O Peixe Vidro de Cauda Vermelha (Prionobrama filigera) é uma espécie incrível! Eles não são os tetras mais coloridos, uma vez que é possível enxergar praticamente tudo dentro deles, exceto na região da cauda, que possui um vermelho vivo e ardente, que dá nome a esses peixes.
Esses animais são muito resistentes, mas precisam de ótimas condições de água para que possam prosperar. Além disso, o aquário deve ter uma iluminação moderada, pois eles são ariscos, e luzes muito fortes podem assustá-los e fazer com que nadem de forma desordenada, podendo bater em decorações e causar ferimentos em seus corpos.
De um modo geral, o Peixe Vidro de Cauda Vermelha tolera temperaturas até mesmo mais baixas do que outros tetras, entretanto, como são peixes tropicais, ficam mais felizes em temperaturas que variam entre 23 – 27°C. A adição de plantas vivas, assim como também de troncos e folhas irá melhorar a saúde e a segurança desses peixes dentro do aquário.
Ficha Técnica
Nome: Peixe Vidro de Cauda Vermelha, Glass Bloodfin Tetra, Glass Bloodfin
Nome Científico: Prionobrama filigera (Cope, 1870)
Família: Characidae
Origem da Espécie: América do Sul (Bacia do Rio Amazonas)
Comprimento: Até 6.0 cm
Expectativa de Vida: Entre 5 e 12 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 7.8
Dureza da Água: 4° – 18° dH
Temperatura: Manter entre 23°C – 27°C
Características
Nível de Cuidado: Iniciante;
Alimentação: Na natureza, o Peixe Vidro de Cauda Vermelha se alimenta de pequenos invertebrados retirados da superfície da água. Nos aquários, eles aceitam alimentos vivos e congelados, por exemplo, dáfnias, bloodworms e ciclopes. No entanto, a maioria deles irá aceitar prontamente rações em flocos de qualidade.
Procure variar a dieta desses peixes e eles irão recompensar com suas melhores cores.
Temperamento / Comportamento: O Peixe Vidro de Cauda Vermelha costuma nadar bem rápido, mas eles podem ser classificados como peixes pacíficos. É uma espécie gregária que deve ser mantida em cardumes com pelo menos 9 indivíduos, já que números ímpares parecem funcionar melhor com eles.
Os machos rivais às vezes podem brigar uns com os outros, por isso quanto maior o grupo, mais diluídas as tensões entre eles.
Compatibilidade: De um modo geral, esses peixes podem viver em aquários comunitários porque não costumam ligar para as outras espécies que estão dentro dele. Quando adultos, por exemplo, podem conviver com Acará-disco, Coridoras, Apistogrammas, Ramirezis e pequenos loricarídeos, além de outros peixes da família Characidae.
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Reprodução / Acasalamento: O Peixe Vidro de Cauda Vermelha não é um caracídeo difícil de criar, embora você precise montar um aquário separado para salvar o maior número de alevinos possíveis. Um aquário com 35 litros já está de bom tamanho, mas deve ser mal iluminado e conter plantas de folhas finas, como musgo de java, para que os peixes possam depositar os ovos.
A desova pode ocorrer em grupos, com meia dúzia de espécimes de cada sexo, ou em pares. No caso dos grupos, por exemplo, condicione todos os peixes com alimentos vivos e a desova não deve apresentar muitos problemas para acontecer.
Agora, se for criar em pares, você deve condicionar grupos de machos e fêmeas em aquários separados. Então, quando elas estiverem visivelmente cheias de ovos e os machos exibindo suas melhores cores, você pode juntá-los no mesmo aquário. Por fim, a desova deve ocorrer na manhã seguinte.
Em qualquer situação, os adultos irão comer os ovos se tiverem oportunidade e devem ser removidos assim que eles forem colocados. Como resultado, os alevinos eclodirão entre 13 – 36 horas (dependendo da temperatura), e estarão nadando pelo aquário em até 3 dias.
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Contudo, alimente os alevinos com infusórios e rações específicas para eles nos primeiros dias, até que fiquem grandes o suficiente para aceitarem microvermes ou náuplios de artêmias.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 70 litros para um grupo de 9 peixes dessa espécie. Além disso, eles costumam ser bastante ativos, mas gostam de ficar na parte superior do aquário.
Procure criar um ambiente com uma iluminação moderada, adicionando plantas de todos os tipos, incluindo as flutuantes, para diminuir a incidência de luz no aquário, por exemplo.
Por fim, adicionar troncos e raízes, além de folhas de amendoeira, pode resultar em uma configuração com aparência mais próxima daquela em que eles estão acostumados na natureza.
Referências Bibliográficas
Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 38376)