O Tetra Limão (Hyphessobrycon pulchripinnis) é um peixe bastante curioso, tanto pela sua aparência quanto pelo seu tamanho. Eles são encontrados na América do Sul na região de Iquitos na Amazônia peruana, na bacia do Rio Tapajós. Embora seus corpos sejam transparentes, ainda assim, apresentam uma coloração limão, caso sejam bem cuidados e alimentados.
Esses peixes são muito adaptáveis e podem conviver em aquários comunitários com outros peixes pacíficos sem muitos problemas. Assim como outros tetras, o Tetra Limão vive mais feliz se for mantido em grupos com no mínimo seis indivíduos da espécie. Na natureza, eles são encontrados em grandes cardumes contendo milhares deles.
De um modo geral, o Tetra Limão é um peixe resistente e bastante fácil de desovar, tornando-o uma ótima opção para aquaristas iniciantes. Além disso, eles preferem aquários bem plantados mas que possuam espaços abertos para nadar livremente. Algumas plantas flutuantes podem ajudar a diminuir a incidência de luz no aquário, deixando-os mais confortáveis.
O Tetra Limão é um peixe bastante bonito quando bem cuidado, mas eles mostrarão suas melhores cores quando receberem uma dieta equilibrada e estiverem em um aquário adequado.
Ficha Técnica
Nome: Tetra Limão, Lemon Tetra
Nome Científico: Hyphessobrycon pulchripinnis (Ahl, 1937)
Família: Characidae
Origem da Espécie: América do Sul (Rio Tapajós)
Comprimento: Até 3.8 cm
Expectativa de Vida: Até 8 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 5.5 – 8.0
Dureza da Água: 3° – 20° dH
Temperatura: Manter entre 23°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Iniciante;
Alimentação: Onívoro. O Tetra Limão se beneficia de alimentos “coloridos”. Por serem onívoros, esses peixes aceitam todos os tipos de alimentos que forem fornecidos, por exemplo, vivos, frescos e rações industrializadas.
Então, para manter um bom equilíbrio em sua dieta, forneça uma ração em flocos de alta qualidade todos os dias. De vez em quando, acrescente pequenas quantidades de artêmias (vivas ou congeladas) e bloodworms.
Procure alimentá-los várias vezes ao dia.
Temperamento / Comportamento: O Tetra Limão é um peixe que adora nadar por todos os cantos do aquário. Além disso, eles são peixes ideias para viver em aquários comunitários, já que são bastante pacíficos. No entanto, procure mantê-los em grupos com no mínimo 6 indivíduos da espécie.
Dica: O Tetra Limão costuma se assustar muito fácil, então, deixe o aquário em um local onde eles não possam ser pegos de surpresa ou que possua muita movimentação de pessoas.
Compatibilidade: Como eles são animais tranquilos, podem viver com inúmeras outras espécies de peixes em um aquário comunitário. Por isso, eles podem conviver com caracídeos, gasteropelecídeos, lebiasinídeos, loricarídeos e ciclídeos pacíficos e de tamanho semelhante.
Reprodução / Acasalamento: Fique ciente de que o Tetra Limão não possui nenhum cuidado parental. Eles são fáceis de reproduzir, mas às vezes as fêmeas podem ter problemas para expulsar os ovos, e pode ser necessário combinar um macho com várias delas para induzir a desova.
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Uma grande fêmea adulta e bem cuidada pode produzir até 300 ovos e irá liberá-los por entre as plantas. Remova os pais assim que terminarem, ou comerão eles.
Essa espécie pode desovar em casais, mas o jeito mais fácil é colocá-los em grupos de 1 macho com 4 – 5 fêmeas. Dessa forma, alimente esse grupo com pequenos alimentos vivos, e a natureza deve assumir o controle e a desova deve começar.
Uma vez que a desova tenha sido bem sucedida, remova os pais. A eclosão ocorre em até 24 horas e os alevinos começam a nadar pelo aquário em 5 dias. Os filhotes são sensíveis no início, mas após os primeiros dias, os sobreviventes ficarão bem mais resistentes e crescerão muito rápido.
Sobretudo, você pode alimentar os alevinos com infusórios até que fiquem grandes o suficiente para aceitar microvermes ou náuplios de artêmias.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 60 litros para um pequeno grupo desses peixes. Além disso, eles irão realçar suas cores em aquários bem plantados, pois caso contrário, podem parecer desbotados se a decoração for muito esparsa.
Lembre-se de adicionar muitos esconderijos e deixe o aquário mal iluminado. Contudo, eles parecem viver melhor em configurações de aquário do tipo biótopo amazônico.
Referências Bibliográficas
Burt, A., D.L. Kramer, K. Nakatsuru and C. Spry, 1988. The tempo of reproduction in Hyphessobrycon pulchripinnis, with a discussion on the biology of ‘multiple spawning’ in fishes. Environ. Biol. Fishes 22(1):15-27. (Ref. 40342)