O Tetra Longfin (Bryconalestes longipinnis) é um lindo peixe de água doce encontrado em praticamente todo o norte da África Ocidental, indo da Gâmbia até a República Democrática do Congo. Essa espécie habita grandes rios e também é o único membro deste gênero que costuma migrar para riachos e afluentes menores. Às vezes, podem ser vistos até mesmo em estuários.
Uma vez que esteja aclimatado ao ambiente em cativeiro, esse peixe se tornará bastante resistente. Ele possui cor prata com um brilho esverdeado / marrom, assim como também pequenas faixas amarelo-laranja e pretas no pedúnculo caudal.
No geral, o Tetra Longfin é um peixe de cardume muito pacífico. No entanto, ele é conhecido por ser um comedor voraz, ou seja, pode acabar agredindo outras espécies na hora de comer.
Ficha Técnica
Nome: Tetra Longfin, Long-finned Characin, Long-finned Alestes, Longfin Tetra, Long-finned Tetra;
Nome Científico: Bryconalestes longipinnis (Günther, 1864) – anteriormente conhecido como Brycinus longipinnis;
Família: Alestidae;
Origem da Espécie: África; A espécie está presente ao longo da fronteira atlântica do continente africano, da Gâmbia À República Democrática do Congo;
Comprimento: Até 16,4 cm;
Expectativa de Vida: Entre 3 – 5 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0;
Dureza da Água: 5° – 19° dH;
Temperatura: Manter entre 22°C – 26°C;
Características
Alimentação
Na natureza, o Tetra Longfin têm uma dieta bastante variada, alimentando-se de insetos, crustáceos, assim como também de matéria vegetal e algas. Nos aquários, ele irá aceitar qualquer tipo de comida que for oferecida.
Alimentos congelados e vivos ajudam a realçar suas cores. Então, você pode fornecer uma ração de alta qualidade e bloodworms, artêmias e dáfnias de vez em quando.
Lembre-se que esses animais irão se alimentar sem parar; portanto, deve-se tomar muito cuidado para não superalimentá-los. Por isso, quando você for alimentá-los, procure dar pequenas quantidades de comida várias vezes ao dia.
Eles se alimentam na região do meio do aquário, mas comem em qualquer outro nível se a comida estiver por lá. Na maioria dos casos, esses peixes chegam muito na frente de outras espécies e podem acabar com a comida bem rápido, não deixando nada para seus companheiros. Fique atento!
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Temperamento / Comportamento
O Tetra Longfin é um peixe de cardume e não costuma interagir com outras espécies. Por mais que possua comportamento pacífico, ainda assim não será intimidado tão facilmente por outros peixes.
Eles gostam de nadar na região do meio e superior do aquário, mas gostam de ambientes abertos sem muitos obstáculos pelo caminho. Sempre compre grupos com pelo menos seis indivíduos, pois assim eles se sentem mais seguros e ficam com suas cores mais realçadas.
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Compatibilidade
O Tetra Longfin pode conviver tranquilamente com outros peixes, embora espécies pequenas ou que possuam nado lento devam ser evitadas.
Então, procure montar um aquário com outros tetras africanos, como o Tetra do Congo e o Arnoldichthys spilopterus.
Alguns outros companheiros de aquário podem incluir ciclídeos dos gêneros Hemichromis ou Pelvicachromis. Se a geografia não for um problema para você, procure adicioná-los em aquários com espécies de ciclídeos sul-americanos como Geophagus, assim como também Satanoperca e Uaru.
Reprodução / Acasalamento
A maioria das fontes afirma que essa espécie nunca foi reproduzida em cativeiro. Na realidade, a desova é complicada, mas alcançável.
Esses peixes costumam espalhar seus ovos pelo aquário. Então, monte um ambiente contendo água mole (2 – 5° dh) e ácida (pH 6-0 – 6.5), com uma temperatura que fique entre 23° – 26°C. Além disso, o local deve ser mal iluminado e com muitas plantas flutuantes para criar um ambiente bem escuro. Procure colocar também plantas com folhas finas, como musgo de java, para que os ovos possam cair entre elas.
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Utilize alimentos vivos e congelados para condicionar os peixes. Então, quando as fêmeas estiverem mais rechonchudas, selecione o macho mais colorido e a fêmea mais gordinha, e coloque-os no aquário de reprodução.
O ato de desova nunca foi registrado, mas é bem provável que seja semelhante ao do Tetra do Congo, que envolve perseguição por parte do macho. Os peixes adultos devem ser removidos após a desova, pois podem se alimentar dos ovos.
Por fim, várias centenas de ovos de cor laranja serão produzidos e, a partir deste ponto, o aquário deve ficar com uma filtragem mais potente. Nessas condições, os ovos eclodem em 4 – 6 dias, e os filhotes começam a nadar 1 ou 2 dias após a eclosão.
Você deve alimentar os filhotes com infusórios, seguidos de náuplios de artêmias e microvermes. Contudo, lembre-se que um nível alto de oxigênio na água parece ser crítico para a sobrevivência dos filhotes.
Configuração do aquário
O aquário precisa ter no mínimo 140 litros para abrigar um pequeno grupo desses peixes.
Procure deixar espaços abertos para que eles possam nadar, já que são muito ativos. Utilize um substrato escuro e adicione algumas plantas de fundo, assim como também plantas flutuantes.
Uma iluminação mais fraca ajuda a deixar esses peixes menos nervosos. Além disso, a água deve conter taninos, para isso, você pode adicionar algumas folhas de amendoeira para criar o ambiente que necessitam.
Referências Bibliográficas
Paugy, D. and S.A. Schaefer, 2007. Alestidae. p. 347-411. In M.L.J. Stiassny, G.G. Teugels and C.D. Hopkins (eds.) Poissons d’eaux douces et saumâtres de basse Guinée, ouest de l’Afrique centrale/The fresh and brackish water fishes of Lower Guinea, west-central Africa. Vol. 1. Coll. Faune et Flore tropicales 42. Istitut de recherche pour le développement, Paris, France, Muséum nationale d’histoire naturelle, Paris, France and Musée royale de l’Afrique centrale, Tervuren, Belgique. 800 p. (Ref. 80290)