As belugas fazem amigos assim como os humanos. Segundo o estudo, elas passam bastante tempo com outros membros fora de seus grupos familiares.
As belugas passam bastante tempo com seus parentes, mas também com outros membros que não possui parentesco, concluiu um estudo do Instituto Oceanográfico Harbor Branch, localizado na Flórida.
As belugas fazem amizades com outros animais fora de seus grupos familiares. Assim, formam grupos iguais às sociedades humanas, com redes sociais e ajuda entre seus membros. Além disso, envolve interações entre parentes e não parentes, dizem os pesquisadores.
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A equipe descobriu que as belugas formam vários tipos de grupos. Contudo, cada tipo de grupo e seus comportamentos são observados em diferentes populações e habitats.
“Ao contrário das baleias assassinas, elas não interagem apenas com parentes próximos. Dessa forma, seu comportamento se assemelha a algumas sociedades humanas.”, disse o autor principal do estudo, Dr. Greg O’Corry-Crowe.
“Essas baleias exibem uma variedade de padrões de agrupamentos. Elas vão de pequenos grupos de dois a 10 indivíduos a grandes grupos de 2.000 ou mais”, disse o Dr. Greg O’Corry-Crowe.
Essa variação nos grupos sugere muitas coisas. Embora possuam uma estrutura social firme, os grupos que as belugas formam dependem muito do contexto em que são inseridas. “O papel do parentesco nos agrupamentos é praticamente desconhecido”, acrescenta.
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Os resultados, no entanto, diferem das previsões anteriores. Já que antes, se pensava que essas baleias tinham sistemas sociais de grupos ligados somente aos parentes do sexo feminino.
Elas também diferem do comportamento das orcas. As orcas, por exemplo, formam grupos de machos e fêmeas com parentes maternos próximos e ficam assim por toda a vida.
“Sobretudo, surgiu uma nova compreensão sobre a formação dos grupos sociais, mesmo com não parentes. Isso ajuda a gerar novas pesquisas sobre o tema. Com isso, é possível constituir a resiliência das espécies e como elas podem responder às ameaças futuras, incluindo as mudanças climáticas”, completa o Dr. O’Corry-Crowe.