Pacu Prata (Metynnis argenteus)

O Pacu Prata (Metynnis argenteus) é um peixe bastante pacífico, mas como costumam ficar relativamente grandes, precisam de um aquário com bastante espaço para que possam nadar. Eles são animais resistentes e uma ótima escolha para um aquarista intermediário que esteja procurando um pouco mais de desafio na criação de peixes grandes.

Essa espécie costuma viver bem em aquários grandes e rasos, com um cascalho escuro e muitas plantas e esconderijos. No entanto, o Pacu Prata gosta de comer plantas, então, compre aquelas que não sejam tão saborosas para eles, por exemplo, samambaia de java e rabo de raposa.

Além disso, essa espécie prefere viver em grupos em um aquário, portanto, para que possam prosperar, adicione no mínimo 5 exemplares. Como são ariscos, quando mantidos sozinhos e sem nenhum companheiro, podem se tornar reclusos.

Ficha Técnica

Nome: Pacu Prata, Silver Dollar Fish;

Nome Científico: Metynnis argenteus (Ahl, 1923);

Família: Serrasalmidae;

Origem da Espécie: Bacia do Rio Tapajós, Brasil;

Comprimento: Até 14 cm;

Expectativa de Vida: Até 10 anos;

Nível de Dificuldade: Moderado;

Parâmetros da Água

pH: Manter o pH da água entre 5.0 – 7.0;

Dureza da Água: 4° – 18° dH (Para a reprodução, a dureza deve ficar abaixo de 8°);

Temperatura: Manter entre 24°C – 28°C;

Características

Alimentação

Onívoro. Na maior parte do tempo, o Pacu Prata é um animal herbívoro. Então, sua dieta deve ser composta principalmente de alimentos vegetais.

Forneça uma ração enriquecida com spirulina para essa espécie, bem como bloodworms e artêmias esporadicamente. Além disso, procure adicionar alface, espinafre, ervilhas, cenouras, pepinos, frutas e batatas cozidas em sua dieta.

Última atualização em 2025-05-16 / Links de Afiliados / Imagens de Amazon Product Advertising API

Temperamento / Comportamento

O Pacu Prata é um peixe grande, pacífico e que gosta de ficar em grupos. Eles podem viver em aquários comunitários, mas se dão melhor em aquários específicos para a espécie, com um número de 5 ou mais exemplares. Se forem mantidos sozinhos, podem acabar ficando reclusos boa parte do tempo.

Além disso, eles preferem nadar na região do meio do aquário, mas podem ser vistos em todas as áreas.

Veja também:

• Tambaqui (Colossoma macropomum);

Compatibilidade

O Pacu Prata pode conviver com outros peixes grandes e pacíficos. Portanto, peixes pequenos podem ser comidos facilmente por eles. Bons companheiros incluem cascudos, além de ciclídeos pacíficos da América do Sul e Central, Pacus, aruanãs e Anostomos.

Dimorfismo Sexual / Reprodução / Acasalamento

O Pacu Prata é um animal fácil de reproduzir em cativeiro, uma vez que irão desovar no aquário se tiverem um ambiente amplo e confortável. Na natureza, eles desovam em grupos em áreas rasas e com vegetação densa em rios inundados e afluentes.

Contudo, para obter sucesso em encontrar pares reprodutores, comece com meia dúzia ou mais peixes jovens e crie-os até atingirem a fase adulta. Eles atingirão a maturidade por volta de 1 ano de idade.

O Pacu Prata pode se reproduzir tanto em grupos quanto em pares. Os pares reprodutores devem ser removidos do grupo. No entanto, é melhor condicionar os machos e as fêmeas em aquários separados antes da reprodução. Por cerca de 7 – 10 dias, alimente-os com uma dieta vegetal de altíssima qualidade. Em seguida, selecione o par reprodutor ou o pequeno grupo e transfira-os para o aquário de reprodução.

Por fim, quando estão prontos para desovar, os machos ficam com cores mais escuras, especialmente ao redor das barbatanas anal, caudal e dorsal, e seus tons de vermelho se intensificam.

Veja também:

• Traíra (Hoplias malabaricus);

Ao montar o aquário de reprodução, você precisará deixá-lo com nível de água bem baixo, além de morna e mole para que possa obter sucesso e salvar o maior número de alevinos possíveis. Então, monte um aquário com 150 litros para um casal, com pH entre 6.0 – 7.0 e dureza em torno de 4 – 8° dH. A temperatura precisa ficar entre 26 – 29°C, embora alguns aquaristas tenham relatado desovas bem-sucedidas em temperaturas de até 32°C. Adicione um filtro para fornecer oxigenação e movimentação suave na água.

Mantenha esse aquário de reprodução ligeiramente escuro e adicione musgo de java para os ovos caírem no meio dele. Além disso, coloque plantas flutuantes para que esses peixes possam desovar entre elas. Para estimular a desova, os machos cortejam as fêmeas perseguindo-as ao redor do aquário e se balançando ao lado delas.

Contudo, quando uma fêmea está pronta para desovar, ela libera os ovos perto das plantas flutuantes, e o macho os fertiliza. De fato, como os ovos não são adesivos, irão cair no fundo do aquário e se misturar com o musgo de java. Cada fêmea pode produzir até 2.000 ovos de uma só vez.

Os pais geralmente não comem os ovos, então não há necessidade de removê-los do aquário. No entanto, é muito mais fácil criar os alevinos sem os pais.

Veja também:

• Tilápia (Coptodon rendalli);

Os ovos eclodirão em cerca de 3 dias e os alevinos estarão nadando livremente pelo aquário entre 6 – 9 dias. Nos primeiros dias de vida, alimente os filhotes com infusórios até que eles possam se alimentar por exemplo, de plânctons, náuplios de artêmias e rações específicas para alevinos.

Os filhotes crescem rapidamente quando bem alimentados e atingem o tamanho adulto em 6 – 8 meses.

Configuração do aquário

O aquário precisa ter no mínimo 280 litros para um pequeno grupo de 5 exemplares dessa espécie.

Além disso, o Pacu Prata costuma ser muito resistente as doenças, portanto, podem lidar com uma variedade enorme de condições de água.

De um modo geral, eles precisam de uma boa filtragem, com fluxo moderado de água. Sobretudo, em relação a iluminação, eles preferem locais com pouca luz e substratos escuros. O aquário deve ter muitos espaços abertos, mas é preciso fornecer esconderijos, o que pode ser feito através de troncos e rochas.

Referências Bibliográficas

Zarske, A. and J. Géry, 1999. Revision der neotropischen Gattung Metynnis Cope, 1878. 1. Evaluation der Typusexemplare der nominellen Arten (Teleostei: Characiformes: Serrasalmidae). Zool. Abh. Mus. Tierk. Dresden 50(13):169-216. (Ref. 34077)