O Corvina (Plagioscion squamosissimus), também conhecido como Pescada Branca, é um peixe de coloração prata azulada muito apreciado na pesca esportiva e na culinária.
Abaixo, confira um guia de cuidados completo sobre o Corvina. Aprenda como alimentar esse peixe, suas características físicas e comportamentais, além de processos como a reprodução e configuração de aquário.
Ficha Técnica do Corvina
Nome: Corvina, Pescada Branca, Cruvina, Pescada-do-Piauí, Pescada, Pescada Branca do Amazonas, Taboaí, Tucano, Seleira, Uatucupá, South American Silver Croaker;
Nome Científico: Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840);
Família: Sciaenidae;
Origem da Espécie: América do Sul (Bacias dos rios Amazonas, Orinoco, Paraná, Paraguai, São Francisco e rios das Guianas);
Comprimento: Até 80 cm;
Expectativa de Vida: Até 5 anos;
Nível de Dificuldade: Difícil;
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 6.0 – 8.0;
Dureza da água: Indiferente;
Temperatura: Manter entre 22 – 28°C;
Características
Distribuição e Habitat
O Corvina possui sua distribuição geográfica nos rios Parnaíba, Negro, bem como Trombetas e Amazonas. Atualmente, a espécie vem sendo introduzida em açudes no Nordeste, assim como também no Sudeste do Brasil, mais especificamente nas bacias dos rios Paraná, Prata e São Francisco.
Encontrado em remansos, poços e reservatórios, o Corvina gosta de viver em lugares fundos e de meia água. Na verdade, esse peixe habita diversos biótopos e realiza seu ciclo biológico em água doce, bem como em ambientes de água salobra.
Sobretudo, o Corvina é uma espécie de pescada muito apreciado na culinária. Ele costuma ser criado em cativeiro na região do Nordeste do Brasil.
Aparência
O Corvina possui coloração prata azulada e uma boca oblíqua, com um número bem grande de dentes recurvados e pontiagudos. Contudo, a espécie possui dentes na faringe e a parte anterior dos arcos branquiais apresenta projeções afiadas com a margem interna denteada.
Além disso, esse peixe apresenta espinhos em suas nadadeiras, embora não possua nadadeira adiposa.
Curiosidade: O Corvina é capaz de produzir sons bem audíveis, pois utiliza músculos associados à bexiga aérea, que agem como uma câmara de ressonância.
No geral, o peixe pode atingir até 80 cm de comprimento, pesar 5 kg e viver por até 5 anos.
Alimentação
Piscívoro. O Corvina é um peixe que se alimenta de outras espécies de peixes e camarões, mas a predominância de determinado alimento varia de região para região. No entanto, na natureza, os peixes mais jovens se alimentam de larvas de crustáceos, copépodes e insetos aquáticos.
Eu recomendo que você procure replicar esse tipo de alimentação em um aquário fornecendo, por exemplo, alimentos vivos e congelados.
Temperamento / Comportamento
O Corvina possui um comportamento agressivo e altamente predatório. Por isso, você deve evitar ao máximo misturá-lo com outras espécies.
Compatibilidade
Por ser uma espécie muito agressiva e que adora se alimentar de peixes e camarões, o Corvina deve ser mantido sozinho, pois é famoso por comer animais com a metade de seu tamanho.
Dimorfismo Sexual
Não há informações relevantes sobre as diferenças entre o macho e a fêmea do Corvina.
Acasalamento / Reprodução
Ovíparo. Sabe-se que o Corvina desova durante praticamente o ano todo, mas os principais picos de desova acontecem nos meses de setembro a outubro. Além disso, não há nenhum cuidado parental.
Não há relatos de reprodução desse peixe em aquários domésticos.
Configuração do aquário
O Corvina deve ser mantido em um aquário com no mínimo 1050 litros, pois é considerado um peixe grande e bem agitado.
A decoração é indiferente para o ambiente desse peixe, embora ele aprecie grandes espaços abertos nas laterais para nadar livremente.
Referências Bibliográficas
Casatti, L., 2003. Sciaenidae (Drums or croakers). p. 599-602. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 36888);
Boujard, T., M. Pascal, F.J. Meunier and P.-Y. Le Bail, 1997. Poissons de Guyane. Guide écologique de l’Approuague et de la réserve des Nouragues. Institut National de la Recherche Agronomique, Paris, 219 p;
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