O Tetra Azul (Mimagoniates microlepis) é um pequeno peixe de água doce encontrado em riachos de águas cristalinas no norte do Rio Grande do Sul até o sul da Bahia.
Esses peixes podem atingir até seis centímetros de comprimento e apresentam uma coloração bastante azulada. No entanto, são animais bastante difíceis de serem encontrados e possuem alguns requisitos que os tornam uma espécie recomendada apenas para aquaristas experientes.
No geral, o Tetra Azul é considerado um peixe pacífico e poderá conviver com outras espécies em aquários comunitários, mas o aquarista precisa ficar atento aos seus companheiros de aquário, pois devem ser pequenos e igualmente pacíficos.
Esse peixe não deve ser confundido com o Knodus borki, uma outra espécie também conhecida como “Tetra Azul”.
Então, caso queira conhecer um pouco mais sobre esses peixes, continue lendo esse artigo!
Ficha Técnica
Nome: Tetra Azul, Blue Tetra
Nome Científico: Mimagoniates microlepis (Steindachner, 1877)
Família: Characidae
Origem da Espécie: América do Sul. Encontrado em riachos de águas cristalinas no sul da Bahia até o norte do Rio Grande do Sul, assim como também algumas áreas do alto do rio Iguaçu.
Comprimento: Até 6.1 cm
Expectativa de Vida: Entre 5 – 8 anos
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 5.5 – 6.5
Dureza da Água: 3° – 6° dH
Temperatura: Manter entre 18°C – 23°C
Características
Alimentação
Insetívoro. O Tetra Azul se alimenta basicamente de insetos terrestres. No entanto, nos aquários eles costumam aceitar qualquer tipo de alimento que você possa fornecer.
Para mantê-los saudáveis e com suas cores realçadas, ofereça rações de alta qualidade junto de alimentos vivos e congelados, por exemplo, bloodworms, dáfnias e artêmias.
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Temperamento / Comportamento
O Tetra Azul é uma espécie de cardume e deve ser mantida em grupos com no mínimo dez exemplares. Assim como a maioria dos tetras, se forem mantidos dessa forma se sentirão mais seguros e suas cores ficarão mais realçadas.
Em relação ao comportamento, eles não costumam incomodar outros peixes e são bem pacíficos, embora você deva tomar cuidado com seus companheiros de aquário.
Compatibilidade
Devido ao seu tamanho, você deve evitar colocar o Tetra Azul com outros peixes agitados ou muito maiores do que eles. O ideal é mantê-los com outras espécies da América do Sul, como Hemigrammus, Hyphessobrycon, Apistogramma e outros ciclídeos pequenos. assim como também coridoras e loricarídeos.
Evite colocá-los, por exemplo, com Discos ou outras espécies que requerem temperaturas mais altas. Na natureza, o Tetra Azul ocorre simpatricamente com o Scleromystax barbatus e inúmeras outras espécies de caracídeos, portanto, manter um biótopo para esses peixes é o cenário ideal para mantê-los saudáveis.
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Reprodução / Acasalamento
O Tetra Azul pode ser criado de forma semelhante a muitos outros caracídeos. Por isso, você precisará de um aquário mal iluminado e muitas plantas de folhas finas, como musgo de java, para dar aos peixes um local para depositar seus ovos.
A água deve ser mole e ácida, com uma temperatura que fique na faixa dos 18°C – 23°C. Por fim, adicione um pequeno filtro de esponja para criar um fluxo suave de água.
Você pode adicionar meia dúzia de espécimes de cada sexo para procriá-los. Sobretudo, condicionando-os com muitos alimentos vivos a desova deve ocorrer de forma natural.
Em todo caso, os adultos comerão os filhotes se tiverem oportunidade, e devem ser removidos do aquário assim que os ovos forem vistos. Contudo, a eclosão dos ovos ocorre em 48 – 72 horas, com os alevinos nadando pelo aquário alguns dias depois.
Alimente-os com infusórios até que fiquem grandes o suficiente para aceitarem, por exemplo, microvermes ou náuplios de artêmias.
Configuração do aquário
O aquário precisa ter no mínimo 70 litros para um grupo com dez peixes da espécie. O Tetra Azul gosta de viver em ambientes densamente plantados, de preferência com substratos escuros, portanto, adicione áreas com muitas plantas, juntamente com ambientes abertos para que eles possam nadar livremente.
Além disso, adicione troncos e raízes para criar um ambiente mais natural para os peixes. Para criar um biótopo para essa espécie, você deve montar um aquário com um bom fluxo de água e adicionar muitas pedras lisas, assim como também troncos e raízes para criar o efeito desejado.
Referências Bibliográficas
Burns, J.R., S.H. Weitzman, K.R. Lange and L.R. Malabarba, 1998. Sperm ultrastructure in Characid fishes (Teleostei: Ostariophysi). p. 235-244. In L.R. Malabarba, R.E. Reis, R.P. Vari, Z.M.S. Lucena and C.A.S. Lucena (eds.) Phylogeny and classification of neotropical fishes. Porto Alegre: EDIPUCRS. (Ref. 34096)
