O Peixe Borboleta Africano (Pantodon buchholzi) é um peixe de água doce único e fascinante da África. A espécie foi apresentada aos aquaristas europeus em 1905 e é o único membro de sua espécie e família.
Esses peixes são predadores e vivem em áreas com pouco movimento de água e bem plantadas. Sobretudo, eles passam a maior parte do tempo na superfície, quase imóveis, esperando uma presa desavisada cruzar seu caminho.
O Peixe Borboleta possui esse nome porque, quando visto de cima, suas barbatanas peitorais espalhadas se parecem com as asas de borboletas. As barbatanas possuem cores verdes acastanhadas juntamente com pequenas manchas escuras e, além disso, ajuda o peixe a saltar para capturar insetos que estejam acima da superfície.
Essa espécie é recomendada apenas para aquaristas que já possuam uma certa experiência no hobby, pois eles são exigentes quanto ao seu habitat e cuidados.
Ficha Técnica
Nome: Peixe Borboleta Africano
Nome Científico: Pantodon buchholzi (Peters, 1876)
Família: Pantodontidae
Origem da Espécie: África Ocidental e Central
Comprimento: Em cativeiro até 10 cm
Expectativa de Vida: Até 5 anos.
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.5 e 7.0
Dureza da água: 5 e 10 °dH
Temperatura: 23ºC a 30ºC
Características
Nível de Cuidado: Avançado;
Alimentação: Carnívoro. O Peixe Borboleta Africano se alimenta de todos os tipos de alimentos proteicos. Eles adoram, principalmente, insetos vivos.
A alimentação desse animal deve conter, por exemplo, pequenas aranhas, minhocas, peixes e camarões pequenos, artêmias, além de alimentos em flocos grandes e de alta qualidade. Esses animais também aceitam pequenos grilos como parte de sua dieta, mas como são comedores de superfície, qualquer coisa que caia no fundo do aquário será descartado por esse peixe.
Procure alimentá-los entre 1 – 2 vezes por dia.
Temperamento / Comportamento: O Peixe Borboleta Africano é um predador voraz que prefere viver sozinho, bem como caçar na superfície, onde os insetos permanecem a maior parte do tempo.
Além disso, eles são bons peixes para viver em aquários comunitários, embora possam comer peixes menores. Contudo, devido à sua agressividade, evite colocá-los com outros peixes de superfície, pois podem acabar arranjando problemas.
Compatibilidade: Em aquários grandes, eles podem até conviver com outros Peixes Borboleta, mas não é o recomendado. Tome cuidado com peixes que gostam de mordiscar barbatanas de seus companheiros, pois eles poderão deixá-los bastante estressados, já que possuem enormes tentáculos que balançam abaixo deles.
Veja também:
O Peixe Borboleta Africano se dá bem, por exemplo, com Tetras do Congo, Corydoras, Peixe Faca Palhaço, além de ciclídeos da África Ocidental que possuam tamanho médio.
Reprodução / Acasalamento: A reprodução dessa espécie em cativeiro é muito difícil. Mas, se quiser tentar, alimente um casal com uma grande variedade de alimentos vivos para induzir a desova.
Uma vez que tenham iniciado a desova, a fêmea irá colocar entre 3 – 7 ovos por vez. Os ovos irão flutuar para a superfície onde você poderá colhê-los para transferi-los para um outro aquário. Contudo, a postura continuará por algum tempo, até que a fêmea tenha colocado entre 80 – 200 ovos por dia.
A eclosão ocorre em cerca de 36 horas. Os alevinos são difíceis de criar, pois comem apenas alimentos que caem na direção de suas bocas.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 150 litros para um único exemplar dessa espécie. Além disso, o Peixe Borboleta Africano prefere aquários rasos e sombreados com uma grande área de superfície.
Essa espécie costuma ficar mais feliz quando há pouco movimento na água, além de uma iluminação mais fraca. Então, procure adicionar plantas flutuantes para ajudar a diminuir a intensidade da luz e dar cobertura natural para que eles possam exibir seu comportamento característico.
Não esqueça de adicionar uma boa tampa no aquário, já que esses peixes adoram saltar.
Referências Bibliográficas
Teugels, G.G., 1990. Pantodontidae. p. 116-118. In C. Lévêque, D. Paugy and G.G. Teugels (eds.) Faune des poissons d’eaux douces et saumâtres de l’Afrique de l’Ouest. Tome 1. Coll. Faune Trop. 28. Musée Royal de l’Afrique Centrale, Tervuren and Éditions de l’ORSTOM, Paris. 384 p. (Ref. 2921)