O Rasbora Tesourinha (Rasbora trilineata) é um peixe bastante elegante, pacífico e dono de algumas características aerodinâmicas bem legais.
Esses animais possuem caudas bifurcadas (barbatana caudal) que têm marcas pretas e brancas semelhantes à barbatana dorsal do Tetra Pristella. No entanto, a cauda bifurcada lhes dá um estilo de nado único, que é a razão para o nome. Afinal, sua cauda abre e fecha como o movimento de uma tesoura.
Caso esteja procurando um peixe comunitário agradável, fácil de cuidar e que goste de ficar na região superior do aquário, este carinha pode ser o peixe ideal pra você. Além disso, o Rasbora Tesourinha costuma ser bastante ativo e não deve incomodar seus companheiros de aquário.
Por fim, eles também costumam aceitar uma variedade enorme de alimentos, desde rações industrializadas, alimentos vivos, assim como também congelados.
Ficha Técnica
Nome: Rasbora Tesourinha, Three-lined rasbora, Scissorfish
Nome Científico: Rasbora trilineata (Steindachner, 1870)
Família: Cyprinidae
Origem da Espécie: Ásia: Bacias do Rio Mekong e Chao Phraya; Península Malaia, Sumatra, bem como Bornéu.
Comprimento: Até 13 cm
Expectativa de Vida: 5 anos ou mais
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0
Dureza da Água: Entre 5° – 12° dH
Temperatura: Devem ser mantidos entre 23°C – 25°C
Características
Nível de Cuidado: Fácil.
Alimentação: Onívoro. O Rasbora Tesourinha irá aceitar todo tipo de alimento em flocos, liofilizado e vivo.
Na natureza, eles se alimentam de insetos, mas nos aquários você deve fornecer uma dieta balanceada com uma boa ração em flocos e alimentos vivos, por exemplo, dáfnias, artêmias e bloodworms.
Temperamento / Comportamento: O Tesourinha é um peixe bastante pacífico e vai se dar bem em aquários comunitários.
No entanto, preferem viver em grupos de pelo menos 6 indivíduos da mesma espécie.
Compatibilidade: De um modo geral, eles podem conviver muito bem com tetras, outros rasboras e peixes de fundo, por exemplo, coridoras.
Reprodução / Acasalamento: A reprodução dessa espécie não costuma ser difícil, mas o ideal é que você tenha um aquário separado para tal.
Encha esse aquário até a metade dele com água ácida (6.0 – 6.5), assim como também mantenha a temperatura por volta de 25 – 28° graus Celsius. Além disso, a iluminação desse aquário deve ser mínima e você pode utilizar um filtro interno de espuma.
Veja também:
Condicione os adultos com alimentos vivos para incentivar a desova. Quando a fêmea estiver cheia de ovos, coloque alguns pares no aquário de criação.
Para induzi-la a desovar, adicione um pouco de água mais fria e mole várias vezes ao longo do dia e continue dando alimentos vivos ou congelados, até que a desova ocorra.
O casal deixará vários ovos adesivos no aquário. Uma vez que os ovos tenham sido postos, você deve remover os pais do aquário, pois podem comê-los.
Lembre-se que os ovos também são sensíveis à luz e aos fungos, por isso a iluminação deve ser mínima e o aquário deve ser bem cuidado. Recomenda-se, por exemplo, trocas parciais de água e o uso de antifúngico na água como medida preventiva.
Após aproximadamente 24 horas, os ovos irão eclodir. No entanto, no início da vida, os alevinos irão se alimentar do saco vitelino. Contudo, depois de dois dias, eles irão começar a nadar livremente e podem se alimentar de náuplios de artêmias.
Tamanho do aquário: O aquário necessita ter no mínimo 75 litros para um pequeno grupo de 6 peixes da espécie.
Embora não sejam peixes muito exigentes em relação a decoração, o cenário mais natural seria incluir plantas como musgo de java, troncos e rochas de vários tamanhos para imitar seu habitat natural.
A iluminação moderada recriará o ambiente perfeito, mas lembre-se que eles também podem se adaptar aos diferentes tipos de iluminação do aquário.
Referências Bibliográficas
FishLore. Aquarium Fish Information Disponível em: https://www.fishlore.com/freshwaterfish.htm. Acesso em 03 de abr. De 2019.
Roberts, T.R., 1989. The freshwater fishes of Western Borneo (Kalimantan Barat, Indonesia). Mem. Calif. Acad. Sci. 14:210 p. (Ref. 2091)