O Killifish do Lago Tanganica (Lamprichthys tanganicanus) é um peixe bastante difícil de ser encontrado, mas é incrivelmente belo! Além de ser muito bonito e pacífico, essa espécie costuma ficar bem maior do que a maioria dos outros killifish.
Em relação ao habitat natural, esses peixes não costumam habitar pântanos e pequenas poças, mas sim o gigantesco Lago Tanganica, na África. Muitas vezes eles desovam em aquários e podem viver por vários anos.
Enquanto a maioria dos killifish gostam de viver em pares em aquários, o Killifish do Lago Tanganica prospera em grupos, ou seja, você terá que manter no mínimo 6 exemplares juntos.
Ficha Técnica
Nome: Killifish do Lago Tanganica, Tanganyika Pearl Killifish, Tanganyika Killifish
Nome Científico: Lamprichthys tanganicanus (Boulenger, 1989)
Família: Poeciliidae
Origem da Espécie: África (Lago Tanganica)
Comprimento: Até 15 cm
Expectativa de Vida: Até 6 anos
Nível de Dificuldade: Difícil;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 8.0 – 8.5
Dureza da Água: 10° – 20° dH
Temperatura: Manter entre 23°C – 25°C
Características
Alimentação
Onívoro. O Killifish do Lago Tanganica não é um comedor muito exigente, mas requer uma dieta variada de alimentos que podem ser consumidos na superfície.
Então, forneça uma ração em flocos de alta qualidade junto de alimentos vivos e congelados como, por exemplo, artêmias, bloodworms e outros tipos de larvas.
Temperamento / Comportamento
Como já mencionamos no começo do artigo, essa espécie costuma se dar melhor em grupos. Portanto, você precisa criar no mínimo 6 exemplares em um aquário, mas dê preferência para mais fêmeas do que machos.
Esses peixes preferem habitar a região superior do aquário.
Compatibilidade
Essa espécie de killifish é considerada bastante pacífica, mas devido a sua natureza frágil não pode ser misturada com a maioria dos ciclídeos do lago Tanganica.
Embora seja compatível com outros peixes pacíficos e espécies de invertebrados que prosperam em aquários plantados, deve-se tomar cuidado para não adicionar peixes que sejam muito afobados na questão da alimentação.
Além disso, muitas espécies comem a maior parte dos alevinos desses peixes quando está desovando, portanto, o ideal é que tenham um aquário próprio.
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Caso queira misturá-los com outros peixes, procure adicioná-los com espécies mais gentis, como Cyprichromis, habitantes de fundo e peixes que habitam diferentes regiões do aquário, assim como também invertebrados.
Reprodução / Acasalamento
Os machos costumam ser maiores e bem mais coloridos do que as fêmeas quando atingem a fase adulta. No entanto, antes de atingirem essa fase é possível distingui-los, pois os machos possuem a barbatana anal mais longa, enquanto as fêmeas têm uma barbatana anal triangular mais curta.
Em relação a reprodução, eles costumam depositar seus ovos nas fendas mais estreitas possíveis do aquário ou nas plantas com as folhas mais finas, por exemplo, o musgo de java.
Os alevinos se alimentam de náuplios de artêmias e microvermes quando eclodem, mas são bastante delicados e sensíveis às mudanças bruscas nos parâmetros da água.
Configuração do aquário
O aquário precisa ter no mínimo 120 litros para um pequeno cardume.
Além disso, o ambiente deve ser configurado com um substrato de areia e muitas pedras, como a maioria dos aquários para ciclídeos do Lago Tanganica, embora não haja razão prática para que as plantas não possam ser mantidas.
Esses peixes costumam ser muito sensíveis à má qualidade da água e, portanto, requerem uma filtragem eficiente e manutenções regulares.
Referências Bibliográficas
Huber, J.H., 1996. Killi-Data 1996. Updated checklist of taxonomic names, collecting localities and bibliographic references of oviparous Cyprinodont fishes (Atherinomorpha, Pisces). Société Française d’Ichtyologie, Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris, France, 399 p. (Ref. 27139)