Fóssil de um tubarão de aproximadamente 150 milhões de anos foi encontrado no calcário de Solnfohen, na Baviera, Alemanha.
Pesquisadores encontraram no calcário de Solnhofen, na Baviera, Alemanha, o esqueleto de um tubarão que viveu há 150 milhões de anos: o Asteracanthu. O estudo sobre a descoberta foi detalhado em uma publicação do Papers in Palaeontology.
Durante o período que ficou conhecido como Jurássico Superior, a região abrigava vários lagos. Sobretudo, além do tubarão, o local já foi alvo de diversas escavações ao longo dos últimos 150 anos. Em uma das mais significativas entre elas, arqueólogos encontraram ossos do dinossauro Archaeoptery.
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Porém, o recente achado impressionou ainda mais os pesquisadores devido ao estado de preservação dos restos do tubarão, afinal, o esqueleto cartilaginoso da espécie dificulta esse processo. Um prova disso é que, até então, a paleontologia só havia encontrado alguns espinhos das barbatanas dorsais da criatura.
O tubarão pré-histórico pertencia ao grupo Hybodontiformes, parentes dos tubarões que conhecemos hoje. Embora a descoberta envolva um animal que viveu há cerca de 150 milhões de anos, a espécie apareceu há 361 milhões de anos, sendo extinta junto aos dinossauros, há 66 milhões de anos.
No entanto, uma das principais características desse animal é que eles tinham duas nadadeiras dorsais sustentadas por uma espinha proeminente. Um fato curioso é que esses tubarões podiam medir entre poucos centímetros e três metros de comprimento.
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Contudo, segundo análises feitas por Sebastian Stumpf, do Departamento de Paleontologia da Universidade de Viena, na Áustria, que liderou a equipe de pesquisadores, o fóssil pertencia a um tubarão que media cerca de 2,5 metros quando ainda estava vivo, o que o tornara um dos maiores de sua espécie na época.
O processo de fossilização do Asteracanthus também manteve seus mais de 150 dentes, com cada um deles possuindo uma cúspide central acompanhada por cúspides menores dos dois lados.
“Este tipo de dentição sugere que esse tubarão era um predador ativo, que se alimentava de uma grande variedade de presas. Ele não só era um dos maiores peixes cartilaginosos de sua época, como também era um dos mais impressionantes deles, certamente”, explicou Stumpf em um comunicado.