Devido a adaptações complicadas e a atividade destrutiva da pesca, a IUCN declarou a extinção do peixe-mão australiano.
Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), o smmoth handfish (Sympterichthys unipennis), conhecido popularmente como peixe-mão, um dos poucos ainda existentes no planeta, está oficialmente extinto. Devido a adaptações complicadas e intensa atividade destrutiva da pesca no litoral australiano, os mais de 200 anos de perpetuação da espécie no Pacífico chegaram ao fim.
Dessa forma, agora restam apenas 13 espécies de peixes-mão que ainda sobrevivem. No entanto, apesar de também estarem em risco de extinção, os pesquisadores levam em consideração que esses foram os únicos identificados e catalogados nos últimos 20 anos.
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“Muitos clamam que os oceanos são vastos o suficiente para que a vida marinha se torne extinta”, disse Jessica Meeuwig, professora na Universidade da Austrália Ocidental. “No entanto, a industrialização e aperfeiçoamento da pesca, na mineração, na exploração de gás e óleo, assim como o transporte e desenvolvimento estar acompanhando a escala de industrialização da terra, o risco de extinção da vida selvagem marinha aumenta consideravelmente”.
Foram realizadas 7.653 pesquisas subaquáticas no território oceânico desde 1990. No entanto, nenhum peixe-mão foi localizado. Isso gerou um para as autoridades sobre a possibilidade real do status de extinção que as espécies desses exóticos peixes podem estar prestes a adquirir.
“Ainda não sabemos o suficiente sobre os peixes-mão para saber qual é o seu papel na natureza [e se sua extinção] vai impactar os ecossistemas em que inicialmente foram inseridos, ou se isso vai levar a outras extinções. O smmoth handfish foi extinto antes que tivéssemos uma chance de estudá-lo”, relata Jemina Stuart-Smith, do Instituto pelos Estudos da Marinha e da Antártica.
O estranho peixe de François Péron
O naturalista francês François Péron, foi o primeiro a encontrar um espécime do peixe-mão, em 1802, durante uma pescaria. Com uma aparência incomum, o animal logo chamou a atenção do estudioso, especialmente por seu visual diferenciado em relação aos animais marinhos tradicionais.
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Com seus olhos esbugalhados e uma crista na cabeça, o peixe-mão possui nadadeiras muito similares a braços e pernas, caminhando no fundo do mar e passando a maior parte do tempo sentado.
Como não possuem um estágio larval, os indivíduos dessa espécie não se dispersam para outros locais. Eles costumam permanecer em um único território até o final de suas vidas. Em contrapartida, esse hábito desfavorece sua rotina, já que se tornam suscetíveis a ataques de predadores e invasores.
O que vocês acham sobre a extinção do peixe-mão australiano? Acham que ainda pode existir algum exemplar dessa espécie por aí?
*Matéria original publicada em Live Science.