O Rasbora Fogo (Rasbora vaterifloris) é um pequeno peixe endêmico do sudoeste do Sri Lanka, onde fica restrito à bacia do Rio Kalu. A espécie habita córregos, lagos e rios de águas rasas e fluxo lento. Esses habitats possuem substratos de areia ou lodo, coberto com galhos, folhas e sombreado por grandes árvores da região.
Infelizmente, há pouquíssima cobertura florestal no Sri Lanka devido às atividades humanos, o que resultou na forte degradação do habitat e da qualidade da água. Isso significa que inúmeras espécies de peixes nativos são agora consideradas em risco de extinção.
O Rasbora Fogo possui corpo em formato oval e varia de cor dependendo da localidade, mas na maioria das vezes possui coloração laranja com barbatanas avermelhadas.
Continue lendo para conhecer um pouco mais sobre essa espécie.
Ficha Técnica
Nome: Rasbora Fogo, Fire Rasbora, Pearly Rasbora
Nome Científico: Rasbora vaterifloris (Deraniyagala, 1930)
Família: Cyprinidae
Origem da Espécie: Ásia (restrito à bacia de Kalu, Sri Lanka);
Comprimento: Até 4 cm;
Expectativa de Vida: Entre 3 – 5 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 0.0
Dureza da Água: 2° – 5° dH
Temperatura: Manter entre 25°C – 29°C
Características
Alimentação
Onívoro. O Rasbora Fogo não é muito exigente em relação à alimentação, e a maioria irá aceitar rações em flocos de alta qualidade.
Mesmo que você utilize alimentos em flocos como base para a sua dieta, você deve variar um pouco a sua alimentação. Procure adicionar alimentos vivos como, por exemplo, artêmias, dáfnias ou bloodworms. Variando um pouco a dieta, esses peixes desenvolvem suas melhores cores e também conseguem se reproduzir com mais facilidade.
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Temperamento / Comportamento
O Rasbora Fogo é um peixe bastante pacífico, mas se você quiser obter um comportamento mais natural para a espécie, o recomendado é adicionar um grupo de oito ou mais indivíduos.
Mantê-los em grupos lhes dará sensação de segurança e os ajudará a lidar com companheiros de aquário mais agressivos.
O Rasbora Fogo gosta de nadar na região do meio e superior do aquário.
Compatibilidade
Não recomendo essa espécie para aquários comunitários, pois ela possui uma natureza retraída e pode ser intimidada ou superada na hora de alimentar por peixes maiores e mais rápidos.
Caso você queira adicioná-los com outros peixes, recomendo que coloque-os com pequenos ciprinídeos, algumas espécies de Puntius, assim como também peixes do gênero Pangio.
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Reprodução / Acasalamento
Distinguir o macho da fêmea é bastante fácil, pois o macho costuma ser menor, mais magro e com cores mais realçadas, especialmente quando estão na época de reprodução.
O Rasbora Fogo costuma dispersar seus ovos em meio as folhas do aquário e não possui nenhum cuidado parental. Quando estão em aquários com boas condições, eles podem desovar sem nenhuma intervenção do aquarista.
No entanto, se você deseja aumentar um pouco o rendimento, é necessário uma abordagem mais controlada.
Monte um aquário de reprodução com muitas plantas de folhas finas como, por exemplo, musgo de java. Esse tipo de planta dará a cobertura e segurança necessária para que eles possam depositar seus ovos. A filtragem desse aquário deve ser suave para não incomodar os peixes e não sugar os ovos ou alevinos.
Nesse aquário, você pode adicionar um grupo de cinco ou seis casais adultos. Os ovos são depositados em pequenos lotes com cerca de 20 deles. Os alevinos podem ser criados no mesmo aquário, mas os pais devem ser removidos.
Por fim, a incubação vai depender da temperatura do aquário, mas geralmente leva cerca de 24 – 48 horas para os filhotes nascerem, e eles estarão nadando pelo aquário em cerca de 3 – 5 dias.
Alimente os filhotes com infusórios até que fiquem grandes o suficiente para aceitarem náuplios de artêmias ou microvermes. Esses peixes crescem bem devagar e levam vários meses para atingir a maturidade.
Configuração do aquário
O aquário deve ter no mínimo 75 litros para um pequeno grupo de oito peixes da espécie.
Além disso, o ambiente deve conter muitas plantas, troncos e raízes para criar esconderijos. O fluxo de água deve ser moderado, quente e o substrato deve ser escuro e a iluminação suave.
Referências Bibliográficas
Pethiyagoda, R., 1991. Freshwater fishes of Sri Lanka. The Wildlife Heritage Trust of Sri Lanka, Colombo. 362 p. (Ref. 6028)
