A Enguiazinha (Pangio anguillaris) é um lindo peixe de água doce encontrado em águas rasas e lentas de córregos ou habitats calmos, como pântanos, meandros e remansos. A espécie habita áreas com vegetação densa e repleta de raízes, galhos e folhas submersas, além de substratos compostos de lama macia, areia ou lodo, onde gosta de se manter escondida.
Em relação a aparência, a Enguiazinha não possui esse nome à toa. A espécie se parece bastante com uma enguia ou cobra, e possui uma barriga pálida enquanto o corpo é quase todo manchado de verde / cinza com uma forte linha lateral escura que desce por toda sua extensão.
De um modo geral, a Enguiazinha é um peixe moderadamente difícil de cuidar, pois precisa de ambientes bem estabilizados e não deve ser inserida em aquários recém-montados.
Continue lendo o artigo para conhecer as principais características e necessidades da Enguiazinha.
Ficha Técnica
Nome: Enguiazinha, Silver Kuhli Loach, Eel Loach, Eel Kuhli;
Nome Científico: Pangio anguillaris (Vaillant, 1902), Acantophthalmus anguillaris, Acanthopthalmus vermicularis;
Família: Cobitidae;
Origem da Espécie: Ásia (Bacia do Mekong e Chao Phraya, Península Malaia, Sumatra e Bornéu);
Comprimento: Até 12 cm;
Expectativa de Vida: Entre 5 e 8 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 5.0 – 6.0;
Dureza da água: Entre 5 – 12;
Temperatura: Manter entre 24 – 26°C;
Características
Alimentação
Carnívora. A Enguiazinha é muito eficaz em manter populações de caramujos sob controle. Ela passará boa parte do tempo peneirando o substrato com sua boca e brânquias se alimentando de insetos, pequenos crustáceos e similares. Por conta disso, ela também acaba consumindo detritos orgânicos e matéria vegetal de suas respectivas presas.
Em um aquário, a Enguiazinha irá aceitar rações de fundo, mas também deve consumir alimentos vivos como, por exemplo, dáfnias, bloodworms, artêmias e microvermes.
Eu recomendo que você alimente esse peixe pelo menos uma ou duas vezes por dia.
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Temperamento / Comportamento
A Enguiazinha adora cavar o substrato do aquário. Na verdade, ela passará boa parte do tempo enterrada nele.
Na natureza, por exemplo, esses peixes são frequentemente encontrados em grandes grupos, e em cativeiro, muitas vezes, se agrupam em um único canto, fenda ou caverna. Portanto, é recomendado que você mantenha no mínimo 5 ou 6 exemplares no aquário para que possam se sentir seguros.
Compatibilidade
A Enguiazinha só deve ser mantida com peixes robustos e que possuam tamanho semelhante. No entanto, seus companheiros de aquário não devem ser agressivos.
Algumas espécies que você pode manter com a Enguiazinha incluem, por exemplo, peixes dos gêneros:
- Boraras;
- Sundadanio;
- Rasboras;
- Trichopsis;
- Sphaerichthys;
- Kottelatlimia;
Uma excelente companheira para a Enguiazinha é a famosa Cobrinha Kuhli.
Dimorfismo Sexual
As fêmeas adultas são tipicamente mais pesadas e um pouco maiores do que os machos. Por outro lado, os machos possuem o primeiro raio da nadadeira peitoral ramificado e engrossado, e as próprias nadadeiras peitorais são viradas para cima e mais longas do que as das fêmeas.
Além disso, machos adultos desenvolvem o que parece ser uma protuberância na cabeça.
Acasalamento / Reprodução
Não há relatos de reprodução da Enguiazinha em cativeiro. Sabe-se, no entanto, que na natureza a desova ocorre em águas rasas e com vegetação abundante.
Configuração do aquário
O aquário precisa ter no mínimo 94 litros para um grupo de 5 ou 6 peixes.
Procure usar um substrato macio e arenoso, pois a Enguiazinha gosta de cavar e tende a passar boa parte do tempo enterrada. Caso o cascalho seja muito grosso, ela pode ficar estressada ou se machucar, e o comportamento alimentar pode ser inibido.
Adicione também raízes e troncos, colocando-os de tal forma que criem um ambiente sombreado. Além disso, você também pode usar folhas de amendoeira para deixar no fundo do aquário para manchar um pouco a água e criar o habitat perfeito para esse peixe.
Por fim, eu recomendo que você adicione uma filtragem suave e que forneça o mínimo de agitação possível na superfície, pois a espécie não aprecia ambientes agitados. Certifique-se também de adicionar uma tampa bem firme ao aquário, pois a maioria dos botias adoram saltar.
Referências Bibliográficas
Kottelat, M. and K.K.P. Lim, 1993. A review of the eel-loaches of the genus Pangio (Teleostei: Cobitidae) from the Malay Peninsula, with descriptions of six new species. Raffles Bull. Zool. 41(2):208-210. (Ref. 13770);
Roberts, T. R., 1989 – Memoirs of the California Academy of Sciences 14: i-xii + 1-210
The freshwater fishes of Western Borneo (Kalimantan Barat, Indonesia);
Tan, H. H. and M. Kottelat, 2009 – Ichthyological Exploration of Freshwaters 20(1): 13-69; The fishes of the Batang Hari drainage, Sumatra, with description of six new species;