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    Home»Peixes»Bicuda Manchada (Boulengerella maculata)
    Peixes

    Bicuda Manchada (Boulengerella maculata)

    Confira quais são as principais características e necessidades da Bicuda Manchada.
    Adriano GolobPor Adriano Golob01/06/2021Atualizado:03/01/2023Nenhum comentário5 min de leitura
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    Bicuda Manchada Boulengerella maculata ficha técnica guia de cuidados

    A Bicuda Manchada (Boulengerella maculata) é o tipo de peixe que só deve ser criado por aquaristas que já possuem um certo conhecimento no hobby. Embora seja considerada muito atraente, a espécie é arisca e precisa de grandes espaços para prosperar.

    Abaixo, confira um guia de cuidados completo sobre a Bicuda Manchada. Aprenda como alimentar esse peixe, suas características físicas e comportamentais, além de processos como a reprodução e configuração de aquário.

    Índice

    Toggle
    • Ficha Técnica da Bicuda Manchada
      • Parâmetros da Água
      • Características
        • Distribuição e Habitat
        • Aparência
        • Alimentação
        • Temperamento / Comportamento
        • Compatibilidade
        • Dimorfismo Sexual
        • Reprodução / Acasalamento
        • Configuração do aquário
      • Referências Bibliográficas

    Ficha Técnica da Bicuda Manchada

    Nome: Bicuda, Bicuda Manchada, Spotted Pike Characin;

    Nome Científico: Boulengerella maculata (Valenciennes, 1850);

    Família: Ctenoluciidae;

    Origem da Espécie: América do Sul. Encontrada no Rio Amazonas, Tocantins, assim como também no Orinoco;

    Comprimento: Até 31,9 cm;

    Expectativa de Vida: Entre 5 – 8 anos;

    Nível de Dificuldade: Moderado;

    Parâmetros da Água

    pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 7.5;

    Dureza da Água: 12 – 18° dH;

    Temperatura: Manter entre 23 – 27°C;

    Características

    Distribuição e Habitat

    Se você for pesquisar sobre a localidade desse peixe é bem provável que encontre “Rio Amazonas, Brasil”. No entanto, a Bicuda Manchada vive em grande parte dos sistemas dos rios Amazonas, Orinoco e Tocantins, com registros existentes no Equador, Colômbia, Peru, Brasil e Venezuela.

    As populações do Peru, da área ao redor de Letícia, na Colômbia, e da bacia do rio Javari, no Brasil, diferem no número de vértebras e escamas da linha lateral em comparação com as do baixo Amazonas e Orinoco.

    A Bicuda pode ser encontrada em diversos habitats, desde os principais canais fluviais de rios de águas claras e negras, assim como também em lagos de várzea.

    Bicuda Manchada Boulengerella maculata guia de cuidados ficha técnica

    Aparência

    A Bicuda Manchada é um peixe de escamas de corpo alongado e bastante esguio. Tanto seu focinho quanto sua boca são bem longos, e a ponta da mandíbula superior paira sobre a inferior.

    O dorso do peixe pode ser tanto cinza quanto marrom. Uma faixa prateada se estende da ponta do focinho passando pelo olho até a base da cauda. Há também uma outra faixa, da mesma cor do dorso, que se estende do focinho, passando através dos olhos e indo até a base da cauda novamente. Além disso, há uma terceira faixa abaixo das duas primeiras, que vai da ponta da mandíbula até a cauda e costuma ter a cor branca.

    A barriga também é esbranquiçada e suas nadadeiras são listradas com preto e branco.

    Alimentação

    Na natureza, a Bicuda Manchada se alimenta de peixes pequenos, mas se adapta aos alimentos proteicos e congelados nos aquários. Para os exemplares pequenos, você pode fornecer bloodworms, larvas, artêmias, assim como também camarões mysis.

    Agora, no caso de ter que alimentar espécimes maiores, você deverá fornecer peixes grandes, além de camarões picados, krill, mexilhões e filés picados de peixes brancos .

    Temperamento / Comportamento

    A Bicuda Manchada é um peixe bastante arisco e, por isso, precisará de bastante espaço para nadar e muitos locais para se esconder.

    Ela será pacífica com qualquer outro peixe que tenha tamanho e comportamento semelhante e, por isso, pode viver em aquários comunitários sem maiores problemas.

    A Bicuda Manchada pode ser mantida tanto em pares ou grupos de sua própria espécie.

    Compatibilidade

    Eu recomendo que você evite espécies agressivas, territoriais, assim como também aquelas muito competitivas. Os principais companheiros de aquário para a Bicuda Manchada devem ocupar a região do meio e fundo.

    Alguns dos principais peixes compatíveis com a Bicuda incluem, por exemplo:

    • Geophagus spp.;
    • Acestrorhynchus spp.;
    • Bagres Loricarídeos;
    • Gênero Doradidae;

    Dimorfismo Sexual

    Não há informações suficientes sobre como diferenciar o macho e a fêmea da Bicuda Manchada.

    Reprodução / Acasalamento

    A princípio, não há relatos de reprodução da Bicuda em cativeiro. Na natureza, sabe-se que ela não realiza migrações para desovar.

    Bicuda Manchada Boulengerella maculata configuração do aquário

    Configuração do aquário

    O aquário precisa ter no mínimo 320 litros para uma única Bicuda Manchada. Ele deve conter plantas flutuantes para difundir a incidência de luz que entra no aquário, além de troncos e rochas para criar esconderijos para o peixe se abrigar.

    Além disso, eu recomendo que você coloque o aquário da Bicuda em um local tranquilo, onde não haja um fluxo muito grande de pessoas passando na frente dele, já que esse peixe é bastante arisco e se assusta com muita facilidade.

    No geral, a Bicuda é um peixe pouco exigente, mas precisa de um ambiente com uma boa filtragem. Por isso, você deve caprichar nos filtros, bombas de ar e quaisquer outros itens que possam gerar agitação e oxigenação no aquário.

    Por fim, não se esqueça de adicionar uma tampa bem ajustada, pois simplesmente pelo fato da Bicuda Manchada ser bastante arisca, pode se assustar e pular para fora do aquário com muita facilidade.

    Referências Bibliográficas

    Vari, R.P., 1995. The Neotropical fish family Ctenoluciidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes): supra and intrafamilial phylogenetic relationships, with a revisionary study. Smithson. Contri. Zool. No. 564, 97 p. (Ref. 13118);

    Oliveira, C. A., G. S. Avellino, K. T. Abe, T. C. Mariguela, R. C. Benine, G. Orti, R. P. Vari, and R. M. Corrêa e Castro, 2011 – BMC Evolutionary Biology 11(1): 275-300
    Phylogenetic relationships within the speciose family Characidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes) based on multilocus analysis and extensive ingroup sampling;

    Vari, R. P., 1995 – Smithsonian Contributions to Zoology 564: 1-97
    The Neotropical fish family Ctenoluciidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes): supra and intrafamilial phylogenetic relationships, with a revisionary study;

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    Adriano Golob

    Olá, espero que tenha gostado do conteúdo! Meu nome é Adriano e sou o criador do site MyAquarium. Comecei no hobby de aquarismo há cerca de 12 anos. O objetivo desse site é trazer conteúdo de qualidade e de fácil entendimento para todos os níveis de aquaristas. Aproveite para tirar suas dúvidas, será um prazer te ajudar!

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