O Fisher’s Angelfish (Centropyge fisheri), também conhecido como Orange Angelfish, é um peixe endêmico das Ilhas Havaianas e do Atol Johnston, no Oceano Pacífico Central. Ele é considerado um dos menores peixes-anjo disponíveis no hobby de aquarismo, e é bastante procurado por aquaristas para compor aquários pequenos com recifes de corais.
Abaixo, confira um guia de cuidados completo sobre o Fisher’s Angelfish. Aprenda como alimentar esse peixe, suas características físicas e comportamentais, além de processos como a reprodução e configuração de aquário.
Ficha Técnica do Fisher’s Angelfish
Nome: Fisher’s Angelfish, Orange Angelfish, Fisher’s Pygmy Angelfish, Fisher’s Dwarf Angelfish;
Nome Científico: Centropyge fisheri (Snyder, 1904);
Família: Pomacanthidae;
Origem da Espécie: Indo-Pacífico até o norte das Ilhas Havaianas;
Comprimento: Até 8,4 cm;
Expectativa de Vida: Entre 5 e 7 anos;
Nível de Dificuldade: Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 8.0 – 8.5;
Dureza de Carbonatos: Entre 8 – 12;
Temperatura: Manter entre 20 – 26°C;
Características
Distribuição e Habitat
O Fisher’s Angelfish é endêmico das Ilhas Havaianas e do Atol Johnston no Oceano Pacífico Central. Ele pode ser encontrado em áreas com crescimento de corais em encostas voltadas para o mar, com profundidades que podem variar entre 9 e 76 metros, onde se alimenta de algas, pequenos vermes e crustáceos.
Aparência
Em relação a aparência, o Fisher’s Angelfish possui coloração marrom-alaranjada com um brilho dourado, além de manchas pretas na parte superior e finas marcações azuis brilhantes nas bordas externas das barbatanas anal, ventral, nadadeiras dorsal e caudal. Além disso, há uma mancha preta logo acima das barbatanas peitorais.
Alimentação
Onívoro. Em seu habitat natural, o Fisher’s Angelfish se alimenta de microalgas, diatomáceas, assim como também de vermes e pequenos crustáceos. Em um aquário, o recomendado é que ele seja alimentado com rações enriquecidas com spirulina, bem como algas marinhas, artêmias, camarões mysis e quaisquer outros tipos de preparações.
É interessante ter no aquário uma boa quantidade de rochas vivas para que o peixe possa pastar durante as principais refeições do dia.
Temperamento / Comportamento
Sobre o comportamento, o Fisher’s Angelfish costuma ser um peixe bastante sociável e gosta de viver em aquários que possuem bastante esconderijos e fendas. Na verdade, ele se sai muito bem em um aquário com recifes de corais.
Embora se deem bem em ambientes comunitários, ainda assim pode ser agressivo e intolerante com sua própria espécie ou com qualquer outro peixe que tenha cores e formato semelhantes.
Compatibilidade
Assim como a maioria dos outros peixes-anjo anão, o Fisher’s Angelfish é intolerante à sua própria espécie ou a outros peixes que possuam o mesmo formato e cores. Eu recomendo que você mantenha apenas um único indivíduo no aquário e adicione-o por último para evitar agressões.
Esses peixes são conhecidos por serem inofensivos para corais, camarões ou caranguejos.
Dimorfismo Sexual
Diferenciar o macho e a fêmea do Fisher’s Angelfish é uma tarefa um tanto quanto difícil, pois eles não possuem diferenças visuais perceptíveis. No entanto, os machos são ligeiramente maiores do que as fêmeas.
Assim como todas as outras espécies de Centropyge, esses peixes começam suas vidas como fêmeas. O indivíduo maior ou mais dominante dentro de um pequeno grupo mudará de sexo e se tornará macho.
Acasalamento / Reprodução
Não há relatos de reprodução do Fisher’s Angelfish em cativeiro, mas sabe-se que a espécie foi hibridizada com o Centropyge flavicauda.
Configuração do aquário
O aquário para o Fisher’s Angelfish precisa ter no mínimo 150 litros e conter muitas rochas vivas formando cavernas para que ele possa nadar e se esconder em caso de perigo. Além disso, você deve prover uma excelente filtragem e realizar trocas parciais de água semanais de 1 / 5 do aquário. Com água de alta qualidade, os peixes ficarão imunes a doenças.
Ter um aquário com muitos esconderijos parece ser a chave para o sucesso desses peixes. Por mais que ele possa atacar alguns corais duros e moles, ainda assim é um bom candidato para esse tipo de ambiente.
Referências Bibliográficas
Allen, G.R., 1985. Butterfly and angelfishes of the world. Vol. 2. 3rd edit. in English. Mergus Publishers, Melle, Germany. (Ref. 4858);