O Tetra do Congo (Phenacogrammus interruptus) é um peixe tímido, mas incrivelmente belo. Em lojas de aquarismo, não costumam se destacar devido ao fato de ainda não terem atingido sua fase adulta, quando ficam muito mais coloridos. Ao atingirem essa fase, por exemplo, esses animais ficam com as cores de um arco-íris no corpo e em suas barbatanas dorsal, anal e caudal.
Essa espécie costuma viver em cardumes e é bem pacífica, mas pode se tornar violenta caso não fique em grupos no aquário. Então, se quiser criá-los, procure colocar no mínimo 6 exemplares juntos.
O Tetra do Congo geralmente é criado por aquaristas que já possuem uma certa experiência no hobby. A qualidade da água deve ser prioridade na criação desses peixes, uma vez que podem perder suas cores, se não estiverem em um ambiente apropriado.
Em relação ao ambiente, eles preferem locais pouco iluminados, ou seja, a adição de plantas flutuantes é sempre bem vinda na criação do Tetra do Congo. No entanto, eles podem mordiscar plantas com folhas mais finas e em crescimento.
Ficha Técnica
Nome: Tetra do Congo
Nome Científico: Phenacogrammus interruptus (Boulenger, 1899)
Família: Alestidae
Origem da Espécie: África (Bacia do Congo)
Comprimento: Até 8 cm
Expectativa de Vida: Até 5 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0
Dureza da Água: 5° – 19° dH
Temperatura: Manter entre 23°C – 26°C
Características
Nível de Cuidado: Moderado;
Alimentação: Onívoro. Na natureza, esses peixes se alimentam de insetos, mas também comem pequenos vermes, crustáceos, matéria vegetal, algas e zooplâncton.
Nos aquários, o Tetra do Congo geralmente aceita todos os tipos de alimentos vivos, frescos e em flocos. Para manter um bom equilíbrio em sua dieta, forneça uma ração em flocos de alta qualidade todos os dias, além de artêmias (vivas ou congeladas) e bloodworms regularmente.
Alimente-os várias vezes ao dia e apenas o que puderem comer em 3 minutos ou menos em cada refeição.
Temperamento / Comportamento: O Tetra do Congo é um peixe moderadamente resistente, mas devido aos seus requisitos de cuidado, são ideais para aquaristas com alguma experiência no hobby.
Em relação ao comportamento, costumam ser bastante tímidos e devem ser mantidos em grupos com no mínimo 6 exemplares. Além disso, eles se assustam muito facilmente, por isso precisam estar sempre em grupos para se sentirem confortáveis e prosperarem.
Mantê-los em um aquário com no mínimo 20 exemplares é o ideal, mas com grupos menores, procure manter uma mistura de 2 ou 3 fêmeas para cada macho, ou mantenha apenas machos.
Essa espécie adora nadar em todas as áreas do aquário.
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Compatibilidade: O Tetra do Congo costuma viver bem em aquários comunitários, mas podem tentar mordiscar peixes menores. Então, os melhores companheiros de aquário para eles são outros tetras, peixes arco-íris, coridoras e ciclídeos anões pacíficos, além de rásboras e barbos.
Reprodução / Acasalamento: Reproduzir o Tetra do Congo em um aquário doméstico pode ser um grande desafio, pois sua desova é sazonal e conseguir um casal pode ser bem trabalhoso.
No entanto, para reproduzi-los, monte um aquário grande com no mínimo 80 litros e com uma iluminação bem forte. A água deve ser mole e ácida com um pH de 6.5 à 6.8 e dureza em torno de 1 e 3° dH, além de uma temperatura que fique entre 25 – 28°C.
Adicione musgo de java ou qualquer tipo de grama artificial para que as fêmeas possam depositar os ovos. Coloque também um filtro com um movimentação suave e boa oxigenação.
O Tetra do Congo pode se reproduzir em casais ou grupos. Acima de tudo, para otimizar o sucesso na reprodução, condicione os machos e as fêmeas em aquários separados antes de colocá-los juntos. Alimente-os com uma dieta rica que inclua muitos alimentos pequenos e vivos por cerca de 14 dias. Selecione o casal ou grupo de reprodução e transfira-os para o aquário montado. A barriga da fêmea ficará bem arredondada quando ela estiver cheia de ovos.
O aquário deve ser bem iluminado para induzir a desova. Essa espécie pode desovar imediatamente, ou pode demorar até 6 dias para que se inicie o processo. O macho irá perseguir a fêmea através das plantas, então eles irão afundar no aquário e desovar lado a lado realizando movimentos trêmulos. As fêmeas espalharão até 300 ovos redondos e transparentes.
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Assim que a desova for alcançada, remova os pais, para que eles não comam os ovos. Neste ponto, procure manter o aquário bem escuro, pois os ovos são sensíveis à luz. Quaisquer deles que ficarem transparentes e começarem a aparecer difusos estão desenvolvendo algum tipo de fungo, então, remova-os.
Os ovos fertilizados eclodirão em cerca de 6 – 7 dias, e os filhotes estarão nadando pelo aquário assim que nascerem. Os alevinos recém-eclodidos são grandes o suficiente para aceitar artêmias, rotíferos ou rações em flocos trituradas.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 150 litros para um pequeno grupo dessa espécie. Além disso, eles preferem cobertura vegetal e um cascalho escuro.
O Tetra do Congo parece prosperar em configurações densamente plantadas, mas com algum espaço aberto no centro para que possam nadar. Para o substrato, procure utilizar uma areia de rio e também adicione alguns troncos e raízes torcidas.
Referências Bibliográficas
Paugy, D., 1984. Characidae. p. 140-183. In J. Daget, J.-P. Gosse and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ORSTOM, Paris and MRAC, Tervuren. Vol. 1. (Ref. 5331)
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