O Tetra Puxa Puxa (Inpaichthys kerri) é um pequeno peixe de cardume encontrado nas bacias dos rios Aripuanã e Madeira, no Brasil.
Na natureza, esses animais habitam afluentes de fluxo de água lento com muita vegetação, fora dos canais dos rios principais. A água nesses biótopos costuma ser tingida de marrom com taninos e outros produtos liberados pela matéria orgânica em decomposição e, como resultado, é bastante ácida.
O macho e a fêmea são diferentes na coloração, pois o macho possui barbatana dorsal mais alongada e a barbatana adiposa apresenta tons azulados. As outras barbatanas são transparentes, mas as peitorais e anal também possuem tons de azul. A fêmea também possui barbatana dorsal alongada, mas a barbatana adiposa é castanha ou preta.
No geral, o Tetra Puxa Puxa é um peixe que irá preferir ambientes mal iluminados, com muitas plantas e esconderijos para que possam se esconder.
Continue lendo para conhecer as principais características dessa espécie.
Ficha Técnica
Nome: Tetra Puxa Puxa, Royal Tetra, Purple Emperor Tetra, Blue Emperor Tetra;
Nome Científico: Inpaichthys kerri (Géri & Junk, 1977);
Família: Characidae;
Origem da Espécie: América do Sul (Brasil, Bacias dos Rios Aripuanã e Madeira);
Comprimento: Até 2,8 cm;
Expectativa de Vida: Entre 3 – 5 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0;
Dureza da Água: 5° – 12° dH;
Temperatura: Manter entre 24°C – 27°C;
Características
Alimentação
Onívoro. O Tetra Puxa Puxa é um peixe que irá aceitar praticamente tudo o que você colocar no aquário.
Então, ofereça uma ração de alta qualidade todos os dias e pequenos alimentos vivos ou congelados, como dáfnias e artêmias algumas vezes na semana.
A dieta balanceada irá garantir que esses peixes fiquem com suas cores realçadas.
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Temperamento / Comportamento
O Tetra Puxa Puxa possui a fama de beliscar as nadadeiras de outros peixes. Embora seja capaz desse tipo de comportamento, ele só tende a exibi-lo quando mantido em pequenos grupos. Se você tiver um grupo com meia dúzia ou mais, esse comportamento só será visto entre eles.
Embora não costume nadar em cardumes, esses peixes devem ser mantidos em grupos, pois isso ajuda os machos a exibirem suas melhores cores para impressionar as fêmeas.
Compatibilidade
Evite adicionar peixes que fazem muita bagunça ou que sejam muito maiores do que o Tetra Puxa Puxa.
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Os melhores companheiros incluem outros peixes da América do Sul como, por exemplo, outros tetras, peixes-lápis, apistogrammas e outros ciclídeos anões e habitantes pacíficos de fundo como coridoras e limpa vidros.
Além disso, eles também se dão bem com colisas e rasboras.
Reprodução / Acasalamento
Para reproduzir esses peixes, você deve ter um aquário separado para salvar o maior número possível de alevinos.
Um aquário de 20 litros para a reprodução já está de bom tamanho. O ambiente deve ser mal iluminado e conter muitas plantas de folhas finas como, por exemplo, musgos de java, pois os peixes costumam depositar seus ovos entre elas.
A água do aquário deve ser mole e ácida, ou seja, o ph deve variar entre 5.5 – 6.5 e o gH entre 1 – 5, com uma temperatura que não ultrapasse os 27°C. Adicione um pequeno filtro para criar um ambiente com um fluxo de água suave.
Para reproduzi-los, basta adicioná-los em pequenos grupos de meia dúzia formados por machos e fêmeas. Então, condicione-os com alimentos vivos e a desova não deve demorar pra acontecer.
Durante o processo de desova, os machos podem acabar comendo os filhotes, por isso a importância das plantas de folhas finas.
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Os ovos eclodirão em 24 – 48 horas, com os alevinos nadando pelo aquário por volta do terceiro ou quarto dia. Você pode alimentar os filhotes com infusórios até que fiquem grandes o suficiente para aceitar microvermes ou náuplios de artêmias.
Configuração do aquário
O aquário deve ter no mínimo 70 litros para um grupo de seis peixes dessa espécie. Além disso, o ambiente deve possui um substrato de areia de rio, troncos, rochas e muitas plantas flutuantes.
Adicione também algumas folhas de amendoeira para deixar a água com aspecto de cor de chá, mas vá substituindo-as com frequência para evitar que apodreçam dentro do aquário.
Por fim, como esses peixes vêm de águas escuras, evite iluminação muito forte.
Referências Bibliográficas
Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 38376)
