O Pacupeba / Pacu Manteiga (Mylossoma duriventre) é uma espécie nativa da Bacias dos Rios Amazonas, Orinoco e Paraguai – Paraná, assim como também do Rio Tocantins e seu afluente ocidental, o Rio Araguaia.
Esses peixes preferem águas ricas em nutrientes, mas ainda assim, prosperam em condições mais pobres. Além disso, o padrão de migração dessa espécie não é totalmente compreendido, mas na temporada de enchentes na região amazônica, entre dezembro e março, os peixes migram de lagos e piscinas de planícies de inundação para os rios maiores.
Para a criação em aquários, esses carinhas costumam ser bem exigentes, ainda mais se levarmos em consideração o tamanho do aquário que necessitam, e que preferem viver em cardumes.
Ficha Técnica
Nome: Pacupeba, Pacu-peba, Pacu Manteiga, Pacu
Nome Científico: Mylossoma duriventre (Cuvier, 1818)
Família: Serrasalmidae
Origem da Espécie: América do Sul (Bacias dos Rios Amazonas, Orinoco e Paraguai – Paraná)
Comprimento: Até 25 cm
Expectativa de Vida: Por volta de 10 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 5.0 – 7.8
Dureza da Água: ? – 20° dH
Temperatura: Manter entre 22°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Difícil;
Alimentação: Onívoro. Na natureza, o Pacupeba / Pacu Manteiga se alimenta de insetos, peixes e matéria vegetal, por exemplo, plantas e algas. Nos aquários entretanto, eles aceitam alimentos vivos, frescos e secos.
Portanto, para manter uma boa dieta, procure fornecer uma ração de alta qualidade, assim como também alguns vegetais e frutas.
Temperamento / Comportamento: O Pacupeba é um peixe bastante ativo e prefere viver em grupos, por isso, o aquário precisa ter no mínimo 6 exemplares da espécie para que possam se sentir seguros e confortáveis.
Compatibilidade: Em relação aos seus companheiros de aquário, eles só podem conviver com outros peixes que possuem tamanho semelhante, uma vez que peixes menores poderão ser comidos facilmente por eles.
Lembre-se que qualquer outro peixe que possua formato ou coloração parecida será prontamente atacado.
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Reprodução / Acasalamento: Não é muito difícil diferenciar o macho da fêmea dessa espécie, uma vez que o macho possui tamanho menor e cores mais intensas, além de uma nadadeira dorsal maior. As fêmeas, por sua vez, possuem cores mais desbotadas e nadadeiras menores, além de um ventre um pouco mais roliço, em comparação com os machos.
Durante o processo de acasalamento, a fêmea libera os ovos na água e o macho os fertiliza logo em seguida.
Por incrível que pareça, a eclosão dos ovos ocorre algumas horas após a fertilização, mas para isso acontecer, a temperatura do aquário precisa estar um pouco mais elevada do que o normal.
Por fim, quando os alevinos nascem, eles consomem o saco vitelino por até três dias e, após isso, poderão ser alimentos com náuplios de artêmias ou microvermes.
Tamanho do aquário: O Pacupeba precisa de muito espaço para nadar, por isso, para manter um grupo de no mínimo seis peixes, você precisará de um aquário com 800 litros.
Além disso, eles não se importam muito com a decoração, portanto, um substrato arenoso com algumas rochas grandes, além de raízes e troncos, já deverão ser o suficiente para mantê-los entretidos por muito tempo.
Referências Bibliográficas
Jégu, M., 2003. Serrasalminae (Pacus and piranhas). p. 182-196. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 39031)