O Tetra Engraçadinho (Hyphessobrycon flammeus) é uma espécie encontrada em rios costeiros no Brasil, mais especificamente na região do Rio de Janeiro. Eles são bastante pequenos, podendo chegar aos 2,6 cm de comprimento, e podem desenvolver cores vermelhas intensas quando bem cuidados.
Além das cores lindas, esses pequenos peixinhos são muito fáceis de criar. Eles costumam ser resistentes, e uma ótima escolha para aqueles que estão começando no hobby, além de serem muito fáceis de reproduzir.
Nos aquários domésticos, certifique-se de proporcionar a este peixe um ambiente bastante agradável. Eles devem conviver em grupos com no mínimo 6 exemplares, assim como também com outras espécies pequenas e pacíficas. Uma vez que estejam aclimados e confortáveis ao ambiente, eles serão bastante ativos e o aquarista será recompensado com um grupo de peixes alegres e muito bonitos.
Ficha Técnica
Nome: Tetra Engraçadinho, Flame Tetra, Von Rio Tetra, Fire Tetra, Red Tetra
Nome Científico: Hyphessobrycon flammeus (Myers, 1924)
Família: Characidae
Origem da Espécie: Eles são encontrados na América do Sul em rios costeiros no leste do Brasil e ao redor do Rio de Janeiro.
Comprimento: Até 2.6 cm
Expectativa de Vida: Até 5 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 5.8 – 7.8
Dureza da Água: 5° – 25° dH
Temperatura: Manter entre 22°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Iniciante;
Alimentação: Onívoro. O Tetra Engraçadinho se alimenta de todos os tipos de alimentos vivos, frescos e secos. No entanto, para manter uma boa dieta, forneça uma ração em flocos de alta qualidade, assim como também artêmias (vivas ou congeladas) e bloodworms algumas vezes na semana.
Além disso, procure alimentar esses peixes várias vezes ao dia e somente o que puderem consumir em no máximo 3 minutos.
Temperamento / Comportamento: De um modo geral, o Tetra Engraçadinho é um peixe bastante pacífico e ideal para aqueles que procuram companheiros para aquários comunitários.
Para que eles possam se sentir mais confortáveis e seguros, procure mantê-los em grupos com no mínimo 6 exemplares da espécie. Lembre-se que esses peixes podem se assustar muito fácil, portanto, coloque o aquário em um local onde haja poucos ruídos e que fique, de certa forma, afastado do fluxo constante de pessoas.
Compatibilidade: Como já mencionamos antes, eles são perfeitos para aquários comunitários. Alguns companheiros ideais para eles incluem, por exemplo, vivíparos, danios, rasboras, outros tetras e peixes pacíficos de fundo.
Reprodução / Acasalamento: Embora na maioria das vezes as fêmeas não tenham interesse em desovar, quando receptivas, são muito fáceis de reproduzir. Esses tetras chegam a fase adulta muito rápido, atingindo a maturidade sexual por volta de 6 meses. Ao desovar, por exemplo, a fêmea libera cerca de uma dúzia de ovos, e o macho os fertiliza.
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O jeito mais fácil de fazer com que esses peixes desovem no aquário é colocá-los em grupos de 6 machos e 6 fêmeas. Então, alimente-os com alimentos vivos, e a natureza deve assumir o controle. Mantenha o aquário mal iluminado com algumas plantas no fundo, como musgo de java, para que a fêmea tenha um local para depositar os ovos.
Uma vez que ela tenha desovado, remova os pais do aquário. Os ovos eclodirão em 24 – 36 horas e os alevinos estarão nadando livremente em até 4 dias. Contudo, os filhotes não costumam ser muito resistentes e precisam de água bastante limpa para que possam sobreviver, além de locais bem escuros, ou seja, sem iluminação.
Sobretudo, nos primeiros dias, os alevinos podem ser alimentados com infusórios até que fiquem grandes o suficiente para aceitar náuplios de artêmias ou microvermes.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 40 litros para um grupo de 6 peixes dessa espécie. Além disso, o Tetra Engraçadinho é um pouco mais exigente do que a maioria dos outros tetras e devem ter uma água bastante limpa e áreas abertas para nadar livremente.
Por isso, procure criar um ambiente com muitas plantas nas laterais e no fundo do aquário, além de deixar grandes espaços abertos na frente.
Para o substrato, utilize areia de rio e troncos e raízes para criar esconderijos, assim como também plantas flutuantes para diminuir a incidência de luz dentro do aquário.
Referências Bibliográficas
Carvalho, F.R., G.C. de Jesus and F. Langeani, 2014. Redescription of Hyphessobrycon flammeus Myers, 1924 (Ostariophysi: Characidae), a threatened species from Brazil. Neotrop. Ichyol. 12(2):247-256. (Ref. 96863)