Em um novo documentário, foram reveladas pistas baseadas em escavações e descobertas arqueológicas que são feitas há mais de um século, sobre o destino de Atlântida.
Há mais de 150 anos, diversos historiadores e arqueólogos de todo o mundo buscam evidências que possam provar – ou não – a existência da cidade de perdida de Atlântida. Sabe-se, no entanto, que a primeira menção sobre a região remonta a Platão, mais precisamente em suas obras “Timeu” e “Crítias ou Atlântida”.
Em seus escritos, o filósofo grego descreve Atlântida como uma potência naval localizada “para lá das Colunas de Hércules”, que conquistou boa parte da Europa Ocidental e da África em tempos próximos ao ano de 9600 a.C.
Para Platão, a grande inundação que varreu a cidade do mapa estava associada com a vontade dos deuses, que castigaram os habitantes da cidade por conta de sua arrogância e narcisismo.
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Desde então, há décadas, especialistas especulam sobre o local onde a metrópole se situava, abrindo três possibilidades: entre a costa de Portugal e da Espalha; no Mediterrâneo, perto de um arquipélago grego; ou ao noroeste, mais perto da Irlanda.
Entretanto, uma questão que intriga pesquisadores há muito tempo, foi alvo de um documentário do Discovery Channel, que trouxe elementos que corroboram com a segunda alternativa, especulando que a cidade estava próxima ao que conhecemos hoje como Santorini.
O que reforça esse pensamento, são algumas descobertas arqueológicas recentes. Por exemplo, segundo o documentário, “as pistas para a conexão com Atlântida podem ser encontradas nos fabulosos afrescos que decoram as paredes de cada descoberta em Santorini”.
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“As ruínas sugerem que uma civilização altamente sofisticada floresceu aqui por milhares de anos antes do seu fim abrupto”, diz um trecho da produção. Este “fim abrupto”, teria sido a famosa erupção que destruiu Santorini, então chamada de Akrotiri.
Há 3 mil anos, a civilização minoica vivia seu auge, mas o evento catastrófico natural cobriu a região com 60 metros de cinza, eliminando uma cidade-estado por completo. Segundo a produção do documentário, os minoicos, ou os seus ancestrais, poderiam ser os residentes perdidos de Atlântida.
O que reforça ainda mais a ideia são as escavações feitas por lá há mais de um século, que já revelou objetos de arte requintados, além de indícios de uma engenharia muito avançada para a época, com resquícios de exuberância tecnológica e artística que combinam com as descrições de Platão.
Entretanto, o que pesa sobre essa tese é justamente sua localização, que contraria a descrição platônica de “além das Colunas de Hércules”, onde hoje se estende o Estreito de Gibraltar, no Oceano Atlântico.
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Porém, como o tempo e espaço não eram percebidos como são os contextos atuais, pode ser que o Mediterrâneo seja o berço de Atlântida.