Um novo estudo indica que diversos animais e plantas, incluindo muitas espécies de peixes, estão ficando cada vez mais pequenas.
Um novo estudo que analisou diversas espécies de animais e plantas, concluiu que os peixes são os mais afetados pela diminuição do corpo. Segundo o estudo, publicado na revista científica “Science” e que analisa dados mundiais dos últimos 60 anos, os organismos estão a ficar mais pequenos através de uma combinação de substituição de espécies e mudanças dentro das espécies.
De acordo com um comunicado sobre o estudo divulgado esta quarta-feira, 20 de setembro), pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FC-UL), os autores do trabalho consideram que as mudanças se devem às preferências alimentares dos seres humanos ou ao aquecimento dos habitats dessas espécies.
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“Em alguns locais, por exemplo, têm sido observados indivíduos cada vez menores de raias espinhosas, enquanto espécies com um corpo menor, como por exemplo a cavala, estão a aumentar em abundância. Seja pelas preferências alimentares dos seres humanos, ou por causa do aquecimento dos seus habitats, os peixes grandes simplesmente não conseguem descanso”, diz citada no comunicado a primeira autora do estudo, Inês Martins, investigadora na Universidade de York, no Reino Unido, antiga aluna da FC-UL, que conduziu o estudo enquanto investigadora da Universidade de St. Andrews, na Escócia.
Embora as espécies de peixes sejam as mais afetadas, os autores da investigação notaram que outros grupos de organismos, como plantas e invertebrados, também tiveram alterações variadas e complexas, com alguns organismos se tornando maiores e outros ficando cada vez menores.
O estudo também observou a substituição de alguns organismos grandes por outros muitos pequenos, mantendo constante a biomassa total. Isso a ideia de que os ecossistemas tendem a compensar as mudanças, mantendo a biomassa global das espécies estudadas num determinado habitat estável.