Neste artigo, confira quais são as 5 características mais comuns encontradas em praticamente todas as espécies de peixes do mundo.
Uma coisa é fato, há muitas espécies de peixes diferentes no mundo, e cada uma delas evoluiu para sobreviver e viver com sucesso em seus ambientes aquáticos específicos, desde riachos e lagos à vasta extensão do oceano. De fato, os peixes são os vertebrados mais diversos do mundo, contendo cerca de 32.000 tipos de espécies diferentes, de acordo com a Fishbase.
Apesar das milhares de espécies diferentes disponíveis e com adaptações variadas, todos os peixes compartilham algumas adaptações evolutivas comuns que os ajudam a prosperar em seus domínios aquáticos. Embora existam algumas raras exceções a essas regras, abaixo confira uma lista com as características mais comuns encontradas em todos os peixes!
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5 características comuns encontradas em todos os peixes
1. Todos os peixes são de sangue frio
Todos os peixes são de sangue frio, o que também podemos chamar de ectotérmico. Isso significa que eles são incapazes de regular sua temperatura corporal, contando apenas com o ambiente externo para a regulação dela. A temperatura do corpo do peixe muda à medida que a temperatura do ambiente muda. Isso é o oposto visto nos animais mamíferos, por exemplo, que dependem de processos internos para manter a temperatura corporal constante.
Muitas espécies de peixes são sensíveis a essas mudanças de temperatura e só são capazes de existir em alguns intervalos específicos. No entanto, há espécies que são capazes de sobreviver em faixas de temperatura muito maiores do que outras.
A temperatura corporal de um peixe flutua de acordo com a temperatura da água ao seu redor. Como resultado, as águas mais frias diminuem sua temperatura, o que pode deixar o peixe mais lento ou dormente durante períodos de frio (como os meses de inverno, por exemplo).
2. Necessitam de um habitat aquático
Uma outra característica compartilhada entre todos os peixes é que eles vivem na água. Isso pode parecer um pouco óbvio demais para valer a pena afirmar, mas existem algumas espécies que podem passar tempos fora da água. Os mudskippers, por exemplo, comem e interagem uns com os outros em terra, e muitas vezes ficam debaixo d’água apenas para se esconder de predadores. Eles não possuem pulmões, mas podem respirar pela pele e manter suas brânquias úmidas com água que armazenam internamente.
Por mais que todos os peixes vivam na água, ainda assim nem tudo que vive nela é um peixe. Baleias e golfinhos, por exemplo, são mamíferos. As tartarugas também vivem na água, mas são répteis, não peixes.
3. Guelras para respirar
Um dos critérios básicos para que um animal seja classificado como peixe é a presença de guelras ao longo de seu ciclo de vida. As guelras são uma necessidade para a vida subaquática, pois permitem que o peixe absorva oxigênio da água e libere dióxido de carbono, o que lhes permite “respirar” debaixo d’água.
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Todos os peixes possuem guelras, mas algumas espécies que vivem em ambientes muito pobres em oxigênio também desenvolveram pulmões como, por exemplo, os bettas.
No entanto, por mais que todos os peixes possuem guelras, nem tudo que tem guelras é um peixe. Os peixes mantém as guelras durante toda sua vida, enquanto outras espécies as perdem em algum momento. Os girinos, por exemplo, têm guelras, mas acabam por perdê-las à medida que se metamorfoseiam em sapos.
4. Bexiga Natatória
Todos os peixes possuem uma bexiga natatória, que é um órgão especializado cheio de ar que ajuda a garantir que o peixe mantenha a flutuabilidade estável na água, sem afundar ou flutuar demais.
A presença de uma bexiga natatória permite que o peixe durma sem se afundar no fundo de seu habitat. Em algumas espécies de peixes, o ar é engolido e enviado para a bexiga natatória. Essa adaptação também ajuda os peixes a sobreviverem em águas que não possuem níveis elevados de oxigênio.
5. Barbatanas para movimentação
As barbatanas são uma característica quase universal dos peixes. Existem muitos tipos de barbatanas, mas as mais comuns são a barbatana caudal, um par correspondente de barbatanas laterais, barbatanas dorsais e barbatana anal.
O objetivo geral das barbatanas é fornecer movimento, manobrabilidade e estabilidade. As barbatanas pélvicas e peitorais permitem que o peixe manobre e mantenha sua estabilidade, enquanto as barbatanas dorsais e ventrais reduzem o movimento de rolamento enquanto o peixe está nadando, além de auxiliá-lo durante as curvas. Por sua vez, a barbatana caudal impulsiona o peixe para frente enquanto nada.
Dito isto, não há formas, tamanhos ou mesmo propósitos específicos para um tipo de barbatana. O uso e a finalidade delas pode variar, dependendo das adaptações e necessidades de cada tipo de peixe.