O Springeri Dottyback (Pseudochromis springeri) é um peixe que pode ser encontrado em pequenas áreas formadas por recifes de corais, com profundidades que podem chegar até 60 metros. Com cores negras e marcações em azul elétrico, esses peixes são considerados uns dos mais incríveis para se criar em aquários.
De um modo geral, eles possuem um temperamento um tanto quanto agressivo e, portanto, o aquarista precisará ficar atento aos seus companheiros. Além disso, é interessante colocar uma tampa bem firme ao aquário, pois eles são excelentes saltadores.
Continue lendo o artigo para conhecer um pouco mais sobre essa interessante espécie marinha.
Ficha Técnica
Nome: Springeri Dottyback, Blue-striped Dottyback, Springer’s Dottyback
Nome Científico: Pseudochromis springeri (Lubbock, 1975)
Família: Pseudochromidae
Origem da Espécie: Oceano Índico Ocidental (Mar Vermelho)
Comprimento: até 5,5 cm
Expectativa de Vida: Entre 5 e 8 anos
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 8.1 – 8.4
Dureza de Carbonatos: Entre 8° – 12° dKH
Temperatura: Manter entre 22°C – 26°C
Características
Nível de Cuidado: Moderado;
Alimentação: Onívoro. O Springeri Dottyback aceita uma variedade enorme de alimentos disponíveis para peixes ornamentais. Eles irão aceitar, por exemplo, alimentos vivos, congelados e rações próprias para a espécie.
Em relação aos alimentos vivos, você pode fornecer camarões mysis, artêmias, plâncton, assim como também krill, mexilhão e mariscos.
Temperamento / Comportamento: Como já mencionamos no começo do artigo, o Springeri Dottyback é um peixe bastante agressivo e, por isso, você deve tomar muito cuidado ao adicioná-lo em aquários comunitários.
Além disso, eles são nadadores muito ativos e adoram ficar vasculhando as rochas vivas em busca de alimento.
Compatibilidade: Evite ao máximo colocá-los com peixes pequenos e tímidos, pois eles provavelmente serão atacados pelo Springeri Dottyback.
Você deve adicionar apenas outras espécies grandes e que tenham um comportamento parecido com o dele como, por exemplo, peixes do gênero Acanthurus, Cirrhitidae e Pomacentridae.
Reprodução / Acasalamento: A reprodução desses peixes é bastante interessante. O macho costuma incitar a fêmea realizando uma elaborada dança de acasalamento fora de uma caverna que já tenha sido previamente escolhida por ele.
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Caso a fêmea aceite a dança, ela entrará na caverna e depositará vários ovos, que serão fertilizados pelo macho. Então, ele se afasta e a fêmea assume os cuidados, abanando os ovos com suas barbatanas peitorais e até mesmo recolhendo-os ou movendo-os para um novo local caso se sinta ameaçada.
Os ovos eclodem em 3 – 6 dias (dependendo da temperatura), mas os filhotes permanecem em estado larval por cerca de 30 dias. No entanto, assim que ocorrer a eclosão, você deve separar os filhotes dos pais e de quaisquer outros peixes do aquário.
Fazer com que os filhotes cresçam é algo realmente desafiador, pois você precisará de alimentos muito pequenos disponíveis praticamente o tempo todo para eles, como rotíferos.
As fêmeas costumam ficar um pouco cansadas após o evento de desova, portanto, fique de olho na qualidade da água para garantir que ela se recupere de forma rápida.
Tamanho do aquário: O aquário precisa ter no mínimo 100 litros para um único exemplar dessa espécie. Além disso, deve conter muitas rochas vivas, mas também espaços abertos para que eles possam nadar, já que são nadadores muito ativos.
Lembre-se de adicionar uma boa tampa ao aquário, pois esses peixes são famosos por serem excelentes saltadores.
Referências Bibliográficas
Lieske, E. and R. Myers, 1994. Collins Pocket Guide. Coral reef fishes. Indo-Pacific & Caribbean including the Red Sea. Haper Collins Publishers, 400 p. (Ref. 9710)