O Flame Angelfish (Centropyge loricula) é talvez um dos mais coloridos e atraentes peixes marinhos disponíveis no hobby de aquarismo. A espécie, que não costuma ultrapassar os 15 centímetros de comprimento, é ideal para aquaristas de todos os níveis. No entanto, é preciso ficar atento na hora de adquiri-lo, procurando sempre por indivíduos saudáveis, alertas e curiosos.
Abaixo, confira um guia de cuidados completo sobre o Flame Angelfish. Aprenda como alimentar esse peixe, suas características físicas e comportamentais, bem como o processo e configuração de aquário.
Ficha Técnica do Flame Angelfish
Nome: Flame Angelfish, Flame Angel, Dwarf Flame Angelfish;
Nome Científico: Centropyge loricula (Gunther, 1874);
Família: Pomacentridae;
Origem da Espécie: Oceano Pacífico;
Comprimento: Até 15 cm;
Expectativa de Vida: De 5 – 7 anos;
Nível de Dificuldade: Fácil/Moderado;
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 8.1 – 8.4;
Dureza de Carbonatos: Entre 8 – 12 dKH;
Temperatura: Manter entre 25 – 27°C;
Características
Distribuição e Habitat
Na natureza, o Flame Angelfish pode ser encontrado em todo o Oceano Pacífico Ocidental, desde Palau às Ilhas Havaianas, até a Grande Barreira de Corais e do grupo de ilhas Pitcairn. Na maioria das vezes, esse peixe pode ser visto em haréns formados com três ou mais indivíduos, em áreas com profundidades que variam entre 2 e 60 metros e com crescimento abundante de corais. A espécie se alimenta principalmente de algas, mas também consome pequenos seres que possam estar vivendo nelas.
Aparência
O Flame Angelfish é um peixe com corpo pequeno, alongado, de formato oval e com nadadeiras arredondadas. Sua coloração costuma ser laranja ou avermelhada e pode conter ou não uma mancha larga logo atrás da cabeça. Além disso, o corpo dele também possui entre 3 e 7 listras pretas verticais adicionais que podem ser finas ou grossas nas laterais. A barbatana caudal e as barbatanas peitorais são alaranjadas mas um pouquinho transparentes, enquanto a barbatana pélvica possui cor avermelhada sólida como o corpo.
Alimentação
Onívoro. Na natureza, o Flame Angelfish se alimenta de algas, mas também ingere pequenos animais que vivem nelas. Em cativeiro, ele sempre irá pastar por entre as rochas vivas em busca de algas, mas o aquarista também deve fornecer alimentos ricos em proteínas.
Alimentar esse peixe com uma dieta variada é a chave para mantê-lo saudável. Então, ofereça vários tipos de algas marinhas e secas como, por exemplo, o Nori, além de rações enriquecidas com spirulina, camarões mysis e quaisquer preparações para peixes onívoros.
O Flame Angelfish é um excelente comedor de algas. Portanto, ele pode ser uma ótima opção para consumir algas indesejadas que possam surgir no seu aquário.
Abaixo, confira algumas das principais rações disponíveis no mercado para o Flame Angelfish:
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Temperamento / Comportamento
O Flame Angelfish é considerado um peixe territorial e bastante agressivo em relação aos outros de sua espécie ou peixes menores que estejam em sua companhia. Então, ele não medirá esforços em atacar outros peixes que estejam competindo pelos mesmos suprimentos de algas.
Eu recomendo que você mantenha apenas um único exemplar da espécie no aquário. No entanto, é possível também criá-lo em pares, mas isso vai depender muito do tamanho do aquário. Contudo, evite adicionar mais de um macho em um mesmo ambiente, pois eles lutarão até a morte!
O Flame Angelfish costuma nadar na região intermediária do aquário.
Compatibilidade
Arranjar os companheiros ideais para o Flame Angelfish não é uma tarefa muito fácil, pois quando mantido em um aquário pequeno, irá defender seu território a todo custo.
A espécie pode ser mantida com peixes que possuam tamanho semelhante. Portanto, você consegue mantê-los com Peixes-Palhaço, Dottybacks, Cirurgiões e Bodiões.
Dimorfismo Sexual
O macho costuma ser maior do que a fêmea, e algumas pequenas listras azuis nas barbatanas dorsal e anal dos machos são mais desenvolvidas.
Sobretudo, todos os peixes do gênero Centropyge, ao qual o Flame Angelfish faz parte, nascem fêmeas. À medida que eles vão crescendo em grupos, os maiores e dominantes se tornam machos. Então, se um macho morrer, a fêmea maior tomará o lugar dele.
Reprodução / Acasalamento
A reprodução do Flame Angelfish em cativeiro é possível, mas considerada bastante difícil. O processo ocorre quando os peixes sobem até a superfície e liberam seus óvulos e espermatozoides ao mesmo tempo, geralmente ao entardecer.
Ter um casal no aquário é uma tarefa considerada fácil, pois basta misturar dois peixes de tamanhos diferentes para que o maior se torne o macho.
O aquário deve ser profundo, mas deve haver um controle rígido em relação a iluminação para incentivar a desova. Por exemplo, para incentivá-la, o aquarista deve copiar o ciclo de luz crepuscular da natureza fazendo com que a metade da iluminação do aquário se apague ao entardecer, sempre no mesmo horário.
Se tudo der certo, os pais irão até a superfície e liberarão seus gametas. Os ovos irão eclodir em pouco menos de 24 horas e, dentro de 2 ou 3 dias, você poderá fornecer alimentos microscópicos como primeira fonte de alimento.
Configuração do aquário
O aquário para o Flame Angelfish precisa ter no mínimo 114 litros para um único exemplar. No entanto, caso queira manter um casal, você precisará de no mínimo 208 litros.
O Flame Angelfish é um peixe territorial e deve estar em um aquário com muitas rochas vivas formando esconderijos para que possa se sentir confortável. Além disso, o ideal é que o aquário possua uma luminária potente para que haja um bom crescimento de algas. Ele adora pastá-las!
Por fim, você deve monitorar esse peixe caso ele seja colocado em um aquário com recifes de corais, pois é bem provável que ele tente comer as algas que estão presas neles e acabe por danificá-los.
Referências Bibliográficas
FishLore. Aquarium Fish Information Disponível em: https://www.fishlore.com/saltwaterfish.htm . Acesso em 22 de abr. De 2019.
Randall, J.E., G.R. Allen and R.C. Steene, 1990. Fishes of the Great Barrier Reef and Coral Sea. University of Hawaii Press, Honolulu, Hawaii. 506 p. (Ref. 2334)