O Axolote (Ambystoma mexicanum) é um animalzinho que está sempre nos surpreendendo, tanto fisicamente quanto por suas habilidades especiais. Não é tão difícil entender o porquê deles terem se tornado tão populares no aquarismo.
O Axolote é um anfíbio com necessidades especiais, mas relativamente acessível. A princípio, ele pode passar toda a sua vida e se reproduzir no estado larval sem nunca chegar ao estágio adulto. Nos aquários. eles costumam viver completamente submersos e, por isso, acabam desenvolvendo suas guelras. Essa habilidade é chamada de neotenia.
Além disso, esse pequeno animal possui a incrível capacidade de reconstruir partes danificadas do seu corpo, por exemplo, patas, cauda, olhos e até mesmo partes do cérebro. Infelizmente, eles estão ameaçados de extinção em seu habitat natural. Por isso, todos os animais vendidos em pet shops são oriundos de reprodução.
De um modo geral, o Axolote é um animal bastante solitário e não sofrerá se ficar sozinho. No entanto, viver com um outro companheiro pode ajudá-lo a ter uma vida mais tranquila.
Ficha Técnica
Nome: Axolote;
Nome Científico: Ambystoma mexicanum (Shaw e Noddler, 1798);
Família: Ambystomatidae;
Origem da Espécie: Sul do México (Lago Xochimilco e Chalco);
Comprimento: Até 35 cm;
Expectativa de Vida: 15 – 20 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.5 – 7.5;
Dureza da Água: Entre 6° – 17° dH;
Temperatura: devem ser mantidos entre 14°C – 20°C;
Características
Alimentação
Os Axolotes são carnívoros. Há alimentos específicos que servirão como uma boa dieta base para o animal. Para variar suas refeições, você pode oferecer, por exemplo, minhocas, bloodworms, larvas de insetos, etc. Axolotes costumam caçar a olho nu, embora sua visão seja relativamente fraca.
Como os Axolotes são animais carnívoros e se alimentam no fundo do aquário, deixarei aqui excelentes opções de rações para você adquirir para o seu animalzinho. Para comprá-las, basta clicar nos links abaixo:
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Temperamento / Comportamento
Por serem animais noturnos, você poderá observar maior atividade no nascer e no pôr do sol. Além disso, eles passam a maior parte do tempo no fundo do aquário. Portanto, caso você perceba que seu axolote passa muito tempo na superfície, fique em alerta. Verifique se ele não está estressado, doente e confira os parâmetros da água. Acima de tudo, não se esqueça de que eles são muito sensíveis ao estresse.
Compatibilidade
O ideal é manter o axolote em um aquário específico para eles. De fato, alguns peixes pequenos podem até ser usados em sua alimentação, mas a maioria dos outros animais maiores podem enxergar suas “brânquias” como alimento também, podendo desencadear infecções.
Algumas pessoas costumam manter axolotes com guppies, paulistinhas e até mesmo platis. No entanto, esteja ciente de que alguns deles poderão desaparecer de tempos em tempos.
O recomendado mesmo é que fiquem com outros da mesma espécie, mas tenha cuidado com a diferença de tamanho entre eles, uma vez que não pode exceder 5 cm de comprimento.
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Dimorfismo Sexual / Reprodução / Acasalamento
A reprodução desse animal é muito fácil e não requer intervenção do aquarista. Além disso, os axolotes se tornam sexualmente ativos a partir de um ano ou quando atingem cerca de 20 cm. No geral, a fêmea é mais “larga” do que o macho.
A atividade sexual é noturna e bem discreta. Sobretudo, a fecundação interna é realizada por meio de um espermatóforo colocado pelo macho sobre uma rocha ou mesmo sobre a areia. O espermatóforo é absorvido pela cloaca da fêmea. Então, sob os efeitos de uma contorção do seu corpo, a fêmea deposita os ovos.
Contudo, a desova pode variar de 100 a 1500 ovos, com uma média de 300. A incubação dura cerca de 14 dias e os filhotes se tornarão adultos aos 18 / 24 meses de idade.
Configuração do aquário
O aquário precisa ter no mínimo 120 litros para 2 indivíduos dessa espécie.
No entanto, evite cascalhos, bolas de gude, seixos, uma vez que este batráquio pode tentar engoli-los. Além disso, isso pode causar sérios problemas de saúde. Por isso, escolha um tipo de areia fina, se possível de cor escura ou natural.
Para decorar o aquário, evite raízes, troncos e rochas afiadas, porque os axolotes geralmente se machucam com bastante facilidade nesse tipo de decoração.
Em relação a filtragem, eles preferem pouco fluxo dentro do aquário. Portanto, ao escolher o filtro deixe sempre na potência mínima. Para manter uma boa qualidade da água, complete com muitas plantas e realize trocas parciais de água de até 20% toda semana.
Por fim, não se esqueça de fornecer muitos esconderijos para esse animal, pois se sentirão mais seguros se tiverem um local onde ficar abrigado.
Referências
Axolotl Passion. Disponível em: https://www.axolotl-passion.net. Acesso em 10 de abr. De 2019.
The largest genome ever: decoding the axolotl. IMP-Research Institute of Molecular Pathology. 24 de janeiro de 2018. Consultado em 10 de abril de 2019
Zambrano, L., Mosig Reidl, P., McKay, J., Griffiths, R., Shaffer, B., Flores-Villela, O., Parra Olea, G.; Wake, D. 2006. Ambystoma mexicanum. In: IUCN 2007. 2007 IUCN Red List of Threatened Species.
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