O Dojô (Misgurnus anguillicaudatus), também conhecido como peixe cobra, é um animal nativo do nordeste da Ásia, encontrado principalmente na China. Eles são famosos por servirem como “limpadores de fundo” dos aquários. Além disso, adoram se enterrar durante o dia, já que possuem comportamento noturno. Em águas muito frias, esses animais costumam ficar letárgicos e passam boa parte do tempo enterrados no substrato.
Há muitas pessoas que afirmam que o Dojô possui algumas habilidades meteorológicas, onde podem prever até mesmo a chuva, quando começam a saltar para fora da água. No entanto, isso não passa de um mito. Esse comportamento indica apenas que a temperatura da água está acima do normal, uma vez que eles preferem águas frias.
O Dojô costuma habitar rios, bem como locais com águas paradas ou lentas, incluindo lagos, lagoas, pântanos e arrozais. Esses animais preferem fundos lamacentos, mas durante a estação das secas, podem tolerar águas com baixos níveis de oxigênio. Para isso, usam a parte posterior do intestino e da pele como órgãos respiratórios suplementares, e nadam para a superfície engolindo ar enquanto expelem gases intestinais.
Há registros de que o Dojô pode viver por longos períodos fora da água se estiverem em locais úmidos ou lamacentos.
Ficha Técnica
Nome: Dojô, Dojo, Dojo Loach, Weather Loach, Oriental Weatherfish, Chinese Weatherfish
Nome Científico: Misgurnus anguillicaudatus (Cantor, 1842)
Família: Cobitidae
Origem da Espécie: Nordeste da Ásia, especialmente China.
Comprimento: Até 28 cm na natureza. Mas em aquários costumam ficar na faixa dos 15 cm.
Expectativa de Vida: Até 10 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.5 – 7.5
Dureza da Água: 5° – 12° dH
Temperatura: Manter entre 10°C – 25°C
Características
Nível de Cuidado: Moderado;
Alimentação: Onívoro. O Dojô não é um comedor exigente e aceita todos os tipos de alimentos vivos, rações de fundo, além de flocos e pellets. Eles também gostam de alimentos congelados, mas para manter um bom equilíbrio em sua dieta, forneça uma ração de fundo de excelente qualidade todos os dias.
Você também pode fornecer larvas de mosquitos e artêmias (vivas ou congeladas), além de tubifex, dáfnias e vegetais. O Dojô adora comer caramujos, por isso, são bons para controle dessas pragas.
Temperamento / Comportamento: Em relação ao comportamento, o Dojô é um animal bastante pacífico, e passa a maior parte do tempo no fundo do aquário, mas em alguns casos, pode se aventurar nas regiões intermediárias e superiores.
Essa espécie deve ser mantida em grupos com no mínimo três indivíduos ou mais. Além disso, eles são bastante ativos, especialmente durante à noite. O Dojô gosta de vasculhar o substrato em busca de comida e adora cavar e se enterrar nele.
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Compatibilidade: Em relação aos companheiros de aquário, eles podem ser mantidos com outros da família cobitidae, assim como também com peixes que não sejam agressivos, como kinguios. Certifique-se de colocar peixes que gostam de nadar no meio e no topo do aquário.
Reprodução / Acasalamento: Não há informações sobre o processo de reprodução desses peixes em cativeiro. Sabe-se, no entanto, que eles são induzidos a desova por meio de injeção de hormônios para o comércio, assim como também para pesquisas científicas.
Tamanho do aquário: Em um aquário de 200 litros é possível manter um pequeno grupo desses animais. Nunca coloque esses peixes em um aquário que ainda não esteja ciclado, pois eles requerem ambientes bem estáveis.
Em relação a filtragem, adicione um bom fluxo de água ao aquário. Além disso, procure colocar um substrato de areia ou cascalho fino para ajudá-lo a se enterrar e buscar por alimentos. Para que o aquário se pareça ainda mais com seu habitat natural, adicione rochas grandes e lisas por todas as partes. Alguns troncos e raízes retorcidas podem ajudar a criar locais de refúgio.
Não esqueça de adicionar uma boa tampa ao aquário, pois o Dojô é um excelente saltador.
Referências Bibliográficas
Talwar, P.K. and A.G. Jhingran, 1991. Inland fishes of India and adjacent countries. vol 1. A.A. Balkema, Rotterdam. 541 p. (Ref. 4832)
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