O Peixe Sapo Amazônico (Thalassophryne amazonica), ao contrário de outros do gênero Thalassophryne, é a única espécie encontrada em ambientes de água doce. Todas as outras espécies são encontradas em águas salobras ou marinhas. Assim como seus parentes de água salgada, esses animais são predadores de emboscada, ou seja, ficam à espreita (na maioria das vezes enterrados na areia) aguardando uma presa desavisada passar por perto.
Nos aquários, esses animais costumam ser bastante tímidos e passam a maior parte do tempo escondidos e camuflados. Além disso, não precisam de aquários grandes, já que costumam ser bem sedentários. Mas, embora sejam animais pacíficos, ainda assim precisam de um aquário específico para a espécie, uma vez que podem atacar e predar qualquer outro peixe que ficar em seu alcance.
Ficha Técnica
Nome: Peixe Sapo Amazônico, Prehistoric Monster Fish
Nome Científico: Thalassophryne amazonica (Steindachner, 1876)
Família: Batrachoididae
Origem da Espécie: América do Sul (Bacia do Rio Amazonas e seus afluentes)
Comprimento: Até 9.3 cm
Expectativa de Vida: Até 12 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 7.5
Dureza da Água: até 15°dH
Temperatura: Manter entre 24°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Moderado/Difícil;
Alimentação: Piscívoro. Na natureza esses animais se alimentam de peixes pequenos. Algumas fontes sugerem oferecer camarões de rio como alternativa aos peixes, mas nunca o vimos aceitar nada além de peixes vivos.
Se você tiver estômago e dinheiro para isso, pode estabelecer uma colônia de ciclídeos de fácil criação, como por exemplo, o Acará do Congo. Os alevinos dessa espécie se alimentam de algas e, portanto, são presas fáceis para o Peixe Sapo Amazônico, uma vez que gostam de ficar na região inferior do aquário. Evite alimentá-los com vivíparos, por exemplo, guppies, molinesias e outros peixes que ficam na superfície.
Alimentar o Peixe Sapo Amazônico é algo bastante único, pois eles se escondem no substrato e ficam apenas com seus olhos para fora dele. Quando um peixe de tamanho adequado nada pra perto deles, ele salta pra cima com uma velocidade incrível, engolindo sua presa muito fácil. Nos aquários, talvez seja esse o único momento em que você verá esses peixes se movendo!
Temperamento / Comportamento: Por mais que possuam comportamento pacífico, esses animais não devem ficar com outras espécies dentro do aquário. Eles podem engolir presas maiores do que eles.
Compatibilidade: O Peixe Sapo Amazônico parece se dar bem com outros da mesma espécie, porém precisam de aquários bem grandes para que possam viver juntos.
Veja também:
Reprodução / Acasalamento: As fêmeas dessa espécie costumam ser um pouco maiores do que os machos quando atingem a fase adulta.
Há pelo menos um caso de desova em cativeiro, mas nenhum relato de incubação e criação de alevinos bem-sucedidos. A desova com sucesso foi descrita pela revista Practical Fishkeeping e os peixes em questão produziram ovos em duas ocasiões distintas.
Os ovos eram grandes (cerca de 7 mm de diâmetro), de cor âmbar e cada um possuía um único filamento branco pegajoso. Esse filamento ajuda os ovos a ficarem no lugar nos rios e afluentes que a espécie habita na natureza. Então, foram colocados ao longo de vários dias nesses locais, sendo alguns até mesmo enterrados na areia.
Contudo, nenhum lote de ovos provou ser fértil e, além dos que foram postos, nenhuma outra desova foi testemunhada.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 70 litros para um único exemplar da espécie. Além disso, ele deve ter uma camada de pelo menos 7,5 cm de profundidade. Procure colocar alguns troncos e plantas vivas, como Samambaias de Java e Anubias para dar ao ambiente um ar mais natural.
Esses animais não gostam de iluminação forte, portanto, adicione também plantas flutuantes para criar locais sombreados.
Lembre-se que ao contrário de outras espécies de peixes sapo, eles são animais de água doce e não precisam de adição de sal à água. Eles também foram encontrados em águas bem agitadas, então forneça uma boa aeração ao aquário.
Referências Bibliográficas
Collette, B.B., 1966. A review of the venomous toadfishes, subfamily Thalassophryninae. Copeia 1966(4):846-864. (Ref. 30721)