O peixe Rasbora Anã (Boraras maculatus) é um dos menores membros da família Cyprinidae, já que podem chegar aos 2,5 centímetros de comprimento apenas.
Esses lindos peixes não são apenas coloridos, mas também amigáveis e muito pacíficos. Ter vários da mesma espécie em um aquário é essencial para que vivam bem, por isso precisam viver em grupos com no mínimo 8 exemplares. Devido ao seu tamanho, a escolha de companheiros de aquário deve ser feito com muito cuidado, pois eles podem ser intimidados com muita facilidade por peixes maiores e mais ativos.
Além disso, o Rasbora Anã é muito sensível ao ambiente, por isso são indicados para aquaristas com alguma experiência no hobby. Para que possam prosperar, precisam de boas condições de água e, o mais importante, de muita estabilidade na qualidade dela.
Procure adicionar muitas plantas ao aquário do peixe Rasbora Anã, de preferência as plantas flutuantes, pois isso ajuda a deixar a luz mais fraca, fazendo com que o peixe desenvolva um comportamento mais natural.
Ficha Técnica
Nome: Rasbora Anã, Dwarf Rasbora
Nome Científico: Boraras maculatus (Duncker, 1904)
Família: Cyprinidae
Origem da Espécie: Sudeste da Ásia na Península Malaia no sul da Tailândia, Sumatra oriental, Cingapura e na ilha de Bintan na província das Ilhas Riau, Indonésia.
Comprimento: Até 2.5 cm
Expectativa de Vida: Até 5 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 5.0 – 6.0
Dureza da Água: 5° – 12° dH
Temperatura: Manter entre 24°C – 26°C
Características
Nível de Cuidado: Moderado;
Alimentação: O Rasbora Anã é onívoro. Na natureza, por exemplo, esses animais se alimentam de pequenos insetos, vermes e zooplâncton. Nos aquários, eles precisam de uma dieta variada.
Rações em flocos ou tabletes que realçam as cores beneficiam muito esses peixes. Alguns dos ingredientes para procurar em alimentos comerciais são aqueles que contêm espirulina e carotenóides.
O Rasbora Anã pode se alimentar de alimentos vivos, como dáfnias ou artêmias. Além disso, eles ficam mais saudáveis quando recebem comida várias vezes ao dia. No entanto, procure fornecer uma quantidade de ração em que eles possam comer por no máximo 3 minutos.
Caso prefira alimentá-los uma única vez ao dia, forneça uma quantidade em que eles possam comer por até 5 minutos.
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Temperamento / Comportamento: Essa espécie é indicada para aqueles que já tem uma certa experiência no aquarismo, pois esses peixes são sensíveis ao ambiente e quaisquer mudanças repentinas na qualidade da água os enfraquecerão com muita rapidez. Eles são peixes pacíficos e bastante tímidos.
O Rasbora Anã costuma viver em grupos, portanto, o aquário precisa ter no mínimo 8 exemplares para que possam se sentir confortáveis. Por mais que sejam considerados peixes comunitários, podem se estressar muito fácil se forem mantidos com peixes maiores e que possam enxergá-los como uma refeição.
O ideal, é que eles tenham um aquário próprio, sem quaisquer companheiros.
Compatibilidade: O companheiro de aquário para o Rasbora Anã precisa ter o mesmo tamanho e personalidade e, acima de tudo, não deve ser muito ativo.
Eles podem conviver com outras espécies de ciprinídeos, como o Rasbora Mosquito e outros do gênero Trigonostigma.
Evite colocá-los com paulistinhas, pois geralmente são muito ativos. Pequenos bagres, como a coridora anã e o limpa vidro são excelentes companheiros para o peixe Rasbora Anã.
Reprodução / Acasalamento: Essa espécie é bem difícil de reproduzir em aquários. No entanto, se forem mantidos em um aquário bem estabilizado e densamente plantado, alguns alevinos podem começar a aparecer.
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Assim como outros ciprinídeos, eles dispersam os ovos em águas abertas e não exibem nenhum cuidado parental. Em uma desova controlada, 2 ou 3 casais precisam ser bem condicionados com alimentos vivos várias vezes ao dia, geralmente por cerca de 4 semanas. Quando bem alimentadas, as fêmeas maduras começam a ficar cheias de ovos.
Crie um aquário de reprodução mal iluminado com um baixo nível de água de cerca de 15 cm. A água deve ser muito macia e ter uma dureza de 2 a 3° dGH, ligeiramente ácida com um pH de 5.8 a 6.3, e uma temperatura próxima ao limite superior do aquário principal.
A filtragem não é realmente necessária, mas você pode adicionar um pequeno filtro de esponja. O aquário deve ser densamente plantado com plantas de folhas finas, como a cabomba. Em relação ao substrato, procure colocar um pequeno tapete de plástico, daqueles parecidos com “grama”, pois ajuda a salvar os ovos.
Adicione dois ou três pares no aquário de reprodução. Os pais geralmente precisam se ajustar ao aquário por uma ou duas semanas antes que algo aconteça. Os machos dominantes formarão territórios durante a desova e, ela deve ocorrer nas primeiras horas da manhã e os ovos cairão por entre as plantas. Embora não sejam muito produtivos, eles são reprodutores contínuos.
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Os pais depositarão alguns ovos por vez até que haja cerca de 50 ovos depositados ao todo. Além disso, os pais devem ser alimentados constantemente durante a desova e depois removidos do aquário.
Os ovos eclodirão entre 24 – 36 horas e os alevinos serão muito pequenos Logo após o nascimento, eles irão se alimentar do saco vitelino por cerca de 24 horas e depois nadarão livremente pelo aquário. Procure alimentá-los com rações próprias para alevinos, como infusórios ou qualquer outro tipo de alimento líquido específico para eles.
Tamanho do aquário: O peixe Rasbora Anã costuma nadar por todas as regiões do aquário. Por serem muito pequenos, eles precisam viver em grupos e precisam de um aquário com no mínimo 20 litros. No entanto, nós sabemos que aquários pequenos são muito mais instáveis para se manter a qualidade da água do que os aquários grandes.
Por conta disso, procure fornecer um aquário com no mínimo 40 litros para um pequeno grupo de 10 exemplares da espécie.
Decore-o com um substrato escuro, muitas plantas de caule e, devido ao fato deles gostarem de ambientes com pouca luz, adicione também plantas flutuantes. Em relação a filtragem, o fluxo de água pode ser moderado.
Referências Bibliográficas
Kottelat, M., A.J. Whitten, S.N. Kartikasari and S. Wirjoatmodjo, 1993. Freshwater fishes of Western Indonesia and Sulawesi. Periplus Editions, Hong Kong. 221 p. (Ref. 7050)