Pesquisadores descobriram que alguns peixes, como o Acará do Congo, conhecidos por serem parceiros leais e monogâmicos, podem sofrer de mágoa quando separados de seus amantes.
O Acará do Congo, uma das espécies estudadas, pode possuir apenas alguns centímetros de comprimento, mas é um peixe com um enorme coração.
Pesquisadores na França descobriram que o peixe tropical – conhecido por ser um parceiro leal e monogâmico – sofria de mágoa quando separado de seu amante.
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Ainda mais incrível é que as fêmeas, quando emparelhadas com um macho que não é o seu parceiro preferido, podem exibir um comportamento “pessimista”.
Os cientistas acreditam que, ao longo da evolução, espécies de peixes como os Acarás do Congo desenvolveram habilidades de manter parcerias leais como forma de proteger melhor seus filhotes, que são extremamente vulneráveis a predadores.
Para medir efetivamente a resposta mental de cada peixe à separação, pesquisadores da Universidade de Burgundy, em Dijon, treinaram as fêmeas.
Para isso usaram suas bocas para abrir duas pequenas caixas, colocadas de cada lado de seus aquários.
A caixa “positiva” continha algum tipo de ração, e a caixa “negativa” estava vazia. As caixas tinham tampas pretas ou brancas para ajudar o peixe na distinção.
A equipe colocou uma caixa cinza “ambígua” no centro do aquário para ver como as fêmeas reagiriam.
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Eles argumentaram que um peixe com uma visão mais “otimista” abria a tampa cinza na esperança de engolir algum alimento, enquanto o mais “pessimista” hesitava ou deixava a caixa em paz.
O estudo publicado na revista Proceedings of Royal Society B, mostrou que as fêmeas gastavam muito mais tempo tentando levantar as tampas cinzas.
Mas o comportamento mudava quando seus machos “favoritos” estavam no aquário com elas.
As descobertas sugeriram que estar com o macho errado leva a um “viés pessimista”.
Em outras palavras, os peixes que não estão “apaixonados” possuem uma visão mais sombria.
Os cientistas escrevem: “Mesmo que os relacionamentos humanos sejam particularmente complexos e refinados, não há razão para negar a existência de apego emocional a um parceiro em espécies não humanas”.