A Traíra (Hoplias malabaricus) é um peixe relativamente pacífico e um caçador de emboscada que não costuma se mover muito dentro do aquário. Elas são encontradas principalmente na margem de rios de águas claras, mas também podem ser vistas em rios com águas mais escuras.
Essa espécie possui corpo cilíndrico, olhos e bocas grandes e nadadeiras arredondadas, exceto a nadadeira dorsal. Elas são piscívoras, mas também se alimentam de crustáceos. Além disso, não precisam de aquários muito grandes, mas o aquarista precisa ficar atento, pois elas podem acabar com populações inteiras de outros peixes. A Traíra possui alta resistência a locais com pouco oxigênio.
Acima de tudo, apesar do excesso de espinhos, em algumas regiões elas são bastante apreciadas como alimento.
Ficha Técnica
Nome: Traíra, taraíra, tararira,tarira
Nome Científico: Hoplias malabaricus (Bloch, 1794)
Família: Erythrinidae
Origem da Espécie: América Central e Sul (Costa Rica até a Argentina)
Comprimento: Até 65 cm
Expectativa de Vida: 10 anos ou mais
Parâmetros da Água
pH: Manter o pH da água entre 6.0 – 8.0
Dureza da Água: 4° – 25° dH
Temperatura: Manter entre 20°C – 26°C
Características
Nível de Cuidado: Moderado;
Alimentação: A Traíra adulta costuma se alimentar de outros peixes grandes na natureza, engolindo-os inteiros. As mais jovens, no entanto, se alimentam de crustáceos, insetos e vermes.
Nos aquários, procure alimentá-las com uma mistura de crustáceos, camarões, minhocas e peixes inteiros congelados. Portanto, forneça vários tipos desses alimentos para garantir que elas tenham uma dieta equilibrada. Mas, lembre-se apenas de oferecer os alimentos durante o período noturno.
As traíras mais jovens podem comer todos os dias, enquanto os adultos podem comer dia sim dia não.
Temperamento / Comportamento: A Traíra possui comportamento pacífico e sedentário, pois gostam de ficar quietas no canto do aquário. Por conta disso, não precisam de aquários muito grandes para viver.
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Compatibilidade: Como já mencionamos, elas possuem comportamento pacífico, mas se tornam intolerantes com membros da sua própria espécie ou que estejam relacionados entre si. Portanto, evite colocar mais de uma traíra dentro do aquário, pois elas irão lutar até a morte.
Embora possuam aparência assustadora, ainda assim podem conviver com outros peixes maiores, mas evite os menores, já que podem ser comidos por elas.
Reprodução / Acasalamento: Reproduzir as traíras é possível, mas é muito difícil manter um casal dentro do aquário.
O casal irá desovar em um buraco no substrato e, em seguida, após a desova, o macho irá proteger os ovos até que eles eclodam.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 200 litros para um único exemplar dessa espécie. Além disso, deve ter um substrato arenoso com muitas plantas e esconderijos para que elas possam se refugiar.
Referências Bibliográficas
Planquette, P., P. Keith and P.-Y. Le Bail, 1996. Atlas des poissons d’eau douce de Guyane. Tome 1. Collection du Patrimoine Naturel Volume 22, MNHN, Paris & INRA, Paris. 429 p. (Ref. 12225)