O Ciclídeo Acei (Pseudotropheus acei) é um lindo peixe endêmico do famoso Lago Malawi, na África. A espécie habita a região ocidental do lago, em torno da Baía de Nkhata, Senga, Ngara, Ruarwe, Bandwae, Karonga e Rio Rukuru do Sul.
Ao contrário de muitos outros Mbunas, o Ciclídeo Acei não costuma viver entre rochas, já que ele pode ser facilmente visto acima do substrato em áreas abertas. Além disso, esses peixes são geralmente encontrados ao redor de troncos e galhos que estejam submersos.
As cores do Ciclídeo Acei podem variar dependendo do espécime, do local e de onde ele vêm. Mas, na maioria das vezes, ele possui cores azuladas e caudas amarelas. Algumas listras verticais fracas são visíveis no flanco, mas não se estendem abaixo da barbatana caudal.
A diferença entre os machos e as fêmeas dessa espécie não é muito grande. Os machos, por exemplo, costumam ficar um pouco maiores e são mais coloridos do que as fêmeas.
Continue lendo o artigo para conhecer as principais características e necessidades da espécie.
Ficha Técnica
Nome: Ciclídeo Acei, Yellow-tail Acei, Acei Cichlid, Acei Musli Point;
Nome Científico: Pseudotropheus acei (Trewavas, 1935);
Família: Cichlidae;
Origem da Espécie: África (Lago Malawi);
Comprimento: Até 13,2 cm;
Expectativa de Vida: Entre 8 e 10 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado / Difícil;
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 7.8 – 8.6;
Dureza da água: Entre 10 – 15 KH;
Temperatura: Manter entre 23 – 27°C;
Características
Alimentação
Herbívoro. O Ciclídeo Acei se alimenta de diatomáceas e outros tipos de algas que crescem em troncos sobre o substrato arenoso.
Para alimentar essa espécie no aquário, você deve, portanto, levar em consideração que ele é um animal herbívoro. Forneça uma ração em flocos para peixes herbívoros de alta qualidade.
O intestino desses peixes é muito mais longo do que de um peixe carnívoro. Por isso, não alimente-os muitas vezes e evite alimentos vivos ou congelados. Você pode até fornecer um pouco de dáfnias ou artêmias frescas de vez em quando, mas não exagere.
Alguns alimentos interessantes de matéria vegetal que você pode adicionar em sua dieta incluem, por exemplo, espinafre e Nori.
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Temperamento / Comportamento
O Ciclídeo Acei não é um dos Mbunas mais agressivos. Por isso, você consegue manter até mesmo vários machos da espécie em um mesmo aquário. No entanto, deve adicionar várias fêmeas para evitar possíveis sinais de agressividade.
Sobretudo, o recomendado é manter sempre um macho com duas ou três fêmeas no aquário.
Compatibilidade
Você deve evitar manter o Ciclídeo Acei com espécies de MBunas grandes ou outros peixes agressivos. Alguns bons companheiros de aquário incluem, por exemplo, espécies dos gêneros Aulonocara, Copadichromis e outros ciclídeos mais tranquilos do Lago Malawi.
Uma das espécies que mais combinam com o Ciclídeo Acei é o Labido Amarelo, já que o amarelo desse peixe cria um lindo contraste com o azul do Acei.
Além disso, se você ainda quiser manter esses peixes com plantas, certifique-se de adicionar apenas espécies mais resistentes como, por exemplo, Anúbias, Vallisnerias e Samambaia de Java. Os mbunas gostam de raspar as algas que crescem em rochas e plantas, de modo que as plantas com folhas mais delicadas podem ser danificadas. Então, evite-as!
Dimorfismo Sexual / Acasalamento / Reprodução
A diferença entre o macho e a fêmea dessa espécie não é muito grande. Os machos, por exemplo, costumam ficar um pouco maiores e são mais coloridos do que as fêmeas.
A criação do Ciclídeo Acei em cativeiro é relativamente fácil. Quando os machos estão prontos para procriar, eles passam boa parte do tempo se exibindo para as fêmeas. Então, eles irão sacudir seus corpos na frente delas para tentar seduzi-las. Esse processo pode durar bastante tempo.
Quando uma fêmea está disposta a desovar e aceita o cortejo do macho, os dois começam a nadar em círculos acima do substrato. Finalmente, a fêmea libera alguns ovos enquanto nada ao redor dele e, então, o macho os fertiliza logo em seguida. Logo após a desova, a fêmea volta a colocar os ovos em sua boca.
A fêmea manterá os ovos em sua boca até a eclosão, que pode demorar alguns dias. No entanto, mesmo após o nascimento, ela ainda protegerá os filhotes por até 21 dias. Após esse período, os alevinos já estarão nadando livremente e se virando por conta própria.
Em um aquário com vários peixes adultos, os filhotes podem ser vistos como um alimento. Então, o ideal é mantê-los separados dos outros peixes.
Aquário de reprodução
Se você quiser ter sucesso na criação dos filhotes, pode transferir a fêmea para um aquário de reprodução separado após cerca de 15 – 18 dias. Contudo, decore esse aquário com um pouco de areia e alguns esconderijos formados com troncos e outros tipos de decorações.
Assim que ela cuspir os alevinos, você pode pegá-la e devolvê-la ao aquário principal. Ela não irá comer nas primeiras horas depois que cuspir os filhotes, então você terá tempo suficiente para removê-la de lá.
Os alevinos podem ser alimentados com rações trituradas.
Configuração do aquário
Para ter sucesso na criação desses peixes, eu recomendo que você adquira um aquário com no mínimo 260 litros para um macho e algumas fêmeas.
Além disso, você deve fornecer um ambiente que possua muitos esconderijos formados com rochas e troncos.
Por fim, é essencial replicar as condições de água do seu habitat natural, o que significa que ela deve ser extremamente alcalina e com alto teor mineral.
Referências Bibliográficas
Stauffer, J.R. Jr., A.F. Konings and T.M. Ryan, 2016. Redescription of Pseudotropheus livingstonii and Pseudotropheus elegans from Lake Malawi, Africa. Zootaxa 4154(2):169-178. (Ref. 119458)