O Peixe Lápis (Nannostomus eques) é uma espécie bastante interessante, pois são calmos, tímidos e muito amigáveis, além de serem bons peixes para viver em aquários comunitários
Esses animais possuem um comportamento bastante passivo durante o dia e bem agitado à noite. Além disso, eles possuem um nado bastante engraçado, pois ficam inclinados em um ângulo de 45° o tempo todo.
Em seu habitat natural, o Peixe Lápis habita afluentes e pântanos, onde a água possui fluxo lento ou quase parado, mas com vegetação bastante densa.
De um modo geral, eles podem até ser misturados com outras espécies, mas evite outros peixes de superfície, uma vez que eles poderão competir pela mesma região do aquário.
Ficha Técnica
Nome: Peixe Lápis, Brown pencilfish, Pencilfish
Nome Científico: Nannostomus eques (Steindachner, 1876)
Família: Lebiasinidae
Origem da Espécie: América do Sul (Amazônia)
Comprimento: Até 5 cm
Expectativa de Vida: Até 5 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 5.0 – 6.0
Dureza da Água: 5° – 12° dH
Temperatura: Manter entre 23°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Iniciante;
Alimentação: Onívoro. Na natureza, o Peixe Lápis se alimenta de pequenos invertebrados e zooplâncton. Nos aquários, eles aceitam rações secas, além de pequenos alimentos vivos e congelados, por exemplo, náuplios de artêmias. No entanto, procure alimentá-los todos os dias com esses tipos de alimentos.
Temperamento / Comportamento: O Peixe Lápis costuma ser um animal bastante pacífico e passa a sua vida toda na superfície do aquário. Além disso, como são peixes que gostam de viver em grupos, procure mantê-los com no mínimo cinco exemplares da espécie.
Compatibilidade: Em aquários comunitários, é melhor manter o Peixe Lápis com caracídeos pacíficos de tamanho semelhante, assim como também pequenos bagres ou loricarídeos menores.
Eles também podem conviver com apistogrammas e outros ciclídeos anões, uma vez que habitam a região intermediária e superior do aquário e, portanto, não incomodarão outras espécies.
Reprodução / Acasalamento: Embora a reprodução dessa espécie em aquários seja rara, ainda assim, um local densamente plantado e bem estabilizado pode ser um bom ambiente para o surgimento de pequenos alevinos desses peixes.
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Caso esteja tentando reproduzi-los em larga escala, é necessário uma abordagem um pouco mais controlada. Um grupo de adultos pode ser condicionado junto, mas um ou mais potes menores devem ser preparados e preenchidos com água do aquário.
Essa espécie costuma depositar seus ovos na parte inferior de folhas de plantas, portanto, anúbias, microsorum ou echinodorus, devem ser adicionadas ao aquário.
Quando os peixes estiverem bem condicionados, selecione um par ou grupo composto por um ou dois machos e várias fêmeas e coloque-os dentro dos aquários de reprodução. Embora seja importante notar que quanto mais indivíduos envolvidos, maior a chance dos ovos serem comidos.
Uma vez que os ovos forem vistos no aquário, retire os adultos ou a própria planta e adicione-a em um outro recipiente separado.
Os primeiros alevinos devem ser vistos após cerca de 24 – 36 horas com a maioria deles nadando pelo aquário após o 5° dia.
Os alevinos, por sua vez, podem ser alimentados com rações trituradas, infusórios e rotíferos.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 40 litros para um pequeno grupo desses peixes. Além disso, deve ser bem plantado e possuir um substrato escuro. Adicione também troncos e mantenha um fluxo suave na água do aquário, pois eles não gostam de ambientes agitados.
Referências Bibliográficas
Weitzman, M. and S.H. Weitzman, 2003. Lebiasinidae (Pencil fishes). p. 241-251. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 37104)
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