O Paulistinha (Danio rerio) é um dos peixes mais populares do mundo do aquarismo por inúmeras razões. Ele é considerado muito resistente, fácil de cuidar, ativo, além de possuir cores extremamente chamativas. A grande verdade é que esse pequeno peixinho é o primeiro contato de muitos aquaristas que estão iniciando no hobby.
Abaixo, confira um guia de cuidados completo sobre o Paulistinha. Aprenda como alimentar esse peixe, suas características físicas e comportamentais, além de processos como a reprodução e configuração de aquário.
Ficha Técnica do Paulistinha
Nome: Paulistinha, Peixe zebra, Zebra Danio, Zebrafish, Striped Danio, Zebra Fish;
Nome Científico: Danio rerio (Hamilton, 1822);
Família: Cyprinidae;
Origem da Espécie: Ásia (Paquistão, Índia, Bangladesh, Nepal e Myanmar);
Comprimento: Até 7 cm;
Expectativa de Vida: Entre 2 – 5 anos;
Nível de Dificuldade: Fácil;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0;
Dureza da Água: Entre 5 – 19;
Temperatura: Manter entre 18 – 24°C;
Características
Distribuição e Habitat
Na natureza, o Paulistinha habita as partes baixas de riachos, canais, valas e lagoas. Seu habitat natural varia muito dependendo da época do ano. Os adultos, por exemplo, são encontrados em grande número em piscinas sazonais e arrozais durante a estação chuvosa, onde desovam e se alimentam.
Contudo, quando chega a estação das secas, o Paulistinha retorna as águas rápidas dos rios e córregos, onde o substrato é normalmente rochoso e o ambiente sombreado. Os peixes mais jovens ficam nas águas calmas até atingirem a maturidade, mas depois também migram para os rios mais agitados.
A principal fonte de alimento do Paulistinha na natureza consiste de pequenos vermes, crustáceos e larvas de insetos.
Aparência
O Paulistinha é também conhecido como Peixe-Zebra, pois possui cerca de cinco listras azuis horizontais, uniformes e pigmentadas nas laterais de seu corpo. Essas listras lembram bastante as marcações de uma zebra, e se estendem até o final da nadadeira caudal.
O formato do corpo do Paulistinha é fusiforme e comprimido lateralmente, com a boca voltada para cima. O macho possui o formato de um torpedo, com listras douradas entre as listras azuis; a fêmea possui a barriga esbranquiçada e maior, além de listras prateadas ao invés das douradas do do macho.
Na natureza, estes peixes podem atingir entre 1,8 e 3,7 centímetros de comprimento, mas em aquários podem chegar até os 7 centímetros. Além disso, sua expectativa de vida em cativeiro gira em torno de dois a três anos, embora em condições ideais possa ser estendida para mais de cinco anos.
Alimentação
Onívoro. Na natureza, o Paulistinha se alimenta de pequenos vermes, crustáceos e larvas de insetos.
Nos aquários, ele irá aceitar qualquer tipo de alimento que você puder fornecer, embora o alimento precise flutuar na superfície. Você pode fornecer uma ração em flocos de alta qualidade, assim como também vermes tubifex, bloodworms ou artêmias.
O Paulistinha deve comer várias vezes ao dia, mas procure alimentá-lo com uma quantidade em que ele consiga comer em até 3 minutos ou menos.
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Temperamento / Comportamento
O Paulistinha é considerado um peixe gregário e muito pacífico. Então, se você estiver pensando em criá-los, deverá manter no mínimo um grupo composto de seis peixes da espécie. Caso sejam mantidos em grupos menores, eles se tornarão agressivos uns com os outros. Além disso, ele passa a maior parte do tempo nadando na região central e superior do aquário, principalmente se houver áreas abertas ou algum tipo de correnteza.
No geral, o Paulistinha é um peixe muito fácil de cuidar e indicado para iniciantes, além de ser um ótimo companheiro para outros peixes em aquários comunitários. Além disso, esse pequeno peixinho tolera uma ampla gama de condições de água e pode ser mantido até mesmo em aquários sem termostatos.
Compatibilidade
No geral, você consegue manter o Paulistinha com inúmeros outros peixes, já que ele é considerado bastante pacífico e costuma se dar bem com a maioria deles. Procure apenas selecionar companheiros de aquário que sejam semelhantes em temperamento, ou seja, que sejam agitados e que gostem de viver em grupos.
Alguns bons companheiros de aquário para o Paulistinha incluem, por exemplo:
Dimorfismo Sexual
Diferenciar o macho e a fêmea do Paulistinha não é muito difícil, pois a fêmea costuma ser maior e menos colorida, enquanto o macho é mais esguio e magro.
As diferenças são especialmente mais visíveis quando eles estão em condições de desova, pois os machos intensificam suas cores e as fêmea se enchem de ovos e ficam mais gordinhas.
Reprodução / Acasalamento
Reproduzir o Paulistinha em aquários é um processo bastante fácil, podendo até ocorrer por acidente. Se você é um iniciante no aquarismo e está pensando em reproduzir seus peixes, pode ter certeza que o Paulistinha será a escolha certa!
Assim como muitos peixes da família dos ciprinídeos, os Paulistinhas espalham seus ovos em meio as folhas das plantas e não exibem nenhum cuidado parental.
Quando em boas condições e em aquários maduros e densamente plantados, os alevinos começarão a surgir sem nenhuma intervenção por parte do aquarista. No entanto, caso queira aumentar o rendimento e o número de peixes no aquário, você terá que seguir uma abordagem diferente.
Um grupo de peixes adultos da espécie deve ser condicionado junto, mas um ou mais recipientes menores também devem ser montados e cheios com água até a metade.
Esses ambientes devem ser mal iluminados e possuir algumas plantas de folhas finas como, por exemplo, Musgo de Java, para que os ovos possam cair entre elas. Você também deve adicionar um filtro para gerar um fluxo suave de água nesse aquário.
Veja também:
Então, quando os peixes adultos estiverem bem condicionados e as fêmeas aparecerem cheias de ovos, um ou dois pares devem ser introduzidos nesses recipientes. Sobretudo, a desova pode ser iniciada adicionando pequenas quantidades de água fria a cada poucas horas, de modo que os peixes também sejam alimentados com alimentos vivos ou congelados.
O casal deve desovar na manhã do dia seguinte. No entanto, a maneira mais fácil e rápida de saber é simplesmente olhar a fêmea. Se ela desovou, provavelmente estará com uma aparência mais magra.
Os adultos comerão todos os ovos que encontrarem pelo caminho e, por isso, você deve removê-los. A incubação depende da temperatura da água até certo ponto, mas geralmente leva entre 24- 36 horas para os filhotes nascerem. Em alguns dias, eles já estarão nadando livremente pelo aquário.
O alimento inicial dos filhotes deve ser infusórios ou rações líquidas, mas à medida que forem crescendo, você poderá mudar para náuplios de artêmias e dáfnias.
Configuração do aquário
O aquário para o Paulistinha precisa ter no mínimo 40 litros para um pequeno grupo de seis peixes.
A escolha da decoração não precisa ser especial, embora esses peixes mostrem suas melhores cores em aquários plantados e com substrato escuro. A adição de plantas flutuantes, raízes e troncos, por exemplo, ajuda a difundir um pouco a luz que entra no aquário e, com isso, os peixes se sentem mais seguros além de dar um ar mais natural ao ambiente.
Por fim, a filtragem não precisa extremamente forte, dadas suas preferências de habitat. De qualquer forma, o Paulistinha não parece se importar muito mesmo que o fluxo de água seja agitado.
Referências
FishLore. Aquarium Fish Information Disponível em: https://www.fishlore.com/freshwaterfish.htm. Acesso em 01 de abr. De 2019;
Talwar, P.K. and A.G. Jhingran, 1991. Inland fishes of India and adjacent countries. vol 1. A.A. Balkema, Rotterdam. 541 p. (Ref. 4832);
Glen S. Axelrod, Brian M. Scott, Neal Pronek, Encyclopedia Of Exotic Tropical Fishes For Freshwater Aquariums, TFH Publications, 2005;
Dr. Herbert R. Axelrod, Aquarium Fishes of the World, TFH Publications, 1998;
10 Comentários
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Boa Tarde,
Tenho um aquário de cerca de 40 l, onde tive por longo tempo alguns peixinho Molisia …
Sou bem cuidadosa mas não uma especialista etc. portanto sou cheia de boas intenções mas cometo meus erros.
Em certo momento tive problemas no aquário e quase todos morreram. Comprei novos peixinhos (sempre em pequena quantidade) e pedi pelo menos uma femea… Resultado, ou quem me vendeu não sabia o q fazia ou usou de esperteza mas o fato é que fiquei com um aquário só de machos. Comprei tb alguns paulistinhas, com a informação de que poderiam conviver bem
Em ago/2021 tivemos uma emergência familiar e tive que me mudar para a casa de minha mãe e a irmã que morava com ela, foi p outro endereço, deixando na casa um lindo neon. Foi uma mudança complicada e o meu aquário só foi para o novo endereço, bem depois.
O resultado de toda essa confusão foi que acabei ficando com apenas 01 paulistinha (meu) e 01 neon que estava num aquário que foi desativado). E o ruim foi que o neon acabou de morrer – ele já estava mais lentinho desde qdo me mudei.
Esses dois peixinhos conviveram relativamente bem por cerca de uns 5 meses. Bem verdade que o paulistinha dava umas corridas no neon.
Enfim, minha questão é, pretendo voltar a colocar alguns peixinhos em meu aquário. Tenho tal paulistinha todo animado, mas gostaria de colocar neons e talvez alguma outra espécie. Sei q é maldade mas não quero mais novos paulistinhas, pois soube recentemente q eles podem não ser muito amistosos com outras espécies como o caso de certos tipos de neon (no sei se é verdade).
Enfim, meu aquário é de plantas e cascalho e tenho uma boa filtragem, e gostaria de uma orientação qto a que tipo de peixes eu poderia compor com meu paulistinha.
Desculpe o texto loooongo. E desde já obrigada por tudo.
Lucila
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