O Tetra Cobre (Hasemania nana) é um peixe muito lindo, ativo e bastante resistente que aceita uma ampla gama de parâmetros de água, além de ser ideal para aquaristas iniciantes.
Algumas pessoas acham esse peixe um pouco agressivo em comparação aos outros tetras, porém eles vivem bem tranquilos em aquários com no mínimo cinco da mesma espécie. No entanto, eles incomodam alguns peixes que possuem nadadeiras longas.
A espécie é originária da América do Sul, mais especificamente da Bacia do Rio São Francisco, Minas Gerais, Brasil. Além disso, uma coisa que também difere esses peixes de outros do seu gênero, é que eles podem viver tanto em água salobra quanto em água doce.
Ficha Técnica
Nome: Tetra Cobre, Silvertip Tetra, Copper Tetra, Tipped Tetra
Nome Científico: Hasemania nana (Lütken, 1875)
Família: Characidae
Origem da Espécie: América do Sul (Bacia do Rio São Francisco, Minas Gerais, Brasil)
Comprimento: Até 2.7 cm
Expectativa de Vida: Entre 5 – 8 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0
Dureza da Água: 5° – 19° dH
Temperatura: Manter entre 22°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Iniciante;
Alimentação: Onívoro. Na natureza, por exemplo, o Tetra Cobre se alimenta de pequenos insetos, vermes, algas, restos de plantas, ovos de outros peixes e qualquer outra coisa que caiba em sua boca.
Alimentá-los é bastante fácil, pois aceitarão qualquer coisa que você oferecer, como rações em flocos e alimentos granulados. No entanto, procure equilibrar a dieta deles com alimentos vivos e congelados, como dáfnias, bloodworms e artêmias.
Temperamento / Comportamento: O Tetra Cobre é um peixe de cardume bastante pacífico, e prefere viver em grupos com no mínimo 5 exemplares.
Por mais que sejam peixes pacíficos, procure evitar deixá-los com outros peixes de nadadeiras longas, pois eles podem mordiscá-las. Mas mantê-los em grupos ajuda a reduzir a agressão entre eles.
Compatibilidade: Como o Tetra Cobre é bastante pacífico, ele adora conviver com outros peixes de cardume que possuem o mesmo tipo de comportamento.
Sobre seus companheiros de aquário, qualquer peixe pequeno pode compartilhar o mesmo ambiente que eles, por exemplo, danios, tetras, rasboras, além de coridoras e loricarídeos menores.
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Reprodução / Acasalamento: É bastante fácil reproduzir o Tetra Cobre, embora você precise de um aquário separado para salvar o maior número de alevinos.
O aquário deve ser mal iluminado e possuir várias plantas de folhas finas, como musgo de java, para dar aos peixes um lugar seguro para depositar os ovos adesivos. Contudo, a reprodução pode ser feita com meia dúzia de machos e fêmeas bem condicionados com alimentos vivos e congelados.
A desova também pode ser gerada em pares. No entanto, sob esta técnica, os peixes são criados em aquários separados em grupos de machos e fêmeas com o mesmo tipo de dieta. Sobretudo, quando as fêmeas estiverem cheias de ovos e os machos exibindo suas melhores cores, selecione a fêmea mais gorda e o macho com a melhor cor e transfira-os para o aquário de desova. A desova ocorre na manhã seguinte.
Em qualquer situação, os adultos comerão os ovos caso tenham a oportunidade, então, remova-os assim que eles forem colocados.
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A eclosão ocorre entre 24 – 36 horas, com os alevinos nadando livremente em 3 – 4 dias depois. Eles devem ser alimentados com infusórios e náuplios de artêmias. Além disso, como os ovos e os alevinos são sensíveis à luz nos primeiros estágios de vida, procure deixar o aquário mal iluminado.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 70 litros para um pequeno grupo de 5 peixes da espécie. Adicione uma areia como substrato para simular seu habitat natural, além de ser mais barato.
Na natureza, por exemplo, esses animais vivem em riachos com muitas plantas e pedras. Então, caso queira decorar o aquário, adicione muitas plantas, rochas, raízes e troncos para compor o ambiente.
Referências Bibliográficas
Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 38376)