O Ciclídeo Fada (Aulonocara jacobfreibergi) é endêmico do Lago Malawi, na África. Eles são conhecidos por serem uns dos mais coloridos e maiores membros de sua família, embora o tamanho dependa muito de sua localização. Na maioria das vezes, eles podem atingir cerca de 15 cm de comprimento, mas em alguns casos, podem chegar aos 23 cm.
O gênero Aulonocara possui cerca de 23 espécies, mas com muitas subespécies. Eles são animais com colorações muito brilhantes que variam do azul, vermelho e até mesmo amarelo, dando a esses peixes o merecido nome de “Ciclídeos Pavão”.
O Ciclídeo Fada, por sua vez, costuma habitar águas mais profundas do que a maioria dos ciclídeos do Malawi. As populações que vivem mais ao norte do Lago Malawi, habitam áreas rochosas e com grandes pedregulhos, enquanto as que habitam a região sul, preferem áreas intermediárias, intercaladas com rochas e substratos de areia fina.
Ficha Técnica
Nome: Ciclídeo Fada, Borboleta do Malawi, Fairy Cichlid, African Butterfly Peacock, Malawi Butterfly Cichlid, Eureka Cichlid, Freiberg’s Peacock, Jake Cichlid, Mamalela Peacock
Nome Científico: Aulonocara jacobfreibergi (Günther, 1860)
Família: Cichlidae
Origem da Espécie: África (Lago Malawi)
Comprimento: Até 15 cm
Expectativa de Vida: Entre 8 e 10 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 7.5 – 8.0
Dureza da Água: 9° – 19° dH
Temperatura: Manter entre 24°C – 26°C
Características
Nível de Cuidado: Iniciante;
Alimentação: Carnívoro. Na natureza, eles se alimentam de zooplâncton, larvas e também de crustáceos. Nos aquários, no entanto, eles aceitam rações em flocos ou grânulos de qualidade.
Em relação aos alimentos carnudos, o Ciclídeo Fada irá aceitar os congelados, vivos e secos, por exemplo, dáfnias, vermes e artêmias. Evite apenas tubifex, pois eles contribuem para o surgimento de algumas doenças, como a famosa “Malawi Bloat”.
Temperamento / Comportamento: O Ciclídeo Fada é melhor mantido sozinho em aquários com no mínimo 200 litros, ou em grupos de 1 macho para 4 ou 6 fêmeas em aquários maiores de 280 litros. De um modo geral, esses peixes costumam ser pacíficos uns com os outros, desde que não haja 2 machos no mesmo aquário.
Compatibilidade: Se você quiser manter o Ciclídeo Fada com outros peixes, considere colocá-los com ciclídeos do Lago Malawi que possuam o mesmo tamanho e que não sejam agressivos.
Contudo, eles se darão bem com a maioria dos outros do gênero Aulonocara.
Reprodução / Acasalamento: Essa espécie de ciclídeo atinge a maturidade sexual por volta dos 10 cm de comprimento. Então, para ter sucesso na reprodução, mantenha um grupo de 4 ou 6 fêmeas com um macho em um mesmo aquário.
A maioria dos pais desse gênero cuidam dos filhotes, tornando-os fáceis de criar. A única ressalva é a agressividade que eles podem desenvolver durante esse período em relação aos seus companheiros de aquário, portanto, fique atento aos sinais de agressão.
Veja também:
É bastante difícil testemunhar a desova do Ciclídeo Fada, já que eles fazem isso de forma secreta nas cavernas do aquário. Sobretudo, dentro dessas cavernas, a fêmea irá depositar os ovos e colocá-los em sua boca. Depois disso, elas cutucam a nadadeira anal do macho fazendo com que ele produza e libere o esperma.
A fêmea carregará os filhotes em sua boca até que eles consigam se alimentar por conta própria, mas isso pode levar cerca de 21 dias. Além disso, ela quase não irá comer durante esse período.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 200 litros para um único exemplar dessa espécie, ou um grupo de 1 macho para 4 ou 6 fêmeas em 280 litros ou mais.
Procure adicionar muitas rochas para criar cavernas e locais de refúgio para esses peixes, mas certifique-se de deixar espaços tanto no meio quanto no fundo do aquário para que eles possam nadar.
Em relação a iluminação, não costumam ser muito exigentes, mas preferem uma iluminação suave. Além disso, eles também não ligam para as plantas e não costumam mordiscá-las, por isso, você pode incluir aquelas que possuem folhas mais resistentes, como as famosas anúbias.
Referências Bibliográficas
Maréchal, C., 1991. Aulonocara. p. 11-17. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4. (Ref. 4975)