O Cardinal Pijama (Sphaeramia nematoptera) é uma espécie com uma aparência extravagante. Ele possui o corpo com uma faixa preta vertical no meio e uma parte branca com bolinhas vermelhas que mais se parece com uma calça de pijama.
Muitos aquaristas decidem criar essa espécie devido ao seu tamanho pequeno e também porque são muito pacíficos, além de serem ideais para aquários com recifes de corais. Compre um pequeno cardume desses peixes, adicione alguns invertebrados e corais, e você terá o aquário marinho perfeito!
Continue lendo esse artigo para conhecer um pouco mais sobre essa interessante espécie.
Ficha Técnica
Nome: Cardinal Pijama, Pajama cardinalfish
Nome Científico: Sphaeramia nematoptera (Bleeker, 1856)
Família: Apogonidae
Origem da Espécie: Distribuído em grande parte do oeste do Oceano Pacífico, de Java à Fiji, bem como das Ilhas Ryukyu ao sul da Grande Barreira de Corais.
Comprimento: até 8,5 cm
Expectativa de Vida: até 5 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 8.1 – 8.4
Dureza de Carbonatos: Entre 8° – 12° dKH
Temperatura: Manter entre 22°C – 26°C
Características
Nível de Cuidado: Fácil / Moderado;
Alimentação: O Cardinal Pijama requer uma dieta balanceada constituída de alimentos carnudos, por exemplo, camarões, flocos, pellets, bloodworms e, dependendo do tamanho, de peixes vivos.
Lembre-se de fornecer uma ração de alta qualidade para essa espécie.
Temperamento / Comportamento: Para que se sintam mais confortáveis no aquário, você deve manter um pequeno grupo desses peixes. Portanto, o ideal é que estejam na companhia de no mínimo cinco outros peixes da espécie.
Assim como muitas outras espécies de sua família, o Cardinal Pijama formará hierarquias quando mantido em grupo. No entanto, ao contrário de outros peixes, eles não utilizam da agressão para exercer domínio sobre os demais.
Além disso, esses animais costumam ser excelentes saltadores quando acabam de ser colocados no aquário, por isso, procure adicionar uma tampa no inicio para evitar possíveis fugas.
Compatibilidade: Por serem peixes muito tímidos, o ideal é evitar quaisquer espécies maiores e mais agressivas. Portanto, procure colocá-los com peixes tão pacíficos quanto eles.
Alguns bons exemplos de companheiros para esses peixes incluem, peixes-palhaço, bodiões, coral beauty e gobies.
Veja também:
Reprodução / Acasalamento: Assim como acontece com muitas outras espécies de peixes, não é muito fácil distinguir o macho da fêmea. Entretanto, os principais indicadores incluem o tamanho do peixe, pois o macho costuma ser um pouco maior, com uma nadadeira dorsal mais longa, enquanto a fêmea possui o corpo mais arredondado.
A maioria das desovas desses peixes ocorre à noite, tornando-a difícil de ver. Mas, o primeiro sinal de que a desova ocorreu é o macho com a mandíbula inchada, pois ele costuma guardar os ovos em sua boca até a eclosão.
A incubação dura cerca de quatro semanas, ou seja, nesse período ele não deve se alimentar. O trabalho da fêmea é proteger o macho e os ovos, por isso, ela irá agredir quaisquer outros peixes que cruzarem seus caminhos.
Nas primeiras ninhadas, os machos podem acabar comendo os filhotes. No entanto, os filhotes que ficarem vivos podem ser alimentados com náuplios de artêmias ou rações específicas para alevinos.
O ideal é remover o macho do aquário principal durante o período de incubação dos ovos, pois isso garante que os outros peixes do aquário não consigam se alimentar dos alevinos.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 120 litros para um pequeno cardume de cinco peixes da espécie. Além disso, ele deve ter muitos esconderijos formados com rochas e corais. A grande maioria desses peixes costumam se esconder nos corais ou até mesmo em ouriços-do-mar.
Procure fornecer uma filtragem forte para o aquário, já que eles adoram ambientes com bastante agitação.
Referências Bibliográficas
Myers, R.F., 1991. Micronesian reef fishes. Second Ed. Coral Graphics, Barrigada, Guam. 298 p. (Ref. 1602)