O Red Terror (Mesoheros festae) é um peixe com cores vibrantes, que fica relativamente grande e que possui um comportamento bastante territorial.
Na natureza, esses animais habitam águas localizadas no oeste da América do Sul, desde o rio Esmeraldas (Equador) até a bacia do rio Tumbes (Peru). Além disso, eles também podem ser vistos como espécie invasora nas águas de Cingapura.
O Red Terror gosta de ambientes com forte fluxo de água e costuma nadar na região intermediária dos rios mais próximo do fundo, onde fica escondido em fendas sob galhos de árvores pendurados acima da água.
A fêmea da espécie possui coloração vermelha com fileiras de listas pretas verticais e pequenas manchas azuis cintilantes. O macho, no entanto, possui corpo verde com tons de turquesa, barbatanas laranjas e manchas azuis na cauda.
No geral, o Red Terror é um peixe indicado para aquaristas experientes, já que é uma espécie muito agressiva e necessita de aquários grandes para viver saudável.
Então, continue lendo o artigo para conhecer um pouco mais sobre essa espécie.
Ficha Técnica
Nome: Red Terror, Guayas Cichlid, Festae Cichlid, Red Festae, Mayan Red Terror, Harlequim Cichlid;
Nome Científico: Mesoheros festae (Boulenger, 1899);
Família: Cichlidae;
Origem da Espécie: América do Sul (Rio Esmeraldas no Equador até o Rio Tumbes no Peru);
Comprimento: Até 25 cm;
Expectativa de Vida: 15 anos ou mais;
Nível de dificuldade: Difícil;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.5 – 7.5;
Dureza da Água: 4° – 18° dH;
Temperatura: Manter entre 22°C – 30°C;
Características
Alimentação
Onívoro. O Red Terror é um predador e é por isso que alimentos vivos e peixes são essenciais em sua dieta. Na natureza, ele se alimenta de crustáceos, mexilhões e pequenos peixes.
Em um aquário, você deve alimentá-lo com rações de alta qualidade e enriquecidas com proteínas e, adicionalmente, fornecer alimentos vivos e congelados.
Além disso, você pode alimentá-lo com crustáceos ou peixes vivos, por exemplo, guppy, para estimular seu instinto de caça. No entanto, lembre-se de que usar esse tipo de alimento existe o risco de infectar o aquário, por isso, é fundamental alimentar esse peixe com espécies que passaram por um período de quarentena ou que sejam seguras.
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Temperamento / Comportamento
O Red Terror é considerado um peixe bastante territorial. Assim como outras inúmeras espécies de ciclídeos, eles adoram revirar o substrato e decorações do aquário para criar seu próprio ambiente.
Sobretudo, devido ao seu comportamento agressivo, o ideal é que você mantenha apenas um único macho ou fêmea no aquário.
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Compatibilidade
O nome Red Terror (Terror Vermelho) não é por acaso. Esse peixe é conhecido por agredir diversas outras espécies e, por isso, pode ser difícil adicioná-lo em aquários comunitários.
Você conseguirá mantê-lo apenas com outros peixes resistentes e fortes que possuam tamanho e temperamento semelhante. Portanto, quaisquer outros peixes que você tentar colocar que não tenham essas características, pode ter certeza que serão comidos.
Em aquários grandes você pode manter essa espécie, por exemplo, com Flowerhorn, Oscar, Green Terror ou com espécies completamente diferentes como, Cascudos e aruanãs.
Reprodução / Acasalamento
As fêmeas do Red Terror são mais coloridas e têm um comportamento ainda mais agressivo. Os machos costumam ser maiores e, à medida que crescem, sua coloração desaparece. Além disso, quando atingem os três anos de idade, os machos desenvolvem uma grande corcova na testa.
Para a reprodução, devemos mencionar que os peixes formam casais à medida que envelhecem quando mantidos em grandes grupos. Contudo, os futuros parceiros escolhem uns aos outros e só eles sabem como, depois disso mantêm o relacionamento por muito tempo.
A possibilidade de formar um casal apenas juntando um macho e uma fêmea é quase zero. A única coisa que você vai obter ao fazer isso é a morte de um dos peixes, porque um deles atacará constantemente o outro.
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Ao contrário de outras espécies agressivas, a fêmea é muito mais agressiva do que o macho. Pode vencê-lo antes que ela comece a desovar com ele. Além disso, a fêmea tende a ser a primeira a testar a força do macho. Eles entrelaçam suas mandíbulas e tentam ver quem é mais forte. Se a fêmea for mais forte do que o macho, por exemplo, você terá que substituir um dos parceiros. Por isso, é fundamental que o macho seja o mais forte!
Você pode desencadear o processo de desova aumentando a temperatura da água para 26 – 28°C, reduzindo a dureza para 10° e deixando o pH em 7.0.
A fêmea colocará os ovos em uma rocha que será limpa pelo macho. No geral, ela coloca entre 100 e 1000 ovos. No entanto, você precisa ter em mente que o número de ovos depende em grande parte das condições e maturidade do aquário.
Os ovos irão eclodir em cerca de 3 – 4 dias. Os peixes adultos irão deixar os filhotes em pequenos buracos no substrato e, em cerca de 4 – 5 dias, os alevinos começarão a nadar e se alimentar. Contudo, durante os primeiros dias, eles irão se alimentar do lodo produzido pelas glândulas úmidas do macho e da fêmea.
Se o casal foi formado quando ainda era jovem, os filhotes podem ficar com eles por até duas semanas após a eclosão.
Por fim, os filhotes podem ser alimentados com náuplios de artêmias. Quando atingirem 2 meses de idade, os parâmetros de água no aquário devem ser alterados lentamente para que sejam adequados para a criação de peixes adultos.
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Configuração do aquário
O aquário deve ter no mínimo 500 litros para no máximo um casal dessa espécie.
O Red Terror adora revirar o substrato e as decorações do aquário. Este processo de cavar o tempo todo pode trazer alguns problemas, portanto, certifique-se de adicionar rochas grandes e criar cavernas para que eles se sintam mais seguros.
Esses ciclídeos são originários de águas agitadas e por isso são sensíveis à presença de resíduos orgânicos acumulados; além disso, eles também produzem bastante resíduo devido à sua dieta proteica.
Para manter a água com boa qualidade, por exemplo, você precisará colocar um filtro potente com filtragem biológica eficiente e, todas as semanas, trocar cerca de 20 – 30% do volume do aquário para retirar o excesso de matéria orgânica em decomposição.
Referências Bibliográficas
Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 36377)