O Paru (Pomacanthus paru) é um peixe muito bonito, bastante resistente e possui grande personalidade. Quando mais jovens, são muito procurados pelos aquaristas, pois são pretos com quatro listras amarelas brilhantes. No entanto, à medida que crescem, os adultos ficam com escamas douradas cobrindo todo o corpo.
De um modo geral, a espécie costuma ser pacífica e curiosa. Em seu habitat natural, por exemplo, eles não demonstram medo quando mergulhadores se aproximam, isso acaba tornando-os ótimos alvos para fotografia.
Quando colocados em um aquário bem estabilizado, esses peixes atrevidos desenvolvem quase que uma personalidade canina com seus donos, de tal forma que se tornam a atração principal de qualquer aquário.
Ficha Técnica
Nome: Paru
Nome Científico: Pomacanthus paru (Bloch, 1787)
Família: Pomacanthidae
Origem da Espécie: Atlântico Ocidental
Comprimento: até 40 cm
Expectativa de Vida: Por volta de 10 anos ou mais
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 8.0 – 8.6
Dureza de Carbonatos: Entre 8° – 12° dKH
Temperatura: Manter entre 22°C – 26°C
Características
Nível de Cuidado: Fácil.
Alimentação: Onívoro. Na natureza, esses peixes comem grandes quantidades de esponjas e algas, bem como briozoários e tunicados. Nos aquários, procure alimentá-los no mínimo três vezes ao dia.
Eles aceitam quase todos os tipos de alimentos, mas certifique-se de fornecer uma dieta que inclua alimentos vegetais. Além disso, existem rações específicas para esse tipo de peixe, muitas delas em gel, criadas para atender às necessidades deles.
Forneça também alimentos vivos, por exemplo camarões mysis e artêmias.
Temperamento / Comportamento: O Paru é pacífico e pode conviver com inúmeras outras espécies em um aquário. Os adultos, por exemplo, podem conviver com peixes que possuam temperamento e tamanhos variados.
Mas, infelizmente, eles não são seguros para aquários com recifes de corais e devem ser os últimos peixes adicionados.
Compatibilidade: O Paru pode conviver com muitas outras espécies, por exemplo gobbies, peixe-palhaço, wrasses, donzelas.
Evite colocá-los com corais moles, camarões, bem como caranguejos e caracóis.
Veja também:
Reprodução / Acasalamento: Ovíparos. A reprodução em aquários é bem difícil.
A fêmea libera os ovos e o macho os fertiliza nadando em volta. Como resultado, os ovos irão ficar flutuando na superfície da água até eclodirem. Os alevinos demoram alguns dias para consumir todo o conteúdo do saco vitelino e após esse período, comem plâncton e buscam abrigo nos recifes de corais.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 400 litros para um único exemplar dessa espécie, assim como também não precisa de trocas parciais de água frequentes, caso ela tenha uma boa qualidade. Trocas quinzenais de 15% ou 30% mensal são aceitáveis, mas isso pode variar de acordo com o número de peixes e o tamanho do aquário.
Esses peixes precisam de muito espaço pra nadar, então, quanto maior o aquário melhor. Um aquário pequeno, por exemplo, pode causar crescimento atrofiado, com órgãos que não têm espaço para se formar adequadamente, resultando em uma vida útil mais curta.
Certifique-se de colocar uma boa luminária no aquário para que possa ajudar no crescimento de algas em rochas. Além disso, forneça muitas rochas vivas para que eles possam ficar pastando e se esconder enquanto ainda são jovens.
Referências Bibliográficas
Allen, G.R., 1985. Butterfly and angelfishes of the world. Vol. 2. 3rd edit. in English. Mergus Publishers, Melle, Germany. (Ref. 4858)