Com seus dentes azuis e olhos vermelhos brilhantes, qualquer aquarista acharia o Harlequim Tusk (Choerodon fasciatus) um dos peixes mais cruéis dos oceanos.
No entanto, apesar de sua aparência assustadora, esses wrasses são bastante tímidos, uma vez que preferem ficar deslizando entre rochas vivas e corais em busca de caranguejos, camarões, caramujos e outros pratos crocantes.
O Harlequim Tusk não possui requisitos especiais no que diz respeito à qualidade da água e iluminação, mas como a maioria dos peixes que vivem em recifes, eles se dão bem em temperaturas que variam entre 25°C – 28°C.
Além disso, a espécie costuma ser bastante resistente e pouco exigente. Após um período inicial de aclimatação, podem se tornar ousados, mas nunca se afastam da proteção dos corais.
Ficha Técnica
Nome: Wrasse Harlequim Tusk
Nome Científico: Choerodon fasciatus (Günther, 1867)
Família: Labridae
Origem da Espécie: Pacífico Ocidental
Comprimento: Até 30 cm
Expectativa de Vida: 8 anos ou mais
Parâmetros da Água
pH: Manter entre 8.1 – 8.4
Dureza de Carbonatos: Entre 8° – 12° dKH
Temperatura: Manter entre 25°C – 28°C
Características
Nível de Cuidado: Fácil.
Alimentação: A dieta do Harlequim Tusk deve consistir de um excelente alimento em flocos ou pellets, além de alimentos carnudos, como camarões mysis, mexilhões, mariscos e pequenos peixes vivos ou camarões, se disponível.
De fato, esses wrasses são muito mais fáceis de alimentar em relação a outros peixes de água salgada.
Temperamento / Comportamento: Essa espécie costuma ser bastante tímida quando adicionada ao aquário, mas com o tempo se acostuma e começa a se aventurar mais por todos os cantos dele. No entanto, adicione apenas um único exemplar no aquário.
Com um comportamento geralmente pacífico, o Harlequim Tusk gosta de ficar escondido entre rochas vivas, fendas ou cavernas, mas também precisa de um bom espaço para nadar, já que se torna muito ativo durante a noite.
Compatibilidade: O Harlequim Tusk é um excelente animal para viver em aquários apenas com peixes, assim como também em recifes de corais. Eles geralmente ignoram invertebrados sésseis, mas com o tempo e a idade, podem começar a comer peixes, camarões e caranguejos menores.
Esses animais podem viver tranquilamente com peixes-leão e espécies de Holacanthus e Pomacanthus, além de outros bodiões.
Reprodução / Acasalamento: Não há informações relevantes sobre a reprodução dessa espécie em cativeiro.
Tamanho do aquário: O aquário para um único exemplar dessa espécie precisa ter no mínimo 470 litros. Além disso, deve possuir muitas rochas vivas para formar esconderijos, já que eles passam a maior parte do dia escondidos entre elas.
Embora possam viver em um aquário com recifes de corais, eles podem se alimentar de crustáceos, caramujos e caranguejos. Então, fique atento a quaisquer sinais de agressão, caso o aquário possua muitos corais e invertebrados.
Referências Bibliográficas
Randall, J.E., G.R. Allen and R.C. Steene, 1990. Fishes of the Great Barrier Reef and Coral Sea. University of Hawaii Press, Honolulu, Hawaii. 506 p. (Ref. 2334)