O Tetra Enfermeirinha (Aphyocharax anisitsi) é um peixe endêmico do Rio Paraná, um famoso rio da América do Sul que atravessa o Brasil, Paraguai e a Argentina. Esses cursos d’água são na maioria das vezes, sombreados e preenchidos com uma variedade enorme de plantas aquáticas. Contudo, o Tetra Enfermeirinha prefere habitar as camadas superiores e intermediárias desses locais, alimentando-se de vermes, insetos e crustáceos.
Esses pequenos peixes, que podem chegar aos 5.5 cm de comprimento, costumam ser muito resistentes e fáceis de cuidar. Para se ter uma ideia de sua resistência, eles conseguem até mesmo viver sem aquecedores no aquário, embora percam suas cores nessas condições.
De um modo geral, eles são ideais para aquários comunitários, já que são muito pacíficos. Entretanto, assim como muitos outros tetras, preferem viver em grupos e, por conta disso, o aquário precisa ter no mínimo 6 exemplares da espécie.
Ficha Técnica
Nome: Tetra Enfermeirinha, Bloodfin Tetra, True Bloodfin Tetra, Glass Bloodfin Tetra, Redfinned Tetra
Nome Científico: Aphyocharax anisitsi (Eigenmann & Kennedy, 1903)
Família: Characidae
Origem da Espécie: América do Sul (Bacia do Rio Paraná)
Comprimento: Até 5.5 cm
Expectativa de Vida: Entre 5 e 8 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0
Dureza da Água: 2° – 30° dH
Temperatura: Manter entre 18°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Iniciante;
Alimentação: Onívoro. Na natureza, o Tetra Enfermeirinha se alimenta de vermes, pequenos insetos e crustáceos. No entanto, nos aquários, eles aceitam todos os tipos de alimentos vivos, frescos e secos.
Para manter um bom equilíbrio em sua dieta, forneça uma ração em flocos de alta qualidade todos os dias. Além disso, adicione artêmias (vivas ou congeladas) ou bloodworms algumas vezes na semana.
Lembre-se que esses peixes devem ser alimentados várias vezes ao dia, mas apenas o que consigam consumir em 3 minutos ou menos.
Temperamento / Comportamento: O Tetra Enfermeirinha é considerado um peixe bastante pacífico, mas se não for mantido em grandes grupos, poderá beliscar outras espécies que possuam nado lento e nadadeiras grandes.
Assim como a maioria dos tetras, procure colocá-los em grupos de no mínimo 6 exemplares, assim se sentirão mais seguros.
Compatibilidade: Essa espécie não deve ser mantida com peixes agressivos. Então, você pode adicioná-los com outros tetras e caracídeos, assim como também com coridoras e pequenos loricarídeos.
Reprodução / Acasalamento: O aquário de reprodução para esses peixes precisa ter no mínimo 30 litros, além de um filtro que forneça um fluxo suave de água. Procure adicionar também um boa quantidade de plantas de folhas finas no fundo do aquário, por exemplo, musgo de java.
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Sobretudo, esses peixes possuem um comportamento bastante interessante no momento da desova, eles costumam saltar para fora do aquário durante a liberação dos ovos. A fêmea irá colocar entre 300 e 500 ovos no total, e eles irão cair entre as folhas das plantas e ficarão no fundo do aquário. Remova os pais após o processo, pois podem acabar comendo os ovos.
A eclosão ocorre em até no máximo dois dias, e os filhotes irão se alimentar do saco vitelino assim que nascerem. Após alguns dias, quando já tiverem se alimentado do saco vitelino, você pode fornecer alimentos líquidos para alevinos, assim como também infusórios, até que fiquem grandes o suficiente para aceitar artêmias.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 60 litros para um pequeno cardume desses peixes. Além disso, deve ter uma boa cobertura com plantas flutuantes, já que esses peixes são ótimos saltadores e tentarão se aventurar para fora do aquário.
Adicione um cascalho escuro, assim como também muitos troncos, raízes e plantas para simular seu habitat natural. Se quiser, adicione folhas de amendoeira para deixar a água com aspecto de cor de chá. Em relação a iluminação, eles preferem locais pouco iluminados, assim desenvolverão suas melhores cores.
Referências Bibliográficas
Lima, R.S., 2003. Subfamily Aphyocharacinae (Characins). p. 197-199. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 38382)