O Conselho Municipal de Fljótsdalshérað confirmou a existência da lendária criatura marinha Lagarfljótsormur, conhecida também como “Verme de Lagarfljót”.
O Conselho Municipal de uma cidade islandesa, determinou após uma investigação, a existência de uma lendária criatura marinha chamada de Lagarfljótsormur, que, assim como segundo afirma o conselho, habita o lago Lagarfljót. De acordo com o Discovery News, a comissão decidiu que um vídeo publicado em 2012 do famoso monstro da Islândia, é de fato, autêntico.
O Lagarfljótsormur, ou “verme de Lagarfljót”, é um criptídeo islandês que supostamente habita o lago Lagarfljót, um lago de água doce, alimentado por geleiras em Egilsstaðir. Os primeiros avistamentos deste suposto monstro marinho, por exemplo, remontam os anos de 1345, porém, prosseguiram até o século XXI. No entanto, esses avistamentos aumentaram depois de um vídeo caseiro gravado em 2012 ter se tornado viral. No vídeo, é possível ver uma forma longa e serpentina nadando no lago ao leste da Islândia.
O que sabemos sobre a lendária criatura marinha?
O Lagarfljótsormur é descrito como uma criatura que possui 90 metros de comprimento e muitas corcovas, além disso foi registrada até mesmo fora d’água, enrolada em troncos de árvores. Nos tempos antigos, ver essa criatura era considerado prenúncio de possíveis catástrofes naturais.
Em seu livro “Icelandic Folk and Fairy Tales”, May e Hallberg Hallmundsson descrevem um conto sobre a origem da criatura:
“Era uma vez, há muito tempo atrás, uma mulher que vivia na quinta de Hérad perto do Lagarfljót. Ela tinha uma filha, já crescida, a quem ofereceu uma sineta em ouro. A filha perguntou-lhe como poderia retirar benefícios do ouro e a mãe disse-lhe para colocar a sineta debaixo de uma urze em forma de serpente. A filha recolheu na floresta, uma urze comprida, em forma de serpente. Depois, colocou-a num cesto comprido, com a sineta debaixo.
A urze permaneceu lá durante vários dias e quando a menina foi ver, o ramo em forma de serpente, tinha crescido tanto que já nem cabia no cesto. Assustada, a menina pegou o cesto, com o ramo de urze em forma de serpente e jogou-o no rio. Algum tempo depois relatos surgiram de que uma serpente no lago começou a matar homens e animais de que dela se aproximavam. Algumas vezes, subia até aos bancos do rio e cuspia um perigoso veneno.
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As pessoas estavam preocupadas, mas não sabiam como lidar com o monstro. Decidiu-se contratar 2 especialistas para matar a serpente e recuperar a sineta de ouro. Os dois especialistas mergulharam nas águas do lago, mas pouco tempo depois, regressaram à superfície. Disseram que apesar de terem esperança, a serpente estava intratável, sendo impossível matá-la e trazer o ouro.
Disseram também que uma outra serpente, mais feroz, estava presa em baixo da sineta de ouro no fundo do lago. Depois de dizerem isto, voltaram a mergulhar, por diversas vezes, até que conseguiram acorrentar a serpente em 2 lugares: próximo da barbatana e na cauda. Desde então, a serpente nunca mais conseguiu matar nem o homem nem a besta. Mas às vezes, parte do seu corpo consegue vir parcialmente até à superfície do lago. Quando isso acontece, é sinal de mau presságio…”
O Chefe do Serviço Nacional de Florestas da Islândia, Sigurður Blöndal relatou, em 1963, ter visto o verme gigante. Já em 1998, um professor e alguns alunos de uma escola local também afirmaram terem testemunhado a lendária criatura.
Conselho afirma que o lendário monstro marinho realmente existe
O Conselho Municipal da cidade criou uma “comissão da verdade”. O conselho, composto por 13 pessoas, deveria determinar se o vídeo que mostra a suposta criatura marinha, filmada por Hjörtur E. Kjerúlf era autêntico. No entanto, o inquérito concluiu sua investigação, e determinou que o vídeo é autêntico e determinou uma investigação mais aprofundada sobre o Lagarfljótsormur. Entretanto, a decisão da comissão pode ter sido “motivada” pela explosão do turismo causado pelo vídeo de 2012.
Se o vídeo for de fato autêntico e retratar uma criatura marinha viva, pode não ser tão monstruosa como dizem as lendas. Muitas espécies de peixes já foram descobertas e que se assemelham as “lendárias criaturas marinhas” descritas em contos, como por exemplo, o tubarão-frilled. Pode ser que uma criatura parecida habite o lago, levando a criação de contos lendários ao longo dos séculos.
*Matéria original publicada em Ancient Origins.