O Killifish Blue Gularis (Fundulopanchax sjoestedti) é uma espécie nativa da África, mais especificamente da Nigéria e Camarões. Na natureza, esse peixe costuma habitar pequenas poças, riachos e áreas pantanosas. Devido a sua coloração, o Blue Gularis é conhecido por ser um dos peixes mais impressionantes da natureza, combinado com o tamanho que ele pode atingir.
Como a espécie costuma habitar pequenas poças e áreas pantanosas, em um aquário, o aquarista deve adicionar um substrato escuro e muitas plantas, assim como também troncos e raízes para formar esconderijos. Além disso, é imprescindível que o aquarista adicione uma tampa bem ajustada ao aquário, pois esse peixe têm a fama de ser um excelente saltador.
Ficha Técnica
Nome: Killifish Blue Gularis, Blue Gularis, Golden Pheasant;
Nome Científico: Fundulopanchax sjoestedti (Lönnberg, 1895);
Família: Nothobranchiidae;
Origem da Espécie: África (Nigéria e Camarões);
Comprimento: Até 13 cm;
Expectativa de Vida: Mais de 5 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0;
Dureza da Água: 5° – 19° dH;
Temperatura: Manter entre 23 – 26°C;
Características
Alimentação
Em seu habitat natural, o Killifish Blue Gularis se alimenta de vermes, crustáceos, larvas, bem como mosquitos e peixes pequenos. Em um aquário, no entanto, ele aceita uma variedade enorme de alimentos vivos e liofilizados incluindo, por exemplo, artêmias, bloodworms, dáfnias, assim como também tubifex ou minhocas picadas.
Embora a espécie possa aceitar rações industrializadas, você deve evitar alimentá-los apenas com elas.
Temperamento / Comportamento
O Killifish Blue Gularis é um peixe que prospera em diferentes condições de água. Por mais que ele possa ser mantido em aquários com outros peixes, eu recomendo que você crie-o apenas com outros de sua própria espécie.
Em relação ao comportamento, os machos costumam ser um pouco mais agressivos uns com os outros e precisam de bastante espaço e esconderijos no aquário. No entanto, as fêmeas já são bem mais pacíficas e podem conviver tranquilamente em grupos formados por até 3 delas.
Caso você tenha a oportunidade de criá-los, eu recomendo que adicione no mínimo 2 ou 3 fêmeas para cada macho no aquário.
Compatibilidade
Em relação aos companheiros de aquário que podem viver juntos do Blue Gularis, eu recomendo que você evite ao máximo peixes maiores, pois essa espécie pode se tornar uma presa fácil para eles.
Alguns peixes compatíveis com o Killifish Blue Gularis incluem, por exemplo:
Veja também:
Reprodução / Acasalamento
O Killifish Blue Gularis é um peixe fácil de reproduzir, e ele costuma liberar seus ovos no substrato do aquário. Por não ser uma espécie sazonal como grande parte dos outros peixes do gênero, não é preciso remover os ovos após a desova para que eles possam eclodir. As fêmeas, por exemplo, depositam seus ovos em meio as folhas das plantas e estes eclodem em no máximo 2 meses.
Embora muitos criadores não utilizem filtros nos aquários de reprodução, um pequeno filtro de esponja no canto já deve servir para promover um pouco de circulação na água, prevenir a estagnação e minimizar o crescimento de fungos nos ovos.
Após a eclosão, os filhotes podem ser alimentados com náuplios de artêmias ou microvermes. Os alevinos dessa espécie não possuem sacos vitelinos, ou seja, você deve alimentá-los com microvermes e artêmias dentro de uma hora após a eclosão.
Configuração do aquário
O aquário precisa ter no mínimo 100 litros para comportar 6 peixes da espécie (5 fêmeas e 1 macho).
Como o Blue Gularis vive em áreas pantanosas na natureza, eu recomendo que você adicione um substrato de areia fina com uma camada de turfa ou folhas de amendoeira sobre o fundo para manter a água mole e ácida, além de um aspecto de cor de chá.
Eu recomendo também que você capriche nas plantas flutuantes e nas decorações do aquário, incluindo troncos, raízes e rochas para compor o habitat desses peixes. O Blue Gularis adora ambientes pouco iluminados e, por isso, os esconderijos e as plantas flutuantes são essenciais para mantê-lo tranquilo e seguro.
Referências Bibliográficas
Huber, J.H., 1996. Killi-Data 1996. Updated checklist of taxonomic names, collecting localities Société Française d’Ichtyologie, Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris, France, 399 p. (Ref. 27139);