O Camarão Pitú (Macrobrachium acanthurus) é um camarão de água doce nativo do Brasil, mas é encontrado em todo o continente americano. A espécie apresenta alto potencial de cultivo e é considerada economicamente muito importante para diferentes populações que a explora.
De comportamento agressivo, o Camarão Pitú é bastante ativo e está sempre caçando e se alimentando de outros peixes e invertebrados no aquário.
Quer conhecer um pouquinho mais sobre eles? Então, continue lendo esse artigo para conferir quais são suas principais características e necessidades.
Ficha Técnica do Camarão Pitú
Nome: Camarão Pitú;
Nome Científico: Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836);
Família: Palaemonidae;
Origem da Espécie: Américas do Norte, Central e Sul;
Comprimento: Em cativeiro até 18 cm;
Expectativa de Vida: Não informado;
Nível de Dificuldade: Fácil;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.8 e 7.8;
Dureza da água: média a dura;
Temperatura: 24ºC a 28ºC;
Características
Alimentação
Onívoro. O Camarão Pitú irá aceitar uma variedade enorme de alimentos incluindo, por exemplo, rações próprias para a espécie, algas que possam estar crescendo no aquário, assim como também plantas e animais mortos.
Contudo, algo que você deve ficar ciente é que os camarões não comem resíduos (cocô) dos outros peixes. Bateu a dúvida? Confira esse artigo aqui para conhecer um pouco mais sobre as necessidades nutricionais desses animais.
Além disso, o Camarão Pitú é um animal muito ativo e irá se alimentar de praticamente tudo o que encontrar pelo caminho. Então, procure utilizar rações específicas para suprir todas as suas necessidades e evitar que eles ataquem outros peixes no aquário, devido a falta de proteínas em sua dieta.
De um modo geral, os camarões não são animais muito exigentes, mas precisam de boas rações para poderem desenvolver suas carapaças e estimular a desova.
Então, pensando nisso, deixarei aqui três excelentes rações para o Camarão Pitú. Clique nos links abaixo para adquiri-las:
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Temperamento / Comportamento
O Camarão Pitú é um animal bastante agressivo, que passa boa parte do tempo caçando e matando outros camarões e peixes, ainda mais durante à noite.
Por isso, o ideal é que sejam mantidos sozinhos dentro do aquário. Durante a fase de muda, por exemplo, quando seu exoesqueleto está mole, ele pode acabar ficando vulnerável e se tornar uma presa fácil para outros camarões ou peixes carnívoros.
Veja também:
Dimorfismo Sexual / Acasalamento / Reprodução
Os machos da espécie costumam ser maiores e com garras mais desenvolvidas do que as fêmeas.
A reprodução do Camarão Pitú (Macrobrachium acanthurus) em aquários é bem difícil, tendo em vista que ela é considerada bastante primitiva, ou seja, sua fase larval depende de águas salobras para que possa se desenvolver. Por isso, simular essas condições em um aquário é muito difícil.
Configuração do aquário
Para criar um único espécime você precisará de um aquário com no mínimo 80 litros, já que o Camarão Pitu é um animal grande e requer bastante espaço.
Acima de tudo, procure criar um ambiente com muitos esconderijos formados com rochas e plantas bem resistentes. Por fim, a filtragem pode ser moderada e a iluminação irá depender apenas do tipo de planta que você estiver pensando em utilizar.
Referências
Palaemon mexicanus de Saussure, 1857) de Saussure, H. (1857). Diagnoses de quelques Crustacés nouveaux de l’Amérique tropicale. Revue et Magasin de Zoologie, ser. 2. 9: 501-505. [details];
VALENTI, W. C. & V. L. LOBÃO. 1989b. Crescimento relativo de Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae). Revista Brasileira de Zoologia, 6 (1):1-8;