O Mandi Anão (Pimelodus pictus) é uma espécie muito popular em diversos países e ideal para quem está começando no aquarismo. Com cores vibrantes e uma personalidade bastante enérgica, esses peixes possuem características únicas que farão qualquer um amá-los.
Essa espécie costuma ser bastante ativa e se dá bem somente em aquários grandes. Além disso, é bom ficar esperto com suas barbatanas peitorais, pois são bastante afiadas, por conta disso, tome cuidado quando for transportá-lo. Para pegá-los, evite usar redes, mas sim um recipiente de plástico para evitar que fiquem presos.
Ficha Técnica
Nome: Mandi Anão, Mandi, pimelodus pintado, spotted pimelodus
Nome Científico: Pimelodus pictus (Steindachner, 1876)
Família: Pimelodidae
Origem da Espécie: América do Sul (Bacias do Rio Orinoco e Amazonas)
Comprimento: Até 11 cm
Expectativa de Vida: Até 10 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0
Dureza da Água: 5° – 19° dH
Temperatura: Manter entre 22°C – 25°C
Características
Nível de Cuidado: Fácil;
Alimentação: O Mandi Anão é um animal necrófago, isso quer dizer que vai comer tudo o que encontrar pela frente. Por natureza, são onívoros, então aceitarão alimentos vivos, assim como também rações e qualquer outro tipo de material vegetal.
Nas águas quentes da América do Sul, eles são encontrados comendo insetos (larvas de libélulas, caramujos, pequenos peixes e algas).
De qualquer forma, sua dieta deve ser constituída principalmente de uma excelente ração em pellets, mas também suplementada com alimentos frescos, por exemplo, larvas, bloodworms e legumes.
Temperamento / Comportamento: O Mandi Anão possui comportamento pacífico, mas tenha em mente de que eles são uma espécie predatória.
Além disso, devido ao seu comportamento agitado, podem incomodar outros peixes com nado mais lento, principalmente à noite ou durante a alimentação. Embora eles sobrevivam sozinhos, preferem viver em grupos com no mínimo seis ou mais indivíduos. No entanto, caso fiquem sozinhos, podem passar a maior parte do tempo escondidos, emergindo algumas vezes à noite apenas quando as luzes se apagarem.
Compatibilidade: Em primeiro lugar, o Mandi Anão irá comer qualquer peixe menor do que ele. Em segundo lugar, já mencionamos que eles são rápidos e enérgicos. Por esse motivo, você deve evitar adicionar qualquer peixe que possui nado lento (como ciclídeos), pois eles podem irritá-los e causar dados com seus barbilhões afiados.
Certifique-se de que o Mandi Anão é o menor peixe em seu aquário, ou você poderá acordar e ver que alguns peixes menores desapareceram como mágica.
Veja também:
Podemos incluir a sua lista de compatibilidade alguns peixes, como os paulistinhas, gouramis e cascudos.
Reprodução / Acasalamento: A reprodução dessa espécie em cativeiro é bastante difícil. A razão para isso é porque os aquários domésticos não são grandes o suficiente para que eles possam atingir a maturidade sexual.
Para a reprodução, você precisa ter um aquário com no mínimo 750 litros, de tal forma que, qualquer aquário menor do que isso, eles não conseguirão atingir a maturidade sexual.
Não se sabe muito sobre as características de reprodução do Mandi Anão. Na natureza, as fêmeas colocam os ovos e os machos os fertilizam logo em seguida.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 250 litros para um pequeno grupo de seis indivíduos dessa espécie. Além disso, deve ser mal iluminado, com bastante espaço para que possam nadar e alguns esconderijos para fornecer segurança.
Assim como a maioria dos outros bagres, adicione um substrato de areia fina e também algumas raízes e troncos para ajudar a simular o tipo de ambiente ribeirinho que a espécie habita na natureza.
Procure adicionar plantas resistentes ao aquário, uma vez que não possuem muitos requisitos elevados de iluminação.
A filtragem deve ser forte, de preferência com uma boa quantidade de movimentação. A fim de manter a água com boa qualidade, faça trocas parciais de água semanais.
Referências Bibliográficas
Lundberg, J.G. and M.W. Littmann, 2003. Pimelodidae (Long-whiskered catfishes). p. 432-446. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 36506)