O famoso peixe Sargentinho (Abudefduf saxatilis) costuma ser uma espécie agressiva, mas vive bem em aquários que possuam bastante espaço para nadar, com locais para refúgio e águas bem movimentadas e oxigenadas.
A espécie é conhecida por ser bastante resistente, ou seja, ideal para iniciantes, porém a medida que cresce pode se tornar um pouco agressiva com outros companheiros de aquário. Além disso, realize trocas parciais de água com frequência e procure alimentá-los com uma boa variedade de rações durante o dia.
Uma vez que o Sargentinho esteja aclimatado ao aquário, eles serão fáceis de criar, mas não esqueça das TPAs, pois assim você irá ajudar a repor oligoelementos que os peixes e corais precisam para crescer.
Ficha Técnica
Nome: Sargentinho, Five Finger, Pilotfish, Striped Sergeant
Nome Científico: Abudefduf saxatilis (Linnaeus, 1758)
Família: Pomacentridae
Origem da Espécie: Oceano Atlântico / Canadá, EUA até o Uruguai
Comprimento: 15 cm (comum, podendo até 22 cm)
Expectativa de Vida: Mais de 5 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 8.1 – 8.4
Dureza de Carbonatos: Entre 5° – 10° dKH
Temperatura: Manter entre 22°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Fácil.
Alimentação: Onívoro. O Sargentinho come tudo o que for oferecido para ele, incluindo pequenos peixes, algas, zoantídeos e muitos outros. Nos aquários, procure fornecer uma dieta rica em proteínas e alimentos vegetais, então, alimentos liofilizados, congelados e rações em flocos podem fazer parte da sua alimentação.
Alimente-os com pouca quantidade de comida várias vezes ao dia, já que alimentá-los com mais frequência ajuda a diminuir qualquer possível agressão dentro do aquário. Caso forneça rações em pellets, procure molhá-las um pouco antes de dar para eles, assim evita que o ar entre em seu trato digestivo, o que pode causar uma série de problemas.
Temperamento / Comportamento: Evite colocar o Sargentinho com outros peixes muito agressivos e, além disso, forneça muitos esconderijos para eles. Entretanto, esses peixes podem conviver em grupos com 5 membros da mesma espécie, mas devem ser os únicos do aquário. Manter menos do que isso, pode causar a morte da maioria deles, ficando apenas o peixe dominante.
Compatibilidade: Evite colocá-los também com peixes pacíficos, como wrasses, gobbies e peixes-palhaço. O ideal é que sejam mantidos em grupos e que sejam os únicos do aquário, mas são seguros para aquários com recifes de corais e alguns peixes semi-agressivos como Yellow Tangs e Flame Angelfish.
Reprodução / Acasalamento: O Sargentinho é conhecido por desovar em aquários. Sobretudo, a desova ocorre na parte da manhã, quando a água está com a temperatura por volta de 23° e 25°C.
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Durante a desova, tanto o macho quanto a fêmea desenvolverão uma cor azulada, assim escondendo as listras verticais pretas.
O macho irá estabelecer um local de desova temporário e quando uma fêmea estiver por perto, ele tentará atraí-la por meio de alguns sinais, por exemplo, fazendo movimentos para cima e para baixo, junto com alguns ruídos que só a fêmea poderá ouvir.
Por fim, a fêmea pode depositar cerca de 20.000 ovos em superfícies duras, geralmente nas laterais de grandes rochas. Os ovos, por sua vez, possuem uma cor avermelhada e têm 1 mm de tamanho. O macho irá proteger os ovos, abanando-os e aerando-os para que não desenvolvam fungos.
O período de incubação dura cerca de 7 dias, dependendo da temperatura da água, e pouco antes da eclosão, já será possível ver os olhos das larvas adquirirem uma cor esverdeada.
Assim que os ovos eclodem, os alevinos irão consumir todo o saco vitelino e após esse período, passam a se alimentar de pequenos seres e buscam abrigo nos recifes de corais.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 250 litros para um pequeno grupo de 5 exemplares da espécie. Além disso, eles costumam nadar por todos os cantos do aquário, mas forneça esconderijos e sombras para que eles possam se esconder, já que esses lugares ajudam a diminuir a agressividade deles.
O aquário pode conter corais ou não, mas os peixes se beneficiarão dos copépodes presentes em aquários com recifes. Por fim, esses peixes preferem aquários com fortes correntes de água, então ofereça uma boa movimentação e oxigenação para eles.
Referências Bibliográficas
Allen, G.R., 1991. Damselfishes of the world. Mergus Publishers, Melle, Germany. 271 p. (Ref. 7247)