
Na culinária, o Pintado faz parte da cultura dos povos indígenas locais. Ele é muito apreciado por não conter espinhas e pela sua carne branca e bem macia. Dentre os principais pratos regionais, podemos destacar a Mujica de Pintado.
Piraíba (Brachyplatystoma filamentosum)
- Comprimento: Até 360 cm;
- Expectativa de vida: Entre 12 e 25 anos;
A Piraíba é o maior peixe de couro da Amazônia, podendo ultrapassar os 3 metros de comprimento facilmente e pesar cerca de 160 Kg.
Presente na principais bacias hidrográficas da América do Sul – Amazonas, Orinoco e Tocantins-Araguaia, a Piraíba habita também outros sistemas fluviais importantes nas Guianas e no Nordeste do Brasil.
Na natureza, a espécie habita diversos tipos de habitats, embora raramente ocorra em afluentes menores, geralmente preferindo canais de fluxo mais profundos através os quais viaja por distâncias consideráveis (até 2.000 Km) em certas épocas do ano.
Piranambú / Coroatá (Platynematichthys notatus)
- Comprimento: Até 80 cm;
- Expectativa de vida: Entre 5 e 10 anos;
O Piranambú ou Coroatá, é um peixe de couro da família dos Pimelodídeos. Ele habita principalmente as bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Araguaia-Tocantins, onde vive em rios de médio e grande porte profundos e de águas escuras e lamacentas.
O Coroatá possui coloração acinzentada no dorso e o ventre esbranquiçado com nódoas escuras. Além disso, ele também possui diversos pontos escuros espalhados pelo corpo e três pares de barbilhões bem desenvolvidos, sendo um par acima da boca e dois pares na região mentoniana, semelhante aos gatos.
Piranha Branca (Serrasalmus brandtii)
- Comprimento: Até 21,2 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
A Piranha Branca é uma espécie de peixe nativo do Rio São Francisco, tendo sido descritas a partir de material colecionado nos rios das Velhas.
As piranhas do gênero Serrasalmus se diferenciam pelo perfil dorsal anterior côncavo sobre a cabeça, e o palato com dentes. A Piranha Branca possui corpo comprimido e alto, com pequenas máculas acinzentadas e a nadadeira adiposa com mancha escura na ponta.
Quando ainda é um peixe jovem, a Piranha Branca consome uma grande variedade de alimentos, como insetos, muco das escamas e nadadeiras de outros peixes. Na fase adulta, a dieta se baseia em peixes.
Piranha Comprida (Serrasalmus elongatus)
- Comprimento: Até 30 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
A Piranha Comprida é uma espécie endêmica dos rios Amazonas e Orinoco. Ela é encontrada tanto em águas escuras quanto claras, habitando uma ampla variedade de biótopos, desde áreas de vegetação densa até as pastagens tropicais iluminadas pelo sol e com crescimento exuberante de plantas aquáticas.
Os peixes adultos da espécie são vistos em águas profundas, enquanto os mais jovens em águas rasas.
Piranha Vermelha (Pygocentrus nattereri)
- Comprimento: Até 50 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
A Piranha Vermelha é encontrada em toda a Bacia Amazônica e nas bacias dos rios Essequibo, Paraguai e Paraná. Ela vive em riachos, afluentes, rios e grandes corpos d’água de águas claras e escuras, incluindo piscinas naturais, áreas de mata inundada, lagos e zonas úmidas do Pantanal, Brasil. Na natureza, ela costuma nadar sempre em grandes grupos de até 30 indivíduos.
A piranha é bastante apreciada na culinária, principalmente no preparo do famoso caldo de piranha, considerado afrodisíaco.
Pirapitinga (Piaractus brachypomus)
- Comprimento: Até 88 cm;
- Expectativa de vida: Até 28 anos;
O Pirapitinga é considerado uma das principais espécies de peixes de água do Brasil, e um dos maiores peixes de escama da região amazônica. Ele possui uma importância comercial enorme e é cultivado em muitos países da América Latina para fins de consumo.
Nativo das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, o Pirapitinga pode ser encontrado em países como o Brasil, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru. Em relação ao habitat, a espécie vive em canais de rios e áreas inundadas, movendo-se para florestas densas durante a estação chuvosa. Além disso, prefere águas rasas e de fluxo lento com vegetação suspensa ou flutuante.
Piraputanga (Brycon hilarii)
- Comprimento: Até 56 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
O Piraputanga é um lindo peixe de nadadeiras avermelhadas e muito apreciado na culinária. Infelizmente, a espécie está ameaçada de extinção devido à destruição de seu habitat natural.
Presente nas águas da bacia do Rio Paraná-Paraguai na região Centro-Oeste do Brasil, o Piraputanga habita áreas com pequenas correntezas, remansos de corixo, assim como também beira de rios, poços e embaixo de árvores frutíferas.
O Piraputanga é um peixe de grande importância na pesca comercial pela qualidade de sua carne,a e também na pesca amadora, pela esportividade.
Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus)
- Comprimento: Até 135 cm;
- Expectativa de vida: Até 20 anos;
A Pirarara é um enorme peixe de água doce originário das bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Essequibo, na América do Sul. Há registros da existência da espécie até mesmo nos Estados Unidos, mas muito provavelmente por conta da introdução e descarte de espécimes criados em cativeiro.
Alguns estudos indicam que a Pirarara é o último peixe vivo de seu gênero, embora haja relatos de que um possível membro não descrito ainda existe no Estado do Acre, no Brasil.
Na natureza, a Pirarara habita apenas ambientes de água doce, mas em uma ampla variedade de habitats. Ela pode ser vista, por exemplo, em corredeiras que desembocam em áreas de mata inundada, além de rios profundos..
Pirarucu (Arapaima gigas)
- Comprimento: Até 450 cm;
- Expectativa de vida: Entre 15 e 20 anos;
O Pirarucu é mais uma das principais espécies de peixes de água doce do Brasil. Considerado um dos maiores peixes de água do mundo, ele pode atingir 4,5 metros de comprimento e pesar até 330 Kg.
A espécie ocorre em grande parte da bacia do rio Amazonas, mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas costumam ser mais calmas. Além disso, ele também vive em lagoas e rios de águas claras e ligeiramente alcalinas, com temperaturas que podem variar entre 24 e 37°C.
O habitat do Pirarucu varia de acordo com a estação. Durante a estação da seca, por exemplo, ele migra para lagos e rios e, durante a estação chuvosa, parece desfrutar das florestas ricas em alimentos.
Poraquê / Peixe-Elétrico (Electrophorus electricus)
- Comprimento: Até 250 cm;
- Expectativa de vida: Até 15 anos;
O Poraquê ou Peixe-Elétrico, é uma espécie de peixe sem escamas, semelhante a uma enguia. Ele é conhecido por ser capaz de causar choques de mais de 500 volts.
Bastante comum na maior parte das bacias do Amazonas e Orinoco, o Poraquê não é considerado um peixe em risco de extinção. Na natureza, ele prefere habitar águas lamacentas e calmas de riachos, piscinas naturais e pântanos com níveis baixos de oxigênio. Além disso, ele gosta de viver em áreas fortemente sombreadas. Por ter uma visão muito ruim, o Poraquê se orienta nas águas escuras emitindo uma carga de 10 volts para navegar. Essa carga também serve como um radar para encontrar presas.
Raia / Arraia Pintada (Potamotrygon falkneri)
- Comprimento: Até 60 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 20 anos;
A Raia é uma espécie de peixe nativo das águas dos rios Paraná e Paraguai, no Brasil, Paraguai e Argentina. Sua distribuição geográfica se estende desde o Estado de Mato Grosso, no Brasil, até o rio La Plata, na Argentina.
As arraias podem ser encontradas em diversos habitats diferentes, incluindo grandes rios e pequenos afluentes com substrato lamoso ou arenoso. Durante a estação chuvosa, a espécie migra para áreas de mata inundada e pode ser vista em lagos e lagoas temporárias após o recuo das águas.
Sobre a aparência, a Arraia Pintada possui o corpo pouco ovalado, cartilaginoso, com o centro dele um pouco mais elevado. Além disso, seu corpo ainda é achatado dorsiventralmente com fendas branquiais (espiráculos) abaixo da cabeça onde a água entra e sai pelas guelras após o oxigênio ser absorvido. Fora isso, a espécie ainda possui uma cauda com um ferrão extremamente venenoso.
Saicanga / Dentudo (Oligosarcus hepsetus)
- Comprimento: Até 32 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Saicanga é um peixe nativo da região sudeste do Brasil, presente principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Ele também pode ser encontrado em toda a bacia do Rio da Prata, habitando rios de águas profundas, frias e limpas.
De corpo alongado e comprimido lateralmente, o Saicanga possui coloração prateada uniforme intensa e muito brilhante. Além disso, suas nadadeiras dorsal e anal ficam localizadas na metade posterior do corpo.
O Saicanga apresenta focinho alongado, assim como também uma boca grande e oblíqua com uma característica marcante. Os dentes avantajados e afiados fora da mandíbula são usados para arrancar escamas e pedaços de outros peixes.
Sarapó (Gymnotus carapo)
- Comprimento: Até 76 cm;
- Expectativa de vida: Desconhecida;
O Sarapó habita as águas de diversos países da América Central e Sul. Ele já foi visto desde o México até a Argentina. No Brasil, ele habita principalmente as águas do Pantanal, no Estado do Mato Grosso e na Bacia do Rio São Francisco.
A espécie gosta de águas lentas ou paradas e parece preferir ambientes turvos. Além disso, pode ser visto em áreas mais profundas dos principais canais dos rios e, no geral, gosta de ficar na região do fundo.
O Sarapó é um peixe com escamas ausente ou quase imperceptíveis. De coloração parda e corpo afilado, o peixe possui o orifício anal sob a cabeça, e sua nadadeira anal alongada se estende por quase toda a face central.
Assim como muitos outras espécies de Gymnotids, o Sarapó produz um campo elétrico fraco usando o tecido muscular especialmente adaptado localizado na cauda. Ele têm receptores que permitem ao peixe receber sinais elétricos.
Tambaqui (Colossoma macropomum)
- Comprimento: Até 106 cm;
- Expectativa de vida: Até 25 anos;
O Tambaqui é nativo das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, na América do Sul. Ele foi introduzido como fonte de alimento em diversos outros países como, por exemplo, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Cuba e etc.
Na natureza, o Tambaqui costuma viver sozinho. Quando ainda é um peixe jovem, ele habita águas escuras das planícies aluviais, alimentando-se de insetos, caramujos, bem como de matéria vegetal. Os peixes adultos deslocam-se para áreas de mata inundada durante os meses inicias das cheias para se alimentarem de frutas e grãos.
O corpo do Tambaqui adulto é profundo e comprimido na lateral, com um leve arco nas costas. A coloração varia do cinza ao preto, e ele se parece bastante com as piranhas, embora sua mandíbula não seja tão pronunciada como a das piranhas.
Tetra Mato Grosso (Hyphessobrycon eques)
- Comprimento: Até 4 cm;
- Expectativa de vida: De 5 a 7 anos;
O Tetra Mato Grosso é uma das principais espécies de peixes de água doce do Brasil. Ele habita as bacias dos rios Amazonas, Paraguai, Paraná e Guaporé. A espécie é amplamente distribuída desde o Amazonas até o Paraná Médio, incluindo a região de San Pedro (Buenos Aires, Paraguai, Bolívia e a Zona do Pantanal no Estado do Mato Grosso.
Na natureza, o Tetra Mato Grosso vive em ambientes com águas relativamente paradas e com muita vegetação, onde se inclui lagos, lagoas e afluentes. Ele prefere viver próximo à superfície, alimentando-se de vermes, matéria vegetal, insetos e pequenos crustáceos.
A espécie é uma das mais famosas no mundo do aquarismo!
Tetra Neon (Paracheirodon innesi)
- Comprimento: Até 4 cm;
- Expectativa de vida: Entre 5 e 8 anos;
O Tetra Neon é um peixinho bastante famoso no mundo do aquarismo, com suas cores e comportamento bastante interessante de se observar em aquários.
Nativo das águas da bacias do Rio Paraguai, Taquari e Pantanal, o Tetra Neon habita afluentes de fluxo lento em regiões de águas escuras, sob densas copas de árvores que permitem pouca passagem de luz. Na grande maioria das vezes, esse peixe ocorre em grandes cardumes nas camadas médias dos rios e se alimenta basicamente de vermes e pequenos crustáceos.
Tetra Red Cristal (Hyphessobrycon haraldschultzi)
- Comprimento: Até 2,1 cm;
- Expectativa de vida: Entre 3 e 5anos;
O Tetra Red Cristal é um peixe endêmico do sistema do Rio Araguaia, o principal afluente do rio Tocantins na bacia do baixo Amazonas, no Brasil. A localidade “Ilha do Bananal, Goiás, Brasil, refere-se a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo que se forma a partir da bissecção do Araguaia no sudeste do Estado do Tocantins.
Há pouca informação sobre o habitat natural do Tetra Red Cristal, embora haja um consenso de que ele habita afluentes menores, remansos e lagoas marginais, ao invés dos canais principais dos rios.
Tilápia (Coptodon rendalli)
- Comprimento: Até 45 cm;
- Expectativa de vida: Até 7 anos;
A Tilápia é uma das principais espécies de peixes de água doce disponíveis no Brasil. Embora nativo da África, foi introduzida no Brasil em 1952. Nesse ano, houve a importação de vários exemplares da espécie para o repovoamento de represas com a finalidade de combater a proliferação de algas macrófitas aquáticas.
Devido à sua introdução em outras áreas fora de seu habitat natural, seja por meio de ações humanas ou acidentalmente, a Tilápia pode ser encontrada em inúmeras outras partes do mundo, inclusive em rios e lagos de outros continentes, onde se torna invasora e traz impactos negativos sobre as espécies nativas e o ecossistema local.
A Tilápia gosta de viver em lagos, lagoas, rios e riachos de águas calmas ou de fluxo lento. Ela possui preferência por áreas com vegetação aquática abundante,como bancos de algas e leitos e plantas submersas, onde encontra refúgio e alimento.
Trairão (Hoplias lacerdae)
- Comprimento: Até 75 cm;
- Expectativa de vida: Mais de 10 anos;
O Trairão é um peixe nativo das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Amazonas. Ele pode atingir até 1 metro de comprimento e pesar cerca de 20 Kg, embora fique menor em cativeiro.
Na natureza, a espécie habita águas rasas de rios com muitos troncos, galhos e folhas além de lagoas e represas, onde passa boa parte do tempo escondido aguardando por eventuais presas que cruzem seu caminho.
Assim como boa parte das Traíras, o Trairão possui uma vesícula natatória altamente vascularizada, que funciona como um órgão de respiração extra, a fim de ajudá-lo a sobreviver em águas estagnadas ou com níveis baixos de oxigênio.
Truta Comum (Salmo trutta fario)
- Comprimento: Até 140 cm;
- Expectativa de vida: Até 38 anos;
A criação de Truta no Brasil começou por volta do ano de 1949, ocorrendo principalmente nos rios dos planaltos das regiões Sudeste e Sul. Os primeiros ovos desses chegaram ao país importados da Dinamarca. Sabe-se que a Truta é um peixe nativo dos Estados Unidos e Canadá.
Muito comum na Serra da Mantiqueira (Estados de Minas Gerais, São Paulo e sul do Rio de Janeiro), a Truta se adaptou muito bem às frias águas das corredeiras, rios e riachos dessa região. Ela gosta de viver em ambientes com águas cristalinas, frias, puras e bem oxigenadas, próprias de regiões montanhosas.
A Truta é um peixe de escamas grandes e de carne muito saborosa. Seu corpo é alongado, com cabeça e olhos grandes, além de uma boca sem barbilhões terminais, mas com mandíbulas poderosas armadas com dentes afiados e fortes.
Tucunaré (Cichla ocellaris)
- Comprimento: Até 74 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Tucunaré é um peixe nativo dos grandes rios da Venezuela, Guiana, Brasil, Peru e Bolívia. Ele é conhecido por sua inteligência impressionante e capacidade de se apegar ao seus donos quando criado em cativeiro.
Na natureza, o Tucunaré vive em grandes corpos d’água, nas corredeiras, bem como em águas tranquilas de profundidade média. Ele costuma formar cardumes habita áreas com substratos rochosos onde se alimenta de peixes.
O Tucunaré é um peixe de corpo profundo com uma forma oval alongada que pode atingir cerca de 74 centímetros de comprimento e pesar mais de 6,8 Kg.
Tucunaré-Açu (Cichla temensis)
- Comprimento: Até 100 cm;
- Expectativa de vida: Até 14 anos;
O Tucunaré-Açu é um peixe nativo das bacias do Orinoco e do Rio Negro, bem como de vários rios menores na Amazônia Central (Uatumã, Preto da Eva, Puraquequara e Tefé). Na natureza, esse peixe habita rios de águas escuras e seus afluentes.
A espécie se assemelha bastante a outras espécies de Tucunarés, mas geralmente é mais alongado e delgado em forma. Os adultos são altamente variáveis no padrão de cores, o que historicamente causou alguns problemas, com alguns especulando que as variantes fossem espécies separadas ou machos / fêmeas.
Em 2012, ficou estabelecido que os indivíduos mais escuros com um padrão denso pontilhado claro são os machos não reprodutores, enquanto os adultos reprodutores eram de cor verde-oliva dourada e não possuem manchas claras, e sim três faixas largas e escuras em seus corpos. Durante a época de reprodução, o macho do Tucunaré-Açu desenvolve uma testa bulbosa. Nenhuma outra espécie de tucunaré conhecida apresenta variações tão extremas.
Tucunaré Azul (Cichla piquiti)
- Comprimento: Até 48 cm;
- Expectativa de vida: Até 10 anos;
O Tucunaré Azul é nativo das águas dos rios da América do Sul. Ele pode vive em rios e afluentes do norte da América do Sul incluindo, por exemplo, a Colômbia, Venezuela, Guianas e o Brasil.
A espécie é conhecida como uma caçadora de emboscada, onde navega em seus rios e afluentes nativos em busca de presas que estejam tanto abaixo quanto acima da superfície da água, como em galhos e troncos.
A espécie é também considerada uma das preferidas na pesca esportiva, pois não costuma desistir fácil de suas presas.
O que você achou da nossa lista com as principais espécies de peixes de água doce do Brasil? Ficou faltando alguma espécie? Deixe aqui nos comentários!
Referências Bibliográficas
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